Aqui a raça é pura, sem mistura...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

HISTÓRIA DO GIR - Cap. 2

.
N° 2: A CONSOLIDAÇÃO DO GIR NO BRASIL
.
A raça chegou ao Brasil desde 1911 mas foi no final da primeira Guerra Mundial que, de fato, tornou-se figura comum. Ao chegar ao mesmo recebendo a alcunha de "boi de pagode", a raca Gir por um formidável progresso, a de se perceber, hoje, sua influência na grande maioria das propriedades pecuárias do país.Inicialmente, o sucesso do Gir ficou patenteado pela consolidacão da raça Indubrasil. Assim meados da década de 1930, pecuaristas sentiram a necessidade de tornar as raças puras indianas e o Gir iniciou um "período de ouro",com animais atingindo valores astronômicos.O Herd-Book foi implantado em 1938 no Brasil, e os registros genealógicos demonstram que o Gir era a principal entre todas as raças as, mantendo essa posição privilegiada até 1967. Era a "raça dos cafezais onde produzia leite e carne e ajudava na tração. Também fora dos cafezais o Gir foi destaque durantedécadas seguidas, garantindo o sucesso da pecuária de Goiás e a consolidação da pecuária do Pantanal matogrossense. Durante a Segunda Guerra mundial, os mestiços de Gir chegaram até a receber um preço especial, pela conformação frigorífica e pelo rendimento de carcaça, em Barretos (SP). Nessa época o Gir espalhou-se, de norte a sul, permitindo a ocupação de territórios nunca antes explorados.Na década de 1950, os altos preços já desestimulavam o ingresso de selecionadores, bem como o seu para as longínquas regiões que exigiam, antes de tudo, um gado barato. Ao mesmo tempo, os pequenos criadores dedicados á exploração leiteira passaram a utilizar, maciçamente, o Gir para melhorar suas vacas mestiças e, tal, dispensavam os animais de elite. Então, em meados da década de 1960 para atender o enorme mercado propriedades leiteiras, diversos selecionadores passaram a segregar as fêmeas de Gir de aptidão leiteira. Dividiu-se assim o horizonte da raça em dois: linhagens para leite e linhagem para corte – ao mesmo tempo que os selecionadores tradicionais atingiam o ponto alto no aperfeiçoamento racial.As importações do inicio da década de 1960 permitiram consolidar a beleza racial e introduziu novas linhagens leiteiras, embora com menor influência na seleção para carne. Enquanto isso, o Nelore, com essas importações, disparou na preferência dos selecionadores de gado de corte. Assim, abruptamente, o Gir viu-se numa encruzilhada, sem um melhoramento acelerado para corte, levando outra boa parte dos criadores a se dedicar apenas ao atendimento dos pequenos produtores de leite. Devido ao acelerado melhoramento na produtividade leiteira, rapidamente, o sangue Gir chegou a 82,4% das propriedades brasileiras que, de alguma forma, exploravam o leite. Perdeu o trono na pecuária de corte mas ganhou um novo trono, nas propriedades leiteiras.O Gir foi a raça mais analisada do Brasil, tendo vivido a turbulência da década de 1920, depois o período final da "época dos coronéis", depois a expansão durante a Segunda Guerra Mundial e, finalmente, a mudança de rumo a partir da década de 1960. Por conta de tantas modificações, a raça formou "escolas" diferentes, criou ou introduziu modismos, ganhou experiências" diferentes e chegou até a ostentar quatro variedades ou tipos, ao mesmo tempo:chifrudo (tradicional), mocho, leiteiro e branco. Cada modalidade tinha suas características, suas exigências e sua permissividade, cada qual com seu rol de adeptos. Na década de 1980 firmaram-se apenas duas orientações: leite e padrão, sendo que a seleção para carne foi drasticamente reduzida. Na década de 1990 buscou-se a homogeneização de um gado com dupla aptidão. Assim, na virada do milênio, o Gir volta a ser um gado selecionado para leite e para carne, admitindo todas as "escolas" que surgiram no correr de sua história no Brasil. O resultado dessa soma estará manifesto até o ano 2010.Atendendo o mercado, foi produzido o Gir Mocho, na década de 1940, com influência original do gado Mocho Nacional e do Red Poll. Esta variedade continua em expansão, apresentando as mesmas características e funções que o Gir tradicional. O Registro Genealógico do Gir Mocho teve inicio em 1976. Muitos pecuaristas tem utilizado o Gir Mocho com sucesso em cruzamentos, deixando claro que o horizonte desse gado está em expansão. Dentro da variedade mocha existem linhagens leiteiras e linhagens de corte, a disposição do mercado.
.
Fonte: Os Cruzamentos na Pecuária Tropical - Ed. Agropecuária Tropical
.
Cap, 3° - O Gir na modernidade (próximo)

Cap, 4° - O Gir nos cruzamentos leiteiros

Cap, 5° - O Gir nos cruzamentos de corte

Cap, 6° - O Gir Brasileiro para o Mundo

Um comentário:

Extremesimuladores disse...

BLOG Fantástico pra quem quer adentrar este mundo como eu Parabéns

Esses dias pra trás visitei o site da estância tamburil www.estanciatamburil.com.br fiquei encantado com Gir , Girolando , Gir Leiteiro e a venda de embriões