Aqui a raça é pura, sem mistura...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Artigo: Consangüinidade ou Endogamia no Melhoramento Genético Animal

Autor: Prof. Dr. Alexandre Leseur dos Santos 

O parentesco no melhoramento genético, por definição, é a existência de laço genético entre indivíduos. Indivíduos aparentados têm maiores semelhanças entre si, em comparação ao resto da população e isso ocorre por compartilharem mais genes parecidos entre si do que o resto dos indivíduos. Esses genes em questão foram herdados de seus pais, metade dos genes herdados do pai e a outra metade da mãe o que explica porque animais aparentados são parecidos e demonstram comportamentos semelhantes de produção. Além do grau de parentesco, animais da mesma raça também compartilham mais genes semelhantes do que animais de raças distintas.

Programas de melhoramento genético animal tem por objetivo fazer com que animais que apresentem superioridade em determinadas características de interesse comercial sejam selecionados, já que estes indivíduos carregam os genes que nos interessam para posterior reprodução. Geralmente esses animais superiores apresentam semelhanças produtivas, podendo também apresentar alguns genes em comum. Assim quanto maior a seleção de animais parecidos ou aparentados, maior será a fixação de alguns caracteres de interesse comercial, como exemplo caracteres raciais e caracteres produtivos. No entanto tem-se conhecimento que juntamente com estes caracteres de interesse, aumenta-se a incidência na população de características nada interessantes, como nascimentos de indivíduos com problemas de locomoção, problemas reprodutivos, natimortos, entre outros. Então aparecem as perguntas. Posso acasalar indivíduos aparentados? E se posso, qual o grau de parentesco? O uso de acasalamentos consangüíneos pode resultar em problemas?

Uso do Parentesco

A principal vantagem do uso de acasalamentos consangüíneos ou de indivíduos que mesmo a duas ou três gerações não são aparentados é a fixação de características raciais e formação de linhagens. Em contra partida como já citado anteriormente, junto com elas aparece uma maior freqüência na incidência de características indesejáveis, como o aparecimento de animais com problemas reprodutivos e diminuição de produção. Porém isto está intimamente ligado ao tamanho efetivo de um rebanho já que em rebanhos suficientemente grandes, estes problemas são de menor proporção, quando em rebanhos pequenos, pode ser um grande problema.

No entanto, no uso da consangüinidade nem tudo é ruim. Podemos exemplificar isso destacando o uso do parentesco entre dois ou mais indivíduos para podermos estimar o valor gênico de um com base na informação do parente mais próximo. Uma aplicação prática é a seguinte: deseja-se utilizar um touro como reprodutor no melhoramento genético para a característica produção de leite, entretanto a característica produção de leite não é observada em touros; logo precisa-se de um parente próximo que apresente a característica para podermos avaliar a produção deste touro com base na produção do parente, levando-se em consideração o grau de parentesco existente entre os dois. Por exemplo, a mãe deste animal produz 1000 kg/leite a mais que a média do rebanho, considerando que o touro recebeu metade de seus genes da mãe, pode-se dizer que ele tem potencial genético para produzir aproximadamente 500 kg/leite a mais que a média do rebanho. Vale ressaltar que isso não é tão simples assim, no entanto passa uma idéia do quão é importante o parentesco entre os indivíduos.

Outro exemplo prático é a semelhança entre dois animais que pertencem à mesma raça. Indivíduos de mesma raça compartilham de mais genes em comum que indivíduos de raças distintas, assim em caso de acasalamento entre estes indivíduos pertencentes à mesma raça (mesma raça porém não aparentados) resultará em uma concentração maior de genes parecidos, diminuindo a diversidade genética, e aumentando a ocorrência de determinados genes de interesse nesta população. Este aumento na concentração de alguns genes é benéfico para padronizar um rebanho, fixar características de interesse, reduzir a variabilidade (obtendo animais mais uniformes) e facilitar a observação da ocorrência de genes recessivos indesejáveis (genes que causam problema de baixa fertilidade, alta mortalidade, redução do vigor e do poder adaptativo dos animais, etc.).

O uso da consangüinidade também permite formar famílias distintas ou linhagens a partir do acasalamento de indivíduos mais parecidos entre si, eliminando os piores dentro de cada família. Desta forma, ocorre um maior distanciamento de famílias com características distintas, mesmo sendo esta formação realizada a partir de alguns ancestrais em comum.

Consangüinidade como ferramenta

Muito se tem utilizado a consangüinidade como ferramenta para uniformizar o rebanho, aprimorar raças e produzir linhagens. Em suínos por exemplo, alguns trabalhos foram realizados para avaliar os efeitos da consangüinidade e assim foram desenvolvidas 146 linhagens da raça Large White, atingindo um coeficiente de consangüinidade de 40-50%, altíssimo. Das 146 linhagens, apenas 18 linhagens sobreviveram devido a razões de eliminação como: pequeno número de animais na leitegada; leitegada com baixo peso a desmama; infertilidade; morte de reprodutores; problemas de locomoção entre outras.

Já em gado de leite a consangüinidade pode exercer um efeito negativo mais intenso, reduzindo a viabilidade de bezerros, desempenho reprodutivo, crescimento, produção de leite e gordura e aumento na incidência de defeitos causados por genes recessivos, como albinismo, defeitos ou problemas metabólicos, entre outros. Para produção de leite em 305 dias de lactação, em geral existe uma redução de aproximadamente 22,7 kg de leite para cada 1% de aumento da consangüinidade. Em bovinos de corte o acasalamento de animais geneticamente mais próximos ou aparentados gera produções mais modestas quando comparados a animais não aparentados ou mestiços. Isso se deve, por exemplo, a baixa variabilidade genética dos aparentados e a heterose nos mestiços.

Respondendo portanto, às perguntas do início deste documento, destaca-se que sim, pode-se realizar acasalamentos endogamicos, no entanto quanto maior o grau de endogamia (parentesco), maiores as chances de desenvolverem problemas relacionados a este processo. Mesmo com a probabilidade de aparecimento de problemas, o acasalamento de indivíduos mais próximos geneticamente continua sendo uma excelente estratégia para fixar características, homogeneizar rebanhos e padronizar produções. No entanto estes acasalamentos devem ser criteriosamente monitorados e quando praticados devem ser restritos a populações reduzidas e rigorosamente selecionadas.

Referências Bibliográficas
PEREIRA, J.C.C. Melhoramento Genético Aplicado à Produção Animal. FEPMVZ. Editora, 4a ed., Belo Horizonte, MG, 2004, 609p.
LOPES. P.S.; TORRES, R.A.; PIRES, A.V. et al. Teoria do melhoramento animal. UFV. Viçosa, MG, 2004. 148p.

Prof. Dr. Alexandre Leseur dos Santos
Mestre e Doutor em Zootecnia – área de concentração: 
Produção Animal com ênfase em Melhoramento Genético Animal. 
Atualmente é Professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Drª. Fernanda Granzotto
Doutora em Zootecnia – área de concentração: 
Produção Animal com ênfase em Nutrição de Ruminantes. 
Atualmente é Pós-doutoranda do Programa de Pós-graduação em Zootecnia.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ABCZ: PMGZ Leite prepara inovações para 2012

A equipe do PMGZ Leite da ABCZ, coordenada pela gerente Mariana Alencar e pelo superintendente adjunto de melhoramento genético Carlos Henrique Cavallari Machado terá muito trabalho no próximo ano. Além das demandas estabelecidas no processo de controle leiteiro dos rebanhos zebuínos participantes do programa, dos trabalhos realizados durante a ExpoZebu, Megaleite e ExpoGenética, e da presença em dezenas de eventos nacionais específicos do setor pecuário através da promoção de cursos, concursos leiteiros, treinamentos e conferências, os profissionais vão coordenar a Prova de Produção de Leite a Pasto de Uberaba, cumprir uma agenda com 7 Dias de Campo e treinar os escritórios regionais em duas mudanças do sistema de geração de dados.

A implantação do sistema on line, o Controle Leiteiro Web vai dar mais agilidade ao processo e as avaliações ganham informações com as análises de qualidade do leite que serão determinadas por um equipamento de tecnologia baseada em condutividade elétrica. Índices referentes à taxa de gordura e sólidos totais passam a integrar a régua de DEPs dos animais. 

Um aspecto importante deste trabalho em parceria com a APTA (Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio) e IZ (Instituto de Zootecnia de Sertãozinho, SP) é poder testar o aparelho de condutividade elétrica para ser utilizado em amostras de leite em larga escala. Além de baratear as análises de laboratório, o equipamento auxilia no controle sanitário do rebanho, pois as leituras fornecem indicativos para mastite subclínica e clinica nos animais que poderão ser selecionados geneticamente conforme a resistência contra agentes causadores deste tipo de inflamação, explica Marian Alencar. 

Otimizando tempo e recursos, vários técnicos já estão sendo treinados. Na primeira semana de dezembro a gerente Mariana Alencar aplicou o treinamento em sete colaboradores do ETR de Salvador. A ação aconteceu durante a Fenagro, a principal exposição agropecuária da Bahia. No mesmo período a profissional ministrou palestra para 700 pessoas inscritas no Congresso Internacional de Pecuária e realizou o Dia de Campo do PMGZ Leite com os criadores do Núcleo Gir Bahia. 

O ano de 2011 foi de muito trabalho e extremamente positivo pelas atividades executadas. Desde as preparações das avaliações genéticas até a realização do último dia de campo em Salvador, BA. A equipe PMGZ Leite está pronta para superar novos desafios em 2012. Uma novidade vai refletir na evolução dos resultados extraídos nos torneios leiteiros. Esta modalidade de evento passa a contemplar, além do volume de leite produzido, também análises qualitativas e mensuração linear dos animais. Estes fatores contribuem para revelar o potencial produtivo dos animais, e com uma nova estruturação de dados para o aumento de características contempladas pelo sumário poderemos fornecer ao mercado um diferencial muito grande, conclui a técnica.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Criador Brasileiro mantém rebanho Gir-PO na India



O atuante pecuarista Marcelo Batista de Oliveira, titular da Agro Maripá, situada em Jaguariuna/SP, adquiriu doadoras Gir-PO na Índia com o intuito de trazer embriões destes animais para o Brasil, proporcionando abertura de sangue para o rebanho nacional.

Nota-se pelas fotos que são animais de boa caracterização racial, provenientes de selecionadores que mantiveram a pureza racial milenar da raça.

Marcelo iniciou na criação de Gir-PO adquirindo animais de alguns criatórios nacionais e agora busca complementar o trabalho com genética POI indiana.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Recorde mundial de produção de leite é batido na FENAGRO 2011

Iaia Te Vila Rica
Meteoro de Brasília x Fada Vila Rica

Dílson Cordeiro, titular do rebanho Vila Rica de Cocalzinho/GO, conquistou o grande campeonato do concurso leiteiro da FENAGRO 2011 com recorde mundial de produção da raça Gir através de sua doadora mocha Iaia Te Vila Rica, com produção média de 59,16 quilos de leite.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Animal em Destaque: Jandaia da Lapa Vermelha


Jandaia da Lapa Vermelha
Bey 3530 x Cartola

Iniciando lactação, uma neta de Tacaré, sendo a primeira filha de Bey 3530 a ser testada. Média atual de 25 kg/dia.

Rio + 20 com 7 bilhões

Construir para o futuro da vida em todos os níveis é a grande tarefa posta à inteligência humana 

Há alguns dias a Organização das Nações Unidas anunciou que a população da Terra alcançou o impressionante número de 7 bilhões de pessoas. Só de 2000 para cá foi mais de 1 bilhão! E se fala, com boa dose de certeza, que em 2050 "seremos" 9 bilhões.

Essa numerologia logo traz à tona a velha discussão sobre segurança alimentar para toda essa gente nova que se soma aos "outros", nós todos que aqui já estávamos. Aliás, essa conversa é antiga, e desde as ideias superadas de Malthus anima discussões recorrentes. 

Sabe-se que esse tema tem solução clara na área tecnológica: é possível aumentar a produtividade agrícola por hectare, e temos demonstrado isso à exaustão, mas não se pode descartar a incorporação de novas áreas, especialmente de pastagens degradadas, hoje somando mais de 40 milhões de hectares no nosso país, bem como áreas cobertas com alguma vegetação nativa, como cerrados e savanas. 

Tudo isso é factível, com perfeita sustentabilidade. Mas isso agrega a importante temática da preservação dos recursos naturais, especialmente o adequado uso da água. Nada muito fácil, mas, reitero, perfeitamente possível. 

Por outro lado, a segurança alimentar não é só questão de aumentar a produção agrícola: 1 bilhão de pessoas vivem hoje nos países mais pobres, com menos de US$ 2 (cerca de R$ 3,60) por dia. Trata-se, portanto, de melhorar o poder aquisitivo desses homens, mulheres, crianças e idosos que estão à margem do mercado. 

Nesse ponto, é fundamental compreender as demandas também de bilhões de pessoas dos países emergentes que vão chegando a padrões de consumo mais elevados, exigindo melhor alimentação e melhores condições de vida, o que inclui energia, educação, saúde, habitação, vestuário etc. E tudo tem de caber nos limites do planeta, sem destruí-lo e sem piorar o já conhecido problema do aquecimento global. 

Construir esse equilíbrio indispensável para o futuro da vida em todos os níveis é a grande tarefa que se apresenta à inteligência humana. Nossa ação hoje é o plantio que nossos netos e bisnetos colherão. 

Novas formas de organização social, empresarial e política precisam ser analisadas e criadas, numa corrida contra o tempo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. O desafio é mudar e reconfigurar os modelos de produção e consumo. 

Pois é nesse cenário provocativo que o Brasil sediará no Rio de Janeiro, no ano que vem, um monumental evento mundial, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, já denominada de "Rio + 20", em referência à "Eco-92", ou "Rio-92", realizada em 1992 na mesma cidade. 

Isso acontecerá de 28 de maio a 6 de junho, com a presença de dezenas de chefes de Estado e de governo dos países-membros da ONU. 

Dois grandes eixos temáticos nortearão as discussões nesse evento: 

1) a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável, da erradicação da pobreza; e
2) a governança internacional para o desenvolvimento sustentável. 

O Brasil está se preparando para fazer um belo papel e o governo federal editou um decreto (nº 7.495, em 7 de junho passado) criando as equipes que coordenarão nossa participação. 

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento participa desse time e já vem trabalhando com afinco para marcar posição destacada, realizando reuniões seguidas com expoentes da academia especializada e lideranças das cadeias produtivas do agronegócio. 

O trabalho compreenderá, entre outros tópicos, a competição equitativa e equilibrada entre países produtores de alimentos, índices de sustentabilidade, legislação ambiental, multifuncionalidade da agricultura (que também considera os serviços ambientais), variações climáticas, tecnologia e inovação, o programa ABC etc. 

É preciso trabalhar firme, até mesmo na conceituação dos temas todos, porque os interesses em jogo, inclusive comerciais globais, são gigantescos. E ainda tem gente que pensa que economia verde é plantar sem usar adubo químico. 

ROBERTO RODRIGUES, Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Depto. de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal, foi ministro da Agricultura (governo Lula). Escreve aos sábados, a cada 14 dias, nesta coluna. 

Fonte: Artigo publicado pelo Jornal Folha de São Paulo, no dia 19 de novembro de 2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Clones em Destaque: Dengosa Mutum


Foram apresentados pelo Jornal Raízes Rurais, três clones da grande doadora Dengosa F. Mutum, que aparecem ao lado da própria na foto acima, retirada na ultima sexta-feira (28/10), na Agropecuária Alambari, em Resende (RJ). Aos 10 anos, Dengosa é uma das grandes mães da raça e uma das recordistas de valorização do Gir Leiteiro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Animal em Destaque: Fecula FIV Mutum

Fecula Mutum
Recordista mundial de produção leiteira na raça Gir

No 5º Leilão Gir Leiteiro da Fazenda Mutum, ontem, na cidade de Brasília - DF, o criador Leo Machado  vendeu 50% da recordista mundial em torneio leiteiro com 52,793 Kg de leite, Fécula FIV Mutum.

Além de bater o próprio recorde ela é a melhor fêmea do Ranking ABCGIL 2010/2011, Grande Campeã Nacional e melhor Úbere da Megaleite 2011, Grande Campeã e Melhor Úbere da Expo Goiânia 2011, Grande Campeã e Melhor Úbere da Expo Luziânia 2011, Grande Campeã e Melhor Úbere da Expo Uberlândia.

O investidor foi Francisco das Chagas do Rio de Janeiro - RJ, que adquiriu 50% das cotas por R$ 1.200.000,00.

Parabéns à Fazenda Mutum pelo espetacular trabalho realizado.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Nota de falecimento: Rubens Resende Peres

Faleceu ontem 30 de agosto, em São Pedro dos Ferros, criador de Gir, Rubens Rezende Peres.

Rubens Peres fundou o rebanho da Fazenda Brasilia, um dos mais consagrados do Gir Leiteiro, que teve inicio em 1955. Também atuou em outros diversos ramos do agronegócio.

Nossos mais sinceros sentimentos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ABCZ e associações promocionais mantêm critérios de seleção das raças zebuínas como item prioritário

Definir o biótipo ideal para cada raça zebuína sempre esteve entre os itens prioritários da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e das associações promocionais das raças zebuínas. 

Mas recentemente, o assunto voltou a fazer parte da agenda das entidades representativas dos criadores de zebu. A ABCZ, em conjunto com as associações promocionais, deu início em julho de 2011, a uma série de reuniões, que tem como principal objetivo harmonizar os critérios de seleção das raças zebuínas, de modo a torná-las cada vez mais produtivas, sem menosprezar aspectos como pureza racial, e ainda, outras características importantes como funcionalidade e adaptabilidade.

O processo teve início com uma consulta aos técnicos que compõem o Colégio de Jurados das Raças Zebuínas. Nesta consulta, os profissionais puderam eleger as características primordiais para serem trabalhadas em cada raça zebuína. Posteriormente, tiveram início os agendamentos das reuniões entre a diretoria da ABCZ e representantes das associações promocionais. A primeira delas aconteceu com a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), na sede da ABCZ, em Uberaba/MG.

O Superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, explica que entre as definições da reunião está o consenso de que seguir selecionando indefinidamente animais com base no aumento do peso e do tamanho é um equívoco. Segundo ele, a s palavras chaves são proporção, equilíbrio, harmonia e frame médio. Além disso, ficou evidente ser consenso entre os criadores, que características sexuais primárias e secundárias são prioritárias, além de caracterização racial, bons membros e aprumos.

Reunião semelhante foi promovida posteriormente com a presença de criadores e representantes da ABCGil (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro) e ASSOGIR (Associação Brasileira dos Criadores de Gir), também na sede da ABCZ. Após a exposição dos criadores, ficou claro que o modelo de animal proposto pelos criadores está em concordância com as referências dos jurados. No caso do gir leiteiro, a importância do aparelho mamário e do tipo leiteiro foi definido como consenso. No caso do gir, itens como estrutura e harmonia, raça e aprumos também foram elencados como mais relevantes tanto pelos criadores como pelos técnicos.

“Um dos pontos positivos desse processo é provocar a discussão, estimular a defesa dos vários pontos de vista para que estes possam ser afinados. O ideal é chegarmos a um consenso. Se isso não for possível, o ideal é então que a decisão ocorra com o aval da maioria. A intenção da diretoria da ABCZ é fazer com que todas as instâncias interessadas participem”, diz o presidente da ABCZ, Eduardo Biagi.

Fonte: Laura Pimenta (ABCZ)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Gir Leiteiro cresce 31% na Expointer

O Núcleo Gaúcho de Criadores de Gir Leiteiro está com todo o pique na promoção da 2ª Exposição Gaúcha de Gir Leiteiro durante a 34ª edição da maior exposição agropecuária da América Latina, a Expointer 2011 que ocorre entre 27 de agosto e 04 de setembro em Esteio/RS. Após o sucesso da estréia em 2010, este ano a raça apresentou crescimento 31% no volume de inscritos em relação a 2010.

Serão 93 exemplares expostos, todos com genética provada para leite no pedigree, oriundos de 11 expositores gaúchos entre Gir Leiteiro e Gir Leiteiro Mocho. Em 2009 foram 71 animais de 8 expositores. A novidade é que durante o evento, o NGCGL promove a 1ª etapa do ranking gaúcho que terá continuidade em Santa Maria, Passo Fundo, Pelotas e Alegrete entre setembro e outubro. 

Em Esteio, o julgamento ocorre no domingo, 28 de agosto na pista de bovinos de leite a cargo da renomada jurada Tatiane Almeida Drumonnd Tetzner. Ela também irá ministrar a palestra “Gir Leiteiro – Evolução de raça especializada e seus cruzamentos” na noite de terça-feira, 30 de agosto na casa da Associação dos Criadores Gaúchos de Zebu, quando também será realizado, um jantar de entrega de prêmios.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

ABCZ: Comunicado Técnico - Registro de descendentes de Radar dos Poções

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) aprovou novos procedimentos para a concessão do Registro Genealógico (RGN e RGD) aos animais registrados pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) como filhos do reprodutor da raça Gir, Radar dos Poções. A proposta, apresentada pela Comissão da Raça Gir, também havia sido aprovada pelo Conselho Deliberativo Técnico durante reunião realizada no dia 27 de julho de 2011.

As alterações referem-se exclusivamente aos casos em que não for possível identificar a paternidade do zebuíno anteriormente registrado como descendente do touro Radar dos Poções. No caso da paternidade indefinida, o animal terá a linha paterna (Radar dos Poções) eliminada, mas manterá a linha materna. O produto, seja ele macho ou fêmea, passa a ser considerado como Livro Aberto de primeira geração (LA1), porém terá garantido o direito de ser utilizado na seleção. Vale ressaltar que o uso de touros LA se restringe apenas a esse caso, além daquelas exceções previstas no Regulamento do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas.

A confirmação da paternidade em todos os casos envolvendo filhos do touro Gir só poderá ser feita por meio do exame de DNA, realizado a partir do perfil genético oficial estabelecido pelo MAPA.

Para os demais casos, continuam valendo os procedimentos comunicados oficialmente em 11 de março de 2011. CLIQUE AQUI e leia na íntegra, o Comunicado Técnico da ABCZ e os fluxogramas indicando quais os procedimentos que devem ser adotados em cada situação.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Livro Aberto: Eis a questão


Para desenvolver este texto recorri ao regulamento e ao manual do SRGRZ-ABCZ, de onde todas as informações técnicas foram extraídas. Estas foram acrescidas de alguns comentários e observações, além de convicções pessoais. 

A história do gado Zebu no Brasil, a qual o Gir sempre exerceu papel de destaque, teve inicio na primeira década do século passado; no entanto os padrões raciais e os serviços de registro genealógico começaram a ser estabelecidos a partir de 1938. 

Em 1971 instituiu-se o Livro Fechado. Este livro agrupou os animais registrados até aquela data e seus descendentes, iniciando-se um processo de seleção fechada. Paralelamente foram instituídos outros dois livros: LX - Livro Auxiliar, que somente permitia o ingresso de fêmeas racialmente definidas; e o LA – Livro Aberto, destinado exclusivamente a agrupamentos étnicos em verificação. 

Quatro anos depois, em 1975, buscando-se um alinhamento à nomenclatura internacional, o LF passou a ser denominado PO – Puros de Origem, o LX passou a ser denominado PC – Puros por Cruza, e o LA – Livro Aberto permaneceu inalterado. 

Finalmente, em 1982, a categoria PC foi incorporada à categoria LA, permanecendo, desde então, somente PO e LA. No mesmo período, em consonância com fundamentações zootécnicas, passou-se a permitir que animais LA pudessem migrar para a categoria PO, exigindo-se, inicialmente, três gerações ascendentes conhecidas e hoje, duas gerações. 

Como meu objetivo é discutir sobre a relevância e a situação do Livro Aberto para a raça Gir, a partir daqui vou me dedicar apenas a este tema, começando pela definição e sua aplicação conforme o registro genealógico: 

“Os zebuínos com origem desconhecida, mas que estiverem dentro do padrão racial, chamados de “cara limpa”, podem ser registrados na categoria LA. Também são inscritos nesta categoria, os produtos de acasalamentos entre reprodutores PO com matrizes da categoria LA até a segunda geração conhecida.” 

Segundo o § 2º do capítulo VIII do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas - SRGRZ serão registrados como LA: 

"a) Animais, não portadores de RGN, que tenham caracterização racial perfeitamente definida; 

b) os produtos de acasalamentos entre reprodutores da categoria PO com matrizes da categoria LA; 

c) os produtos que atendam ao que determina Parágrafo Único do Artigo 75 deste regulamento;" 

"Artigo 75 - Parágrafo Único - Poderá ser inscrito no Registro Genealógico de Nascimento da categoria Livro Aberto - LA, filhos de touros LA, com matrizes LA ou PO, quando o reprodutor atender a seguinte condição: Para reprodutores participantes de teste de progênie para leite." 

O Livro Aberto teve importante papel na história do Gir Brasileiro tendo em vista que a raça é de origem asiática e relativamente poucos indivíduos puros entraram no Brasil, foram seis importações: 1906 por Teófilo de Godoy, 1918 por Wirmondes M. Borges, 1930 por Francisco R. Lemos e Manoel de O. Prata, 1955 por Joaquim M. Borges, e finalmente, 1960 e 1962 através de Celso Garcia Cid. Somando todos estes eventos, estima-se que menos de 500 indivíduos Gir ingressaram no país; sendo assim, muitos dos rebanhos nacionais foram consolidados através de cruzamentos por absorção. 

Todavia, hoje, embora o rebanho nacional de Gir-PO seja ainda relativamente pequeno (estimo algo em torno de 100.000 indivíduos registrados – não é uma estimativa confiável, cabe averiguar melhor) existe variabilidade genética suficiente para continuar a evolução dos processos de seleção em atuação no país. 

Portanto, acredito que o LA se tornou nocivo ao Gir, já que a raça vem sofrendo com a carência de um nível satisfatório de caracterização racial e padronização do rebanho de modo geral. 

Não quero propor o fechamento do livro, mas acho que caberiam mudanças nas regras no que se refere a essa questão. Vale lembrar, que recentemente uma proposta foi apresentada ao Conselho Técnico da raça, que optou pelo seu indeferimento. 

Veja bem: se para que um LA chegasse a PO, fosse exigido 5 gerações ascendentes conhecidas, haveria um ganho significativo para o Gir levando em conta que o grau de sangue exótico existente no individuo PO seria garantidamente menor. 

No cruzamento absorvente, ou cruzamento contínuo, parte-se de animais com características de Gir (que se pretende fixar), e permite-se a absorção ao longo das gerações sob cruzamento com machos PO. Na primeira geração, obtém-se o animal “meio sangue”. Com a continuação do cruzamento absorvente, ou seja, utilizando-se sempre machos PO, a proporção desses genes vai aumentando para 3/4, 7/8, 15/16 e 31/32. Ou seja, considerando que 5 gerações seriam exigidas, a garantia de “pureza” seria, teoricamente, quase total. 

Outro importante ganho que a raça teria seria em relação à caracterização racial, pois os genes taurinos ou de outras raças zebuínas estariam cada vez mais “raleados” no sangue do Gir, diminuindo assim as chances de transmissão das qualidades indesejadas ou exóticas. Também haveria um ganho adicional em produtividade e rusticidade nos cruzamentos industriais, decorrente da heterozigose, melhorando desempenho, já que quanto maior a diferença entre as raças envolvidas espera-se maior heterose. 

Certamente alguns colegas criadores e/ou técnicos especialistas envolvidos com o Gir irão discordar desta “proposta”, mas acho que cabe uma discussão mais ampla que possa vir a nos dar mais elementos no intuito de formar uma idéia comum em torno deste tema. 

Rodrigo Rezende Simões 
FAZENDA LAPA VERMELHA

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Pesquisador Australiano fala sobre produção de leite em Uberaba

Com diversos trabalhos de pesquisa realizados junto a pequenos produtores de leite de países da África, o pesquisador da University of New England, John P. Gibson, falou na manhã desta quinta-feira (18/08) durante o 8º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas, em Uberaba/MG, sobre o impacto do melhoramento genético bovino na pecuária leiteira de países em desenvolvimento.

Para Gibson, a pecuária é a maneira mais fácil de tirar as pessoas da pobreza. No entanto, ele ressalta que se não houver interação entre genética, meio ambiente e acesso ao mercado, a atividade não gera retorno ao produtor rural, especialmente aos pequenos criadores de países em desenvolvimento. Gibson comentou que o melhoramento genético nos países em desenvolvimento é uma réplica do que foi feito nos países desenvolvidos, como na Europa, onde a seleção das raças teve início ainda no século 19. A diferença é que, atualmente, o melhoramento genético acontece com maior velocidade, o que não permite aos geneticistas a possibilidade de corrigir erros.

Segundo ele, na maioria dos sistemas de produção de pequenos produtores de leite, a grande oportunidade para o melhoramento genético está na introdução de cruzamentos mais adequados ou na utilização de uma raça leiteira adaptada ao ambiente. "Devido a sua história no desenvolvimento genético e reprodutivo de animais leiteiros adaptados ao clima tropical, o Brasil está bem posicionado para ajudar a outros países a melhorar seus sistemas produtivos, através de formas adequadas de melhoramento genético", declarou o pesquisador.

Reportagem: Laura Pimenta (ABCZ)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mensagem aos Giristas

A história da raça Gir no Brasil embora recente (cerca de 100 anos) é extremamente rica e repleta de reviravoltas. Momentos de glória e supervalorização são quase que consorciados com outros de total marasmo econômico. 

Uma raça que uma hora foi utilizada na pecuária de corte, hoje se destaca pela aptidão leiteira, que sem sombra de dúvida é seu maior dom. Independente da época ou do método seletivo, o Girista sempre foi apaixonado e algumas vezes romântico, e isso trouxe muita divergência e disputa. 

Há alguns anos, uma disputa de interesses similar à hoje vivida deu origem à primeira divisão da raça. A falta de coesão em julgamentos que priorizavam por demais a caracterização racial e pouco as qualidades produtivas obrigou alguns criadores a lutarem pelo direito de defender a produtividade. A luta foi de tamanha relevância que criou certa antipatia no que se refere às características raciais, que passaram a ser vistas como inimigas da produtividade. 

Pois bem, hoje, graças ao empenho e a competência do grupo de criadores que criou a ABCGIL existem vários touros provados e matrizes de alta performance, cujas famílias o mercado abraçou. 

Ocorre que a vertente Gir Leiteiro chegou ao seu primeiro entrave. Obstáculo este que é fácil de ser superado se deixarmos de lado o orgulho e o revanchismo. Trata-se da perda em caracterização racial que a busca sistemática pela produção trouxe como conseqüência. 

E o recente “arrocho” que a ABCZ deu nos técnicos de registro trouxe esse fato à tona, o que não foi iniciativa dos criadores de “Gir Padrão” (nomenclatura infeliz, pois se existe um Gir para a ABCZ, todo Gir registrado é em teoria padrão). É uma preocupação do corpo técnico da ABCZ que deve zelar pela raça independente do interesse individual ou da euforia de momento. 

Carlos Henrique Cavallari Machado, Carlos Humberto Lucas, Leonardo Machado Borges e Marcos Brandão Dias Ferreira são os técnicos lá presentes, são eles responsáveis por avaliar toda e qualquer proposta que venha de encontro ao futuro do Gir (e foram chamados de “Padrãozeiros” por alguns, o que não procede). Também estão lá representantes dos criadores que a meu ver são homens de mais alto gabarito: João Machado Prata Junior, José Luis Junqueira Barros, José Sab Neto e Sílvio Queiroz Pinheiro. Tudo isso mostra que seria impossível passar propostas descabidas, como não ocorreu. 

O momento atual é de se pensar no futuro, vejo cada dia mais nítido que o equilíbrio é a grande virtude, não adianta termos animais extremamente produtivos, mas que não se encaixam no padrão racial, menos ainda serve o contrário. E não é solução flexibilizar! Se a caracterização não tiver seu devido valor, em breve chegaremos no “vale quanto pesa” (o balde) e isso não é bom! Todas as raças do mundo dão o devido valor aos animais que mais se assemelham com a perfeição racial, desde que atendam integralmente as necessidades produtivas. 

Tenho acompanhado as exposições de Gir Leiteiro e percebo uma grande melhora na qualidade racial dos animais expostos e muitos compartilham dessa idéia, mas não tenho percebido a mesma preocupação dos jurados, que sempre enaltecem as características produtivas sem sequer mencionar as características raciais. 

Não sou defensor de Gir selecionado para beleza, acho totalmente descabido de sentido e procuro selecionar produtividade leiteira, mas não vejo dificuldade em conciliar função e raça, elas não são qualidades antagônicas. 

Fico profundamente chateado quando vejo este clima de disputa entre as associações representantes do Gir junto a ABCZ (ASSOGIR e ABCGIL), e me vejo em péssima situação, pois nenhum lado é dono da verdade absoluta. Não faz sentido duas associações com interesses tão similares andarem sempre em sentido contrário. Por que não pode haver dialogo? Acho que os traumas das recorrentes brigas do passado não permitem, mas isso é reversível. 

Talvez por ser jovem, e não ter presenciado os embates que causaram tamanho desgaste, tenho facilidade em aceitar a união tão facilmente. Tenho como obrigação por representar duas seleções, que juntas somam mais de 120 anos de seleção, defender o Gir, sem me preocupar com qual adjetivo. 

Estou fazendo o dever de casa: utilizando o controle leiteiro oficial, participando de exposições e concursos leiteiros, e ainda inscrevendo touros em provas zootécnicas. Sou sócio da ABCGIL, da Assogir, da GirGoias, pretendo ingressar à AMCGIL e estou buscando colaborar com o Gir Leiteiro colocando à disposição nossa genética, agora provada. No meu caminho não quero prejudicar ninguém e as idéias que defendo estão livres de proselitismo. 

Entretanto, o atual momento pede cautela e tenho certeza que a proposta segregação só traria o mal. Não só isso, também não faria o menor sentido: 

Veja o Radar dos Poções. Touro que geneticamente une as duas vertentes; seu pai vem da antiga seleção de Francisco Barreto (FB) sempre direcionada para leite, e sua mãe, traz em seu pedigree a seleção de Celso Garcia Cid, que na verdade é toda POI, oriunda da seleção indiana de Bhavnagar. 

Ou veja Nogueira do Fundão, doadora que foi grande Campeã do Gir Leiteiro (Megaleite) e é totalmente fechada em linhagens que são consideradas “padrão”. Mais importante ainda é a lição que ela nos deixa, pois acasalada com touros provados fez várias fêmeas de valor, entre elas Virna do Fundão, grande campeã em várias exposições, provando que o equilibro já está mostrando que de fato é o dono da virtude. 

E não são só estes exemplares, temos vários exemplos desta combinação poderosa, vide o Gir da Fazenda Mutum, que resgatou a linhagem 3R e combinou com as linhagens provadas fazendo um gado que ganha tudo. 

Vamos aproveitar o momento, que é inédito, para estabelecer de uma vez por todas o Gir como principal raça zebuína para leite e preservar o padrão racial tão importante para todos, por todas suas atribuições e sua versatilidade. 

Portanto sugiro união e diálogo, tenho certeza que podemos mais juntos. E se levarmos em conta a realidade, quase todos nós buscamos os mesmos objetivos. 

Este é o meu pensamento destituído de qualquer interesse particular. 

Obrigado, 

Rodrigo Rezende Simões

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Tunel do Tempo: Plateia II ZS

Plateia II ZS
Krishna S. Dhamal x Platéia ZS

Esta excelente matriz, fez parte do seleto rebanho da Fazenda Americana na época de Zeide Sab, e se sagrou por ter produzido Tacaré ZS, touro que padreou o o gado Bey a partir da década de 90 até os dias de hoje, tendo produzido fêmeas de altíssimo valor, com surpreendentes médias em produção de leite.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Superintendente da ABCZ é o novo presidente do Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas

Eleito ontem, Carlos Henrique Cavallari Machado (foto) é o novo presidente do Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas. Superintendente Técnico Adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ e professor da FAZU, ele assume a função antes ocupada por Ivo Ferreira Leite.

Carlos Henrique foi escolhido pela maioria dos integrantes do conselho, formado por 64 representantes de todas as raças zebuínas, e sete membros natos. O presidente do CDT é responsável por receber as propostas, formular a pauta e convocar o conselho para a reunião, que acontece pelo menos uma vez a cada gestão da ABCZ. 

"Uma das intenções é que a partir de agora o Conselho se reúna mais vezes no decorrer da gestão de três anos da diretoria da ABCZ", afirma o novo presidente. 

Durante a reunião deste ano, foram analisadas 66 propostas com sugestões de alterações no Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas, mudanças no regulamento da ExpoZebu, entre outros assuntos. Caso sejam aprovadas, será elaborado documento que deverá ser encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que seja analisado e homologado.

Excelente notícia para o Zebu no Brasil, Carlos Henrique é um dos melhores quadros da ABCZ, sendo admirado e respeitado por técnicos e criadores. 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Começa reunião do Conselho Deliberativo Técnico da ABCZ

Está acontecendo hoje 27/7 e amanhã 28/7, a reunião do Conselho Deliberativo Técnico da ABCZ, na sede da mesma em Uberaba/MG.

Este ano, para a raça Gir, muitas propostas consideradas polêmicas estão à mesa, e ao todo, serão analisadas 66 propostas de sugestões de alterações no Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas, mudanças no regulamento da ExpoZebu, entre outros assuntos.

Caso sejam aprovadas, será elaborado documento que deverá ser encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que seja analisado e homologado, se for o caso.

O conselho da raça Gir é composto pelos seguintes membros:

Ø Carlos Henrique Cavallari Machado – Técnico ABCZ 
Ø Carlos Humberto Lucas – Técnico ABCZ 
Ø Leonardo Machado Borges – Técnico ABCZ 
Ø Marcos Brandão Dias Ferreira – Técnico Epamig 
Ø João Machado Prata Junior – Criador 
Ø José Luis Junqueira Barros – Criador 
Ø José Sab Neto – Criador - Presidente Assogir 
Ø Sílvio Queiroz Pinheiro – Criador - Presidente ABCGIL 

Que eles ajam com critério e que prevaleça a razão. Ficamos na expectativa.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Momento Baby Gir: Abalo ALAP




É com enorme satisfação que postamos aqui as fotos do primeiro bezerro Gir PO nascido na Fazenda Mucuripe em Várzea Alegre - CE. Seu nome é Abalo ALAP, RGN ALAP 1. Abalo é filho de CA Paladino e Lusíada da Lapa Vermelha (filha-neta de Tacaré ZS)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ranking ABCGIL

A ABCGIL convida para a solenidade de encerramento do Ranking 2010/11 que acontecerá no próximo dia 2 de julho:

Local: Parthernon
Endereço: Edilson Lamartine Mendes; 961
Cidade: Uberaba
Estado: MG

ApresentaçãoLísias e banda + DJ


*Comida tipo mesa de buteco


Concurso Leiteiro Megaleite: Via Fia JMMA é a grande campeã

Depois de três dias de disputas, sai a grande campeã com quebra de recorde no Gir Leiteiro: Via Fia JMMA, que já detinha o título mundial de produção na categoria Vaca Jovem, superou sua própria marca atingindo produção total de 148,180 kg/leite em nove ordenhas e média de 49,393 kg/leite. A vaca, que também venceu como Melhor Úbere da categoria, pertence ao criador José Mário Miranda Abdo.

GirGoiás tem novo endereço digital


Está no ar o Blog da GirGoiás - Associação Goiana dos Criadores de Gir (AGCG), para acessar CLIQUE AQUI e fique sabendo das principais ações da entidade encabeçada pelo presidente Luiz Alberto de Paula. 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

1° FORUM ZEBU LEITEIRO

O 1° FORUM ZEBU LEITEIRO será realizado pela equipe da ABCZ que coordena o PMGZ - Leite e será aberto ao público.

Seguem os temas a serem debatidos: avaliação genética, aptidão leiteira do zebu, metodologia de controle leiteiro, qualidade do leite, genômica, sustentabilidade e demanda internacional.

Estão confirmados na composição da mesa Aníbal Vercessi (ABCGIL/APTA), Beatriz Cordenonsi Lopes (Pólo de Excelência em Genética Bovina/EPAMIG), Carlos Henrique Cavallari Machado (ABCZ), Ice Cristina Cadette Garbelline (ABCZ/Brazilian Cattle), Maria Gabriela Peixoto (Embrapa Gado de Leite) e Vania Maldini Pena (UFMG/CBMG).

O encontro está marcado para o dia 30 de junho, durante a Megaleite 2011, na Sala do Mérito ABCZ, às 17h.

Novo presidente da GirGoiás

Luiz Alberto de Paula e Souza é o novo presidente eleito da GirGoiás – Associação Goiana dos Criadores de Gir. O criador tomou posse ontem, 16 de junho em assembléia na Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura.

Luiz Alberto é formado em Direito e Gestão Pública e cria gir na fazenda Boas Novas em Bela Vista de Goiás, e vem suceder o atual presidente Rosimar Silva, jornalista, e também criador de Gir em Bela Vista de Goiás, que deixa um legado de realizações.

A nova diretoria firmou compromisso em seguir com o PNMGir, que tem como carro chefe o teste de progênie, que no ano que vem já divulgará resultados da 1ª bateria. Além do teste, novos projetos estão em andamento como o Moet e a Prova de Leite a Pasto.

Parabéns ao presidente eleito, desejo-lhe sucesso à frente desta importante instituição de fomento e desenvolvimento da raça Gir, que os anseios dos giristas goianos e brasileiros sejam atendidos plenamente.

Conjunto progênie de Cabaré Dobi


Os belíssimos animais da foto acima, formam o conjunto campeão progênie de pai raça Gir da 77ª ExpoZebu. Todos de criação e propriedade do criador José L. Junqueira Barros, o Bi, da Fazenda Café Velho, Cravinhos/SP.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Carro da Gir Goiás ganha plotagem do PNMGir

Programa Nacional de Melhoramento Genético da Raça Gir, o PNMGir, ganha plotagem no novo carro da GirGoiás. O programa que é executado pela associação goiana em parceria com a Assogir e Embrapa Gado de Leite, consiste em um teste de progênie e uma série projetos em andamento, como o MOET e a Prova de Leite a Pasto, a última em parceria com a ABCZ.


PARABÉNS À EQUIPE GIRGOIÁS!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Animal em Destaque: Rajni da Lapa Vermelha

Rajni da Lapa Vermelha
Prema Rajni x Clemente da Lapa Vermelha - 6.748 Kg

Este jovem touro, participante dos dois principais programas de melhoramento genético da raça Gir, o PNMGir e o PNMGL, está atualmente na central Nova India onde vem produzindo sêmen sexado de alta qualidade. É irmão próprio de Ameixa, uma das principais doadoras da marca Bey, cuja primeira lactação foi de 7.559 Kg/365 dias. Em breve estaremos disponibilizando o semen sexado para o mercado (já estamos aceitando reservas), e o convencional já está sendo comercializado.


Comunicado aos criadores de Gir de Goiás e do Brasil

Prezadas e prezados giristas:

No próximo dia 16 de junho de 2011, estaremos reunidos para a escolha da diretoria da Girgoiás -  biênio 2011/2013, por isso é importante fazermos algumas considerações e reflexões sobre esse processo:

I - Durante a década de 1990, e inclusive antes dessa década,  a Girgoiás lutava para não acabar. É fácil para os companheiros e companheiras entenderem isso: é muito difícil levar à frente o trabalho em uma associação. É comum o presidente ficar sozinho, com um ou outro diretor;

II - As coisas começaram a ser revertidas na Girgoiás em meados da década de 2000, sob a presidência de Alberto Pereira Nunes e depois de Emílio da Maia de Castro;

III - Foram criadas a “Caravana do Gir” e a Revista “GirOnline”, dando visibilidade à raça tanto no estado, como em nível nacional;

IV - Em 2005 celebrou-se o convênio com a Embrapa Gado de leite para a realização do Programa Nacional de Melhoramento Genético da Raça Gir – PNMGIR - uma ação, cujo alcance e importância, ainda deverá ser sentida futuramente, além do lançamento de outras políticas todas construtivas e importantes para a seleção da raça Gir;

V - Sob a presidência de Rosimar Silva, as ações foram ampliadas e dinamizadas:

a) recuperação financeira da Girgoiás;
b) realização do leilão de doações que viabilizou a independência financeira da Girgoiás nesse período;
c) aquisição de um caro 0 Km para distribuição de sêmen do PNMGIR e controle leiteiro;
d) quitação de dívidas fiscais de quase R$ 50.000,00;
e) incremento e fortalecimento das relações com a Embrapa Gado de Leite;
f) apoio da ABCZ para a implantação da Prova de Produção de Leite a Pasto;
g) compromisso da Embrapa Gado de Leite para ser a executora do Núcleo MOET de Goiás;
h) compromisso de Embrapa Gado de Leite em fazer a Avaliação Genética Genômica do rebanho gir do Estado de Goiás e
i) compromisso do Sebrae/GO, UFG, Uniub, Emater, Governo de Goiás e Faculdades Objetivo em apoiar a realização de todas as ações que visam aprimorar o PNMGIR).


VI - Hoje podemos dizer que a Girgoiás é uma entidade fortalecida, e que é reconhecida pelo seu trabalho e esforço, em todo o Brasil;

VII - Uma das provas de que a entidade hoje está fortalecida, é o surgimento da disputa eleitoral para dirigi-la. Se antes quase ninguém assumia, agora há vivo interesse em assumí-la, o que consideramos altamente significativo e

VIII - Se é verdade que nos orgulhamos pelo trabalho realizado, que julgamos digno dos giristas, também é verdade que devemos reconhecer os erros cometidos. No esforço para empreendermos políticas estratégicas descuidamos das relações pessoais com os criadores de Gir, sobretudo em Goiás.

A nossa situação

Diante dessa realidade, foi construída uma segunda chapa para disputar a direção da Girgoiás, o que, ao nosso ver, oxigena e contribui para a conquista de avanços. Todavia, de outro lado, o resultado para a Girgoiás e a seleção da raça poderia não ser positivo. Dado o clima de disputa existente, ficariam sequelas que se arrastariam por anos. Lembremo-nos dos exemplos passados, em que lutas internas fizeram grandes estragos em associações e em relações pessoais, quase irreparáveis, como na Assogir em anos recentes.

Por isso, imbuídos do propósito de manter a nossa unidade e preservar os interesses maiores da raça, procuramos, desde os primeiros momentos, a união de todos com o lançamento de uma chapa única. Após várias discussões e em última tentativa, propusemos uma chapa de igual para igual, com a presidência e a tesouraria deles e os outros cargos divididos igualitariamente. Seria para nós e para todos uma vitória, já que estaríamos investindo na construção da unidade e em um clima de bom relacionamento. No entanto, esta proposta de composição não foi aceita pela outra chapa, que aceitava, no máximo, incorporar 3 ou 4 dos nossos companheiros, vetando os demais.

Nossa decisão

Dessa forma, em prol da raça gir, restou-nos somente uma alternativa: não disputar. Alguém poderia dizer que não entendemos e não reconhecemos a legitimidade de uma disputa. Não é verdade. Disputar é legítimo, ganhar ou perder, também. Temos experiência em disputas, em vitórias e em derrotas. Nada mais normal.

Nosso temor não é o enfrentamento, mas as conseqüências do enfrentamento. Isso não em qualquer disputa, mas no caso dessa disputa específica. Não temos o direito de estimular um processo que pode vir a destruir o que já foi construído, e o que pode vir a ser construído.
A outra chapa não é composta de inimigos, mas de giristas e amigos, com divergências naturais, é certo, mas nada mais do que isso;

Ademais, a outra chapa se comprometeu através de manifesto em manter e avançar as principais políticas de seleção ora desenvolvidas.

Não devemos agir, pois, sob impulso, ou de forma emocional. Não é a honra de cada um que está em jogo, mas sim a sustentação de uma idéia, um projeto, que transcendem o pessoal.

Nosso compromisso

No dia da eleição, estaremos todos lá, para eleger a nova direção.

Não vamos apostar no fracasso, mas sim no êxito da nova diretoria. Não somos desleais, ao contrário, temos uma história e temos os nossos ideais a zelar.

O próximo presidente da Girgoiás, os próximos diretores da Girgoiás, serão o nosso presidente e os nossos diretores. Estaremos todos unidos apoiando a nova gestão, buscando a unidade e fortalecendo na seleção da raça Gir.

Goiânia, 11 de junho de 2011.
 
Assinam este Comunicado:

1.         Alberto Ferreira Motta
2.         Aline Vieira Rodrigues
3.         Antônio de Araújo Pinheiro
4.         Antônio Ferreira Motta Júnior
5.         Antônio Henrique Braga
6.         Antônio José Filho
7.         Aguilar Ferreira Motta
8.         Arthur Correia Teixeira
9.         Athos Magno Costa e Silva
10.      Átila Correa Guimarães
11.      Bráulio Afonso Moraes
12.      Casser de Paula Halibe
13.      César Gomes da Silva
14.      Charles Humberto Oliveira
15.      Cláudio Cândido de Oliveira
16.      Cláudio Ortêncio
17.      Eduardo Leão André
18.      Eduardo Simões
19.      Egmar Teixeira de Oliveira
20.      Emílio da Maia de Castro
21.      Érica Dias de Andrade Cunha
22.      Eurípedes Zacarias da Cunha
23.      Fábio André
24.      Fabrini Zacarias de Andrade Cunha
25.      Gilmar Cordeiro de Souza
26.      Gustavo Taveres Abreu
27.      Joel Machado Diniz
28.      José Luiz Junqueira Barros
29.      José Maria Vieira Franco
30.      José Pereira da Silva
31.      José Sab Neto
32.      Juraci de Paiva Júnior
33.      Juscelino Kubtischeck Gomes
34.      Larissa Pereira de Castro
35.      Leonardo da Silva Rodrigues
36.      Luiz Saraiva
37.      Lupércio Pereira
38.      Margot Riemann
39.      Maria Aparecida Alves Silva
40.      Maria Gorete Alvarenga Costa de Souza
41.      Mauro Bafutto
42.      Onofre Eustáquio Ribeiro
43.      Ramilton Javiktson Rosa
44.      Reigy Braz
45.      Ricardo Simões
46.      Rodrigo Simões
47.      Rosimar Silva
48.      Sebastião José da Mota
49.      Simon Riemann
50.      Thiago Guimarães de Assis
51.      Wagney Azevedo Leão

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pela GirGoiás, pelo Gir!


A Associação Goiana dos Criadores de Gir - GirGoiás passa atualmente por processo eletivo pelo qual será escolhida nova administração. Em um momento inédito, propostas estão à mesa e os sócios escolherão, na próxima semana, quem conduzirá a entidade pelos anos seguintes. 

Inicialmente quero fazer algumas considerações sobre o passado recente desta atuante associação que esteve ameaçada de fechar as portas e hoje é referencia nacional pelo consistente trabalho que vem sendo executado, êxito este que se deve às duas últimas administrações, dos honrados Emilio Castro e Rosimar Silva. O primeiro, juntamente com sua equipe, foi responsável pela idealização e o ponta-pé inicial do teste de progênie, que hoje caminha em passos largos e rumo ao sucesso absoluto. O segundo por dar condições políticas e financeiras para estabilidade e continuidade deste teste que hoje faz parte de um programa nacional, o PNMGir, com vários projetos em andamento e uma consistente parceria com a Assogir. 

Não seria suficiente investir horas no teclado para citar todas as conquistas destes homens que encantaram pela união e pela firmeza em que lutaram e lutam pelo Gir. Este ano, tive a oportunidade de conhecer pela primeira vez o estado de Goiás, sua capital e algumas cidades do entorno, em uma breve viagem pela qual visitei rebanhos (e que rebanhos!) e compartilhei idéias com amigos (novos e antigos)... tudo bem que era uma “goianada meio indianizada”, mas isso é outro assunto (sic). A admiração que tenho pelos giristas deste estado é declarada e os vejo como importante alicerce na conquista de um rebanho nacional equilibrado e livre das reservas de mercado hoje existentes, e tenho certeza que este objetivo se torna cada vez mais real. 

No entanto, o momento atual requer muita sabedoria, as novas propostas que nos foram oferecidas merecem um debate amplo e livre de interessas paralelos, e os envolvidos na corrida eleitoral são os grandes responsáveis pelo futuro de nossa raça. Então, independente do debate que hoje está a mesa e ao qual opto por me abster, tenho certeza que chegaremos a um consenso e teremos um novo líder incumbido em atender os desejos e anseios da sociedade girista goiana. 

Por fim, parabenizo a todos que estão nessa luta e coloco-me à disposição do futuro presidente e sua diretoria, que terá antes de tudo um compromisso com o Gir e com os giristas, e tenho certeza de que o trabalho será continuado e ampliado. 

Rodrigo Rezende Simões

terça-feira, 7 de junho de 2011

Animal em Destaque: Chatada da Lapa Vermelha

Chatada da Lapa Vermelha
Tacaré x Meca

Com quase 14 anos de idade, 17 produtos gerados e vários em gestação via TE/FIV, Chatada está em controle leiteiro oficial pela a ABCZ, sendo que até o momento tem produção ajustada de 9.958 kg em 226 dias, em 6 pesagens oficiais realizadas, nas quais obteve os seguintes resultados: 44,6 Kg / 39,7 Kg / 38,0 Kg / 38,2 Kg / 33,2 Kg / 29,0 Kg, que lhe renderam os seguintes recordes internos na Fazenda Lapa Vermelha:

Maior produção real oficial em um dia: 44,6 Kg
Maior média ajustada oficial: 44,06 Kg
Maior média real oficial: 37,11 Kg

Devido a todos estes números e sua irretocável caracterização racial, esta doadora representa a síntese da marca Bey, que procura aliar pureza e caracterização racial com alta produtividade leiteira.