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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A caracterização racial e o Gir

A raça Gir chegou ao Brasil no século passado, proveniente das poucas exportações executadas por visionários pecuaristas brasileiros que merecem todo nosso respeito e admiração.
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Recebemos de lá animais de qualidades diversas que aqui aprimoramos de forma consistente e rápida, tanto no âmbito produtivo, quanto na caracterização racial.
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É motivo de muita discussão e tema de várias reflexões, muitas vezes publicadas pela mídia, o grau de pureza da raça no Brasil, mas não se tem nada realmente consistente a respeito.
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E de certa forma isto não tem tanta importância, desde que a caracterização racial esteja presente e seja motivo de preocupação para os selecionadores.
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Vejamos; um animal zebu com as seguintes características: pelagem branca suja, chita, vermelha ou amarela em combinações diversas, perfil craniano ultraconvexo determinando o alinhamento dos olhos com a base dos chifres; estes com saída para baixo, voltando para trás e em direção ao corpo, marrafa bem jogada para trás, couro fino e solto e cupim (giba) bem localizado e implantado. Tem que ser considerado Gir.
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Sempre tive em mente que a pureza racial sem precedentes era um elemento essencial na seleção animal, e ainda considero pertinente, mas por ser tão intangível e por conseqüência ignorada por muitos criadores vejo que a caracterização racial deve ser o foco, e dela ninguém pode fugir.
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Entre os diversos benefícios que um rebanho caracterizado proporciona, está um que deve ter atenção especial, que é a definição de raça, ou seja, ela permite a nós sem exames científicos e sem técnicas aprimoradas, e apenas com um pouco de conhecimento sobre o padrão definir se o individuo pertence ou não a esta raça.
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Não raramente vemos em seleções renomadas, a falta ou ausência quase total de caracterização racial nos animais provenientes destas, que dispõem de exemplares totalmente dispares entre si, que chegam a deixar duvida se são mesmo Gir ou mestiços.
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Se este quesito não for devidamente valorizado e passar a ser ao lado da produtividade, principal foco dos criadores, em breve o padrão racial citado acima terá de ser revisado e modificado, pois não estará de acordo com a realidade.

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