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WALLACE, em “Índia in 1887” cita que, pela tradição, o gado Gir não era um gado indiano no total, mas que fora trazido de outras terras. BARBOSA DA SILVA (1947) afirma que o “Gir é completamente diferente de outras raças bovinas criadas no continente em seus caracteres morfológicos gerais, tendo origem no Oriente e vindo se instalar na Índia”.
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MOLLISON também afirma ser o Gir um gado diferente: “O puro Gir é extraordinariamente fiel ao seu tipo e, em certos respeitos, difere dos outros rebanhos indianos, de maneira tal que torna evidente ter este gado se conservado por largo período de tempo, sem entrar em contato com qualquer outro sangue estranho”.
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OLVER supõe também que o Gir não acompanhou as invasões vedo-arianas que, segundo SMITH (1993) em sua “Oxford History of Índia” teria se processado entre 1.500 a 2.000 AC, deixando traços indeléveis desde a passagem pelo Himalaia, de nordeste para leste, até o extremo sul da península indiana; desde Karat, fora das fronteiras ocidentais do Beluchistão até o Golfo de Bengala, aqo norte de Madras.
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O Zebu da Índia é dividido em 6 grandes grupos, a saber (segundo ALEXANDRE BARBOSA DA SILVA, 1947):
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1) Zebu indígena ou raça autóctone, primitiva;
2) O primeiro ramo: Zebu branco-cinza do norte;
3) O segundo ramo: Zebu branco-cinza do norte;
4) O Zebu Misore;
5) O Gir;
6) O zebu leiteiro.
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Diz BARBOSA 1947: “O Gir não veio do planalto central asiático como o gado branco-cinza do norte. Outrossim nada tem o Gir de comum com o primitivo rebanho indígena da Índia ai encontrado pelas tribos armenóides invasoras, e depois pelos vedo-arianos. Não consta na história que o Gir tenha vindo da Arábia nem da África. Querem, por isso, os estudiosos do assunto, que o Gir tenha sido trazido à zona litorânea do oeste da Índia pelas tribos australasiáticas que invadiram a península, vindas da Indonésia. Estas tribos trouxeram consigo um rebanho ainda até então desconhecido na Índia e o foram criar ao sul da península de Kathiawar, completamente afastado, por séculos, de qualquer outro rebanho de bovinos. Separava-os a crista altaneira das montanhas da província de Gir, cobertas de florestas impenetráveis onde, há poucas décadas atrás, era o único sitio da Ásia onde ainda se escondia o leão asiático, espécie já quase totalmente extinta. Ai, nas humosas planícies entre o Mar Arábico e a cordilheira do Gir, foi onde o inicio da criação do gado Gir, na Índia propriamente dita, teve lugar”.
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O próprio Barbosa, porém, chegou perto do “ancestral citado pela história indiana” ao afirmar: “... a principal diferença morfológica ente o Gir e as demais raças é a conformação original de sua cabeça, única entre todas as espécies hodiernas. Esta difere em formato e estrutura de qualquer outro bovino domesticado, aproximando-se porém do Búfalo”. Parece haver realmente, uma certa afinidade histórica entre o Bufalo e o Gir.
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A pureza genética é um fator de rusticidade inigualável e, quase sempre, o gado que conseguia sobreviver nas regiões de condições climáticas mais opressivas, comprovava ser, quase sempre, o mais puro! Em parte, porque os próprios criadores não encontravam alternativas de cruzamentos, pois sua região, em geral, era inóspita e de difícil acesso. Na Índia, os principais rebanhos que se conservaram em estado de pureza racial, foram localizados na região ocupada pelas tribos dos Gujars que, hoje, é denominada de Província de Gujarat (onde estão o Gir, o Guzerá e os Búfalos Jafarabadi).
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MOLLISON também afirma ser o Gir um gado diferente: “O puro Gir é extraordinariamente fiel ao seu tipo e, em certos respeitos, difere dos outros rebanhos indianos, de maneira tal que torna evidente ter este gado se conservado por largo período de tempo, sem entrar em contato com qualquer outro sangue estranho”.
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OLVER supõe também que o Gir não acompanhou as invasões vedo-arianas que, segundo SMITH (1993) em sua “Oxford History of Índia” teria se processado entre 1.500 a 2.000 AC, deixando traços indeléveis desde a passagem pelo Himalaia, de nordeste para leste, até o extremo sul da península indiana; desde Karat, fora das fronteiras ocidentais do Beluchistão até o Golfo de Bengala, aqo norte de Madras.
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O Zebu da Índia é dividido em 6 grandes grupos, a saber (segundo ALEXANDRE BARBOSA DA SILVA, 1947):
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1) Zebu indígena ou raça autóctone, primitiva;
2) O primeiro ramo: Zebu branco-cinza do norte;
3) O segundo ramo: Zebu branco-cinza do norte;
4) O Zebu Misore;
5) O Gir;
6) O zebu leiteiro.
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Diz BARBOSA 1947: “O Gir não veio do planalto central asiático como o gado branco-cinza do norte. Outrossim nada tem o Gir de comum com o primitivo rebanho indígena da Índia ai encontrado pelas tribos armenóides invasoras, e depois pelos vedo-arianos. Não consta na história que o Gir tenha vindo da Arábia nem da África. Querem, por isso, os estudiosos do assunto, que o Gir tenha sido trazido à zona litorânea do oeste da Índia pelas tribos australasiáticas que invadiram a península, vindas da Indonésia. Estas tribos trouxeram consigo um rebanho ainda até então desconhecido na Índia e o foram criar ao sul da península de Kathiawar, completamente afastado, por séculos, de qualquer outro rebanho de bovinos. Separava-os a crista altaneira das montanhas da província de Gir, cobertas de florestas impenetráveis onde, há poucas décadas atrás, era o único sitio da Ásia onde ainda se escondia o leão asiático, espécie já quase totalmente extinta. Ai, nas humosas planícies entre o Mar Arábico e a cordilheira do Gir, foi onde o inicio da criação do gado Gir, na Índia propriamente dita, teve lugar”.
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O próprio Barbosa, porém, chegou perto do “ancestral citado pela história indiana” ao afirmar: “... a principal diferença morfológica ente o Gir e as demais raças é a conformação original de sua cabeça, única entre todas as espécies hodiernas. Esta difere em formato e estrutura de qualquer outro bovino domesticado, aproximando-se porém do Búfalo”. Parece haver realmente, uma certa afinidade histórica entre o Bufalo e o Gir.
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A pureza genética é um fator de rusticidade inigualável e, quase sempre, o gado que conseguia sobreviver nas regiões de condições climáticas mais opressivas, comprovava ser, quase sempre, o mais puro! Em parte, porque os próprios criadores não encontravam alternativas de cruzamentos, pois sua região, em geral, era inóspita e de difícil acesso. Na Índia, os principais rebanhos que se conservaram em estado de pureza racial, foram localizados na região ocupada pelas tribos dos Gujars que, hoje, é denominada de Província de Gujarat (onde estão o Gir, o Guzerá e os Búfalos Jafarabadi).
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Fonte:
GIR: O gado sagrado na India (Editora Agropecuária Tropical Ltda.)
2 comentários:
Rodrigo,
De repente você parou de falar da ASSOGIR. Existe algum problema ?
O que você acha dessa gente que falava que o Gir Padrão só serve para ter Otite e agora querem ser sócios da ASSOGIR ?
É assim: o pessoal do Gir Leiteiro dedica muita energia tentando acabar com o Gir Padrão e em troca o nosso futuro presidente diz que a ASSOGIR será dos mestiços de Gir também.
Se for dêsse jeito é melhor fechar mesmo.
Alzeir Campanati Antunes.
Alzeir,
Anda sumido... bom te-lo novamente participando.
Em relação a Assogir, o tópico anterior a esse fala justamente dela.
Eu acho que essa turma que fala isso sobre o Gir puro sabe melhor que a gente que o Gir Padrão é o único Gir existente.
Todo Gir deve ser Leiteiro, mas o Padrão é um pré-requisito, sem ele não temos nada.
Nosso futuro presidente entende que a Assogir deve receber todos os giristas, e esses que agora vem pra ela estarão se associando a uma entidade que dará muita importancia ao quesito CARACTERIZAÇÃO RACIAL.
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