sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Recesso de Carnaval!
Aumentar produtividade ou agregar valores
Em se tratando de bancos, já sabemos o que vem por aí, ou seja, aumento de tarifas, de taxas de juros, venda de novos produtos, etc.
Quando se fala do Agro Negocio, há inúmeras técnicas aplicadas que aumentam a produtividade, porem, todas interligadas com custo/benefícios, e o que mais vemos e ouvimos, é que o preço praticado na hora de vender o produto, não cobre os custos de produção.
Aí vem a pergunta: “Onde está o erro? Que caminhos seguir? De quem é a culpa?”
A única certeza que temos, é que , nenhum produtor ou empresário, continua numa atividade que só lhe traz prejuízos.
Atendo-me à pecuária nacional,o que seria do nosso rebanho, que se adaptou tão bem às pastagens dos nossos campos e cerrados, se tivessem que ser criados desde o nascimento até o abate em ambientes de confinamento?
Com certeza, não teríamos o nosso tão falado boi de capim, os mercados não seriam os mesmos, a lucratividade menor, e a atividade seria menos lucrativa para a maioria dos pecuaristas brasileiros.
Quando se fala de Pecuária Leiteira, o assunto é mais complexo do que se pensa, pois desde o manejo mais precário até o mais eficiente, a verdade é que ambos são diários, seja com uma ou duas ordenhas.
Se o rebanho tivesse a mesma genética, onde só o manejo e o trato são diferentes, um produzirá menos e com baixos custos , e outro produzirá mais e com custos mais elevados.
Para os produtores mais especializados, não me sinto à vontade sequer para comentar a logística utilizada, se sacrificar os machos ao nascimento significa menos custo e mais produção de leite, enfim, não tenho como analisar estes fatos.
Agora uma coisa é certa, para a maioria dos pequenos e médios produtores de leite deste país, os machos são mais uma fonte de renda para o seu sustento.
A expressão mais utilizada pelos economistas nos dias de hoje, é sem dúvida “Agregar Valor ao Produto ou Atividade”, e diminuição de custos.
Se o produtor optar por um touro da raça Nelore em suas vacas cruzadas, com certeza irá agregar maior valor na venda dos machos e fêmeas, só que desfaz da genética de suas matrizes, às vezes tão bem adquiridas e ou selecionadas, não tendo posterior reposição
Se utilizar touros com sangue taurino, a venda dos machos é um martírio, pois não há comprador,e se aparece um, primeiro humilha o criador e depois faz sua ridícula proposta.
Se tivéssemos reprodutores da Raça Gir provados para carne e leite, com certeza seria a melhor alternativa para a maioria dos pequenos e médios produtores de leite deste país.
Penso, que por ser uma raça não de dupla mas de múltiplas aptidões, qualquer experimento em melhoramento genético, tem que explorar todo o seu potencial, e não avançar em direção única, ou seja, apenas aptidão leiteira.
Nenhum segmento deve se preocupar com os debates que estão ocorrendo em torno da raça, mesmo porque, os estudos, as pesquisas, e os experimentos continuarão, e uma vez alcançado um objetivo, outros virão, e só serão atingidos com o constante trabalho de melhoramento genético das raças.
De minha parte, como sócio da Assogir, gostaria de produzir animais com muita caracterização racial, aprumos perfeitos, dóceis, rústicos, e que produzissem muita carne e leite, de preferência, com vacas de tetos corrigidos e bem distribuídos.
Especial Fazenda Saudade - Marca ADAO
A marca Adão hoje, continua pelas mãos do seu filho Alberto Motta, que mantém em seu plantel a premissa de buscar animais produtivos e altamente caracterizados, com um amplo projeto de uso da linhagem Alecrim (principalmente Jalam Camila), R (Jangadeiro) e touros POI´s consagrados.
Hoje, Alberto Motta, têm 3 touros no teste de progênie Embrapa/GirGoiás:
- Maranamu da Saudade (Chave de Ouro Filho x Amapoã da Saudade)
- Lord da Saudade ( Lord 347 x Baroda Ena)
- Brasil da Saudade (Golfo HL x Brasília da Saudade)
Alguns animais de destaque do criatório ADÃO, também estão presentes em rebanhos altamente selecionados, como os animais abaixo:
- Brisa da Saudade (Foto) – 7634 kg de leite controle oficial, de propriedade de Andréia Nunes.
- Deusa da Saudade – 4900 kg de leite controle oficial, de propriedade de Zezão Nunes.
- Renuncia da Saudade – 5839 kg leite controle oficial, de propriedade de Bráulio Afonso de Moraes.
Contato:
Alberto Motta
64 – 8401 2899
albertofmotta@hotmail.com
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Assogir: Expectativa
A mesma ainda mencionou que “se for pra lutar apenas pelo leite não precisa ter Assogir, pois já tem quem o faça, com maestria”.
É bom frisar que muitos criadores têm aderido a este movimento, confiantes que, após o dia 7 de março será emplacada nova diretoria, esta encabeçada pelo girista Zé Neto. Porém, até o exato momento, temos apenas uma equipe de transição, liderada e coordenada por Waldyr Barbosa, que pretende fazer com transparência e tranqüilidade este processo de renovação e re-erguimento.
E até que esta nova diretoria assuma, nada pode promoter estes que pretendem compor a mesma, seja nos quadros; político, técnico ou administrativo.
Mas uma coisa pode ser “prometida” caso estas expectativas se confirmem; a Assogir não irá ser uma associação que trabalha por uma só vertente. A raça Gir é valorizada e reconhecida pela sua versatilidade e seu potencial produtivo diversificado e não iremos desperdiçar estas aptidões, haverá espaço para leite, para carne e para as demais vertentes representadas por criadores, e mais: a caracterização racial será um quesito muito valorizado e todo trabalho partirá deste ponto, não se tem Gir sem esta qualidade.
Muitas idéias boas existem e já vem sendo discutidas, mas não se pode fazer muito na situação atual, falta dinheiro, falta sócios, falta expressão! E não vai acontecer do dia para a noite, será fruto de um trabalho árduo e consistente que só será possível se houver união em torno dessa causa.
Tenho certeza que o presidente e sua equipe irão buscar recursos nas mais variadas fontes, para tocar os projetos da associação.
Também afirmo que estará presente em todos os eventos do Gir um representante da entidade, quando não uma maior estrutura fomentando a raça e dando apoio aos criadores.
A relação com a ABCZ será cada vez mais estreita, e assim será possível cobrar maior rigidez dos técnicos em relação ao padrão racial e participar das decisões da entidade maior que dizem respeito aos interesses do Gir.
E principalmente, terá lugar para os giristas de todo o tipo, não será excluída nenhuma vertente e nem se privilegiará nenhuma linhagem!
Esta é minha expectativa para o futuro da Assogir.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Nova enquete: Caracterização Racial
www.expozebu.com.br
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
"Baby Gir" de Fevereiro
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Novo quadro estréia agora no Blog Gir-PO, é o "Baby Gir" do mês!
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Todo mês daremos espaço para os criadores anunciarem jovens animais, a regra é que estejam ainda mamando, e que sejam animais de alta qualidade.
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Estreiando, abaixo foto de bezerra Neia da Lapa Vermelha:
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Seu pai, Bey 4045, é filho de Krishna II. Sua mãe, Clemente, é filha de Tacaré ZS e está em controle de lactação em andamento (oficial ABCZ), no qual ultrapassará com facilidade os 5.000kg/305 dias.
Envie uma foto de um bezerro ou bezerra que gosta muito, com informações sobre sua genealogia, e teremos o prazer de publicar aqui!
Concurso Leiteiro da ExpoZebu 2009 bate recorde de inscritos
Em ano de festa para a ABCZ, que comemora os 75 anos da ExpoZebu, o concurso terá novamente o Pavilhão do Leite, especialmente criado para valorizar o produto. Nele, serão entregues as premiações entre outros eventos. A equipe teve que ser triplicada para atender à demanda de animais participantes, segundo Cavallari. "Teremos este ano três pavilhões onde acontecerão as ordenhas", ressalta, informando, ainda, que essas ordenhas poderão ser visualizadas on-line.
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Túnel do Tempo: Jogado ZS
Enquete encerrada
1) Importante, alguns touros fizeram história e ainda podem contribuir.
75 votos - (68%)
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2) Bom, mas em alguns casos específicos, não regularmente.
21 votos - (19%)
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3) Ruim, hoje temos animais mais evoluidos.
11 votos - (10%)
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4) Não sei opinar sobre o assunto.
02 votos - (1%)
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Animal em Destaque: Brisa da Saudade
Leilão Gir Femeas Jovens (ZS e DOBI)
Além dos organizadores ofertarão os seguintes convidados:
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Leilões 2009: Adriano Apolinário
- 18 de Abril - Gir Fazenda Ariranha (Antonio e Patrícia Leite) Teófilo Otoni/MG - Transmissão: AgroCanal
- 28 de Abril - Comentará os lotes do Leilão Gir Granja do Carlos (Carlos de Olivera Costa) - VIRTUAL - Transmissão: AgroCanal
- 30 de Abril - Gir Cachoeira 2B e Gavião - VIRTUAL - Transmissão: A definir
- 29 de Maio - Estrela do Gir - Goiânia (durante a 64ª Exposição Agropecuária do Estado de Goiás) - Transmissão: A definir
- 13 de Junho - Estância Jasdan (Onofre Ribeiro) Paraopeba/MG - Transmissão: A definir
- 08 de Julho - Leilão Gir Governador Valadares/MG - Durante a Exposição Agropecuária.
"O regulamento da ABCZ é a nossa Constituição"
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Assim como os Direitos e Deveres dos cidadãos brasileiros estão na “Constituição Brasileira”, o mesmo ocorre com todos os criadores de zebu do Brasil, ou seja, a nossa “Carta Magna” é o Regulamento da ABCZ.
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Querer distorcer, maquiar, pleitear qualquer feito, que esteja em desacordo com o regulamento das raças zebuínas em todos os seus quesitos, em especial quanto à caracterização de uma raça, é o mesmo que pleitear na Justiça algo inconstitucional.
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Enquanto quase todas as raças estão em harmonia com o regulamento da ABCZ, a raça Gir em pleno século XXI, debate e questiona ainda a sua caracterização racial, e com freqüência, vemos animais totalmente em desacordo com as normas tão bem descritas e detalhadas no Regulamento do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas .
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Vale lembrar, que a ABCZ, por delegação específica do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), é responsável pela execução do registro genealógico de todos os animais das raças zebuínas criadas no Brasil.
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No texto do regulamento, as palavras sábias do nosso querido Presidente Orestes Prata Tibery Junior: “Sempre estivemos convictos que a seleção de zebuínos não pode, jamais, prescindir do respeito ao “Padrão Racial”, seja nas fazendas de seleção, nas relações de compra e venda e principalmente nas pistas de julgamento.Fazer concessões, aceitando e valorizando animais que não estejam perfeitamente enquadrados, abre as portas para a descaracterização das diversas raças com perdas substanciais nos parâmetros que norteiam a seleção e premiação dos animais”.
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Adentrar o Parque de Exposições Fernando Costa com nossos animais, é a certeza que estamos de acordo com as regras da ABCZ nos quesitos raça, peso mínimo, e principalmente no quesito Sanidade.
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Todo esse processo, culmina em sua forma plena,nas pistas de julgamento, onde se pode mostrar o resultado do trabalho de seleção de cada criador na busca do animal ideal, em perfeita harmonia com uma morfologia funcional e beleza racial.
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Fazer um “Grande Campeão” em Uberaba, é o mesmo que ter uma sentença com ganho de causa dada pelo Supremo Tribunal Federal, ou seja, uma vez contabilizados os votos dos julgadores, os animais se tornam imortais nos painéis dos Grandes Campeões expostos na Sede da ABCZ.
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Portanto, querer discutir o padrão racial em associações, centrais de inseminação, e até mesmo em leilões televisionados é perda de tempo, ou seja, o Foro competente é a Pista de Julgamento da Expozebu de Uberaba, a maior exposição de Zebu do Mundo.
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Euclides Osvaldo Marques
Estância do Gir
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Leilão: Granja do Carlos 2009
Serão ofertados somente 22 lotes entre: bezerras, novilhas e vacas. Todas com potencial de doadoras e o que há de melhor da Granja do Carlos.
Oportunidade para o Brasil e o Mundo em adquirir uma relíquia em genética apurada da raça GIR PO.
Em breve serão disponibilizados os lotes!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
A caracterização racial e o Gir
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Recebemos de lá animais de qualidades diversas que aqui aprimoramos de forma consistente e rápida, tanto no âmbito produtivo, quanto na caracterização racial.
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É motivo de muita discussão e tema de várias reflexões, muitas vezes publicadas pela mídia, o grau de pureza da raça no Brasil, mas não se tem nada realmente consistente a respeito.
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E de certa forma isto não tem tanta importância, desde que a caracterização racial esteja presente e seja motivo de preocupação para os selecionadores.
Vejamos; um animal zebu com as seguintes características: pelagem branca suja, chita, vermelha ou amarela em combinações diversas, perfil craniano ultraconvexo determinando o alinhamento dos olhos com a base dos chifres; estes com saída para baixo, voltando para trás e em direção ao corpo, marrafa bem jogada para trás, couro fino e solto e cupim (giba) bem localizado e implantado. Tem que ser considerado Gir.
Sempre tive em mente que a pureza racial sem precedentes era um elemento essencial na seleção animal, e ainda considero pertinente, mas por ser tão intangível e por conseqüência ignorada por muitos criadores vejo que a caracterização racial deve ser o foco, e dela ninguém pode fugir.
Entre os diversos benefícios que um rebanho caracterizado proporciona, está um que deve ter atenção especial, que é a definição de raça, ou seja, ela permite a nós sem exames científicos e sem técnicas aprimoradas, e apenas com um pouco de conhecimento sobre o padrão definir se o individuo pertence ou não a esta raça.
Não raramente vemos em seleções renomadas, a falta ou ausência quase total de caracterização racial nos animais provenientes destas, que dispõem de exemplares totalmente dispares entre si, que chegam a deixar duvida se são mesmo Gir ou mestiços.
Se este quesito não for devidamente valorizado e passar a ser ao lado da produtividade, principal foco dos criadores, em breve o padrão racial citado acima terá de ser revisado e modificado, pois não estará de acordo com a realidade.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
A origem do Gir
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MOLLISON também afirma ser o Gir um gado diferente: “O puro Gir é extraordinariamente fiel ao seu tipo e, em certos respeitos, difere dos outros rebanhos indianos, de maneira tal que torna evidente ter este gado se conservado por largo período de tempo, sem entrar em contato com qualquer outro sangue estranho”.
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OLVER supõe também que o Gir não acompanhou as invasões vedo-arianas que, segundo SMITH (1993) em sua “Oxford History of Índia” teria se processado entre 1.500 a 2.000 AC, deixando traços indeléveis desde a passagem pelo Himalaia, de nordeste para leste, até o extremo sul da península indiana; desde Karat, fora das fronteiras ocidentais do Beluchistão até o Golfo de Bengala, aqo norte de Madras.
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O Zebu da Índia é dividido em 6 grandes grupos, a saber (segundo ALEXANDRE BARBOSA DA SILVA, 1947):
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1) Zebu indígena ou raça autóctone, primitiva;
2) O primeiro ramo: Zebu branco-cinza do norte;
3) O segundo ramo: Zebu branco-cinza do norte;
4) O Zebu Misore;
5) O Gir;
6) O zebu leiteiro.
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Diz BARBOSA 1947: “O Gir não veio do planalto central asiático como o gado branco-cinza do norte. Outrossim nada tem o Gir de comum com o primitivo rebanho indígena da Índia ai encontrado pelas tribos armenóides invasoras, e depois pelos vedo-arianos. Não consta na história que o Gir tenha vindo da Arábia nem da África. Querem, por isso, os estudiosos do assunto, que o Gir tenha sido trazido à zona litorânea do oeste da Índia pelas tribos australasiáticas que invadiram a península, vindas da Indonésia. Estas tribos trouxeram consigo um rebanho ainda até então desconhecido na Índia e o foram criar ao sul da península de Kathiawar, completamente afastado, por séculos, de qualquer outro rebanho de bovinos. Separava-os a crista altaneira das montanhas da província de Gir, cobertas de florestas impenetráveis onde, há poucas décadas atrás, era o único sitio da Ásia onde ainda se escondia o leão asiático, espécie já quase totalmente extinta. Ai, nas humosas planícies entre o Mar Arábico e a cordilheira do Gir, foi onde o inicio da criação do gado Gir, na Índia propriamente dita, teve lugar”.
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O próprio Barbosa, porém, chegou perto do “ancestral citado pela história indiana” ao afirmar: “... a principal diferença morfológica ente o Gir e as demais raças é a conformação original de sua cabeça, única entre todas as espécies hodiernas. Esta difere em formato e estrutura de qualquer outro bovino domesticado, aproximando-se porém do Búfalo”. Parece haver realmente, uma certa afinidade histórica entre o Bufalo e o Gir.
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A pureza genética é um fator de rusticidade inigualável e, quase sempre, o gado que conseguia sobreviver nas regiões de condições climáticas mais opressivas, comprovava ser, quase sempre, o mais puro! Em parte, porque os próprios criadores não encontravam alternativas de cruzamentos, pois sua região, em geral, era inóspita e de difícil acesso. Na Índia, os principais rebanhos que se conservaram em estado de pureza racial, foram localizados na região ocupada pelas tribos dos Gujars que, hoje, é denominada de Província de Gujarat (onde estão o Gir, o Guzerá e os Búfalos Jafarabadi).
Assogir: Situação dos sócios
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Animal em Destaque: Clemente da Lapa Vermelha
Os proprietários disponibilizam embriões e óvulos permanentemente.
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
A graça e a simpatia de Eva
A GRAÇA E SIMPATIA DE "EVA"
Todos os filhos de WHITE marcavam presença positiva no plantel: com CABOINHA nasceria ROTEIRO, de pelagem escura, e CABOITA. Com Caboita geraria VATE que era neto de CABONHA, bisneto de SIRIO, branco, de orelha escura. Seu descendente de Roteiro com INDIAPORÃ geraria BRASIL que, acasalado com GENUÍNA iria produzir GENUÍNO, um dos modernos pilares do "EVA", A experiência inicial chegava ao final quando Evaristo notou que, em consangüinidade estreitíssima os produtos apresentavam pelagem clara, mesmo tendo Sírio na genealogia. A própria raça mostrava qual era sua verdade sagrada. O "cromismo", ou "vermelhismo" era exceção da raça pura! O terreiro da marca EVA transformava-se em terra sagrada, como na Índia, onde a raça ditava as regras, sem a presunção dos homens!
Observou, também, que a coloração branca era apenas uma fatalidade seletiva, porque GANDHI não era totalmente branco, mas sim malhado escuro. Concluiu, então, que todo gado Gir puro, em cruzamentos absorventes puros, ressuscitarão, inevitavelmente, a coloração branca, cedo ou tarde. Essa era outra verdade sagrada do Gado Gir! (Exatamente como vem ocorrendo, modernamente, no país inteiro).
Os descendentes de SIRIO passaram a ser utilizados no lastro e os de WHITE geravam os touros, os quais eram escolhidos pelo maior número de vezes da presença do nome WHITE na genealogia. A consangüinidade, portanto, não fazia medo a Evaristo, pois tinha em mãos uma semente já consangüínea por séculos, senão por milênios, na Índia.
Uma outra conclusão sagrada foi tirada: BAIANINHA, a ancestral da marca "EVA" tinha os chifres em tanto mais altos ( se comparados com suas filhas, netas, bisnetas e outros descendentes diretos). A média de seus descendentes indicava, claramente, um "padrão", ou seja, a herança genética havia falado mais alto e mostrava o caminho a ser seguido. Evaristo não teve, então, mais dúvidas. Ele tinha o "padrão" nas mãos e esse "padrão" bem merecia uma "guerra santa". Tomou, então, a histórica decisão: seria o guerreiro e teria como armas exclusivamente o balde para o leite e a evidente raça-pura contra todos seus inimigos. Naquele início , era apenas um herege movendo-se contra o Brasil inteiro.
Em 1945 surgiria, definitivamente, a marca “EVA”, que associava laivos de misticismo , de feminilidade , de graça , de nobreza , associando o bom ao bonito , em homenagem clara à pureza de todas as mulheres-matrizes da própria humanidade. O Gir marca "EVA" passou a transmitir para a posteridade o modelo vivo do arquétipo que teria ficado entre os muros dos marajás na região de Katiavar. Era o único plantel que havia se transferido da Índia para o Brasil, trazendo consigo milhares de anos de seleção funcional e racial!
O nome "EVA" seria o grito de guerra contra os "donos" do Zebu brasileiro que insistiam em castrar excelentes animais no país inteiro, por conta de argumentos fúteis nunca comprovados, tais como a despigmentação, as características leiteiras, etc. Essa guerra iria perdurar por longas décadas, subindo o gado os degraus da fama e de respeito, ao mesmo tempo em que sofria soturnos ataques dos "zebutécnicos".
Contato: edineive.silva@yahoo.com.br
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Debate sobre consanguinidade (melhores trechos)
Eis um tema bastante interessante não só para a raça gir mas para a pecuária em geral. No caso da raça gir, que é o que mais nos interessa, são inúmeros os animais de destaque que contam com algum "grau de consanguinidade" em suas genealogias. Assim, não se pode negar que em muitos casos a consanguinidade possa gerar bons frutos. Entretanto, também é sabido que o abuso desse recurso pode acarretar alguns malefícios. Em todo caso, é preciso reconhecer conceitos como raça e, principalmente, linhagem estão diretamente ligados à questão da consanguinidade. De forma mais branda no primeiro e de maneira bem mais intensa no segundo. Por isso, gostaria de saber as opiniões dos amigos acerca desse tema que causa aversão em uns e agrada a outros;
Esse tipo de conversa que muito me agrada, assim podemos levar a raça adiante, parabenizo ao André por colocar o assunto em pauta. Quanto o uso da cosanguinidade a minha opinião vai de encontro com a do Beto, acho que pode trazer mais maleficios do que beneficios, se fixar em uma só genética não há variabilidade e assim podem aflorar beneficios mas tb maleficios para a raça, e muitos destes problemas são de dificil diagnóstico como perda de fertilidade, maior propensão a certas doenças, má formação de órgãos, etc. Muitos criadores usaram a cosanguinidade em seu gado e tiveram muito exito, mas se possivel eu tento evitar, apesar de ter adiquirido animais que possuam o mesmo avô tanto na linha baixa quanto na alta;
Existe heterose no crusamento de individuos da mesma raça? Por ex: linhagens diferentes! E se existe, não seria necessário a gente ter uma maior concentração genetica de um individuo para depois cruzar com outro de linhagem diferente, ou seja dar uma abertura no samgue pra que só assim gere a heterose? Penso o seguinte se nos ficarmos usando um boi aqui outro ali... vamos fazer um gado mestiço de linhagem... penso mais, acho que toda seleção tem que ter uma linhagem predominante!