A frase escolhida como título deste texto foi retirada da última revista da ABCZ, e o autor é o criador Leo Machado, da Fazenda Mutum (Goiás). E nela me inspirei para escrever, já que é a síntese do Gir Leiteiro: ora, embora haja uma forte doutrina que induz as pessoas a acharem que Gir Leiteiro são apenas os animais filhos dos touros provados do PNMGL (ABCGIL), ou de 3 ou 4 fazendas tradicionais desta vertente da raça, a verdade é um pouco diferente... embora estes rebanhos sejam muito importantes, assim como o PNMGL, que é precursor no melhoramento genético da raça Gir e deve ser não só respeitado mas também reconhecido como de suma relevância.
O fato é: quem "manda" no Gir Leiteiro é o Controle Leiteiro Oficial da ABCZ (CL/PMGZ), é ele que diz quem é ou não de aptidão leiteira na raça Gir, e isso é de suma importância. As vezes escutamos alguem dizer que esta vaca é Gir Leiteiro por ser filha do Sansão ou do Everest, embora ela não tenha, apesar de já adulta, o famoso RIL. Errado, não é. Ou ouvimos dizer que a vaca tem controle leiteiro oficial com leite suficiente para ser aptidão leiteira mas vem de linhagens padrão então não é Gir Leiteiro. Errado, é sim.
Então, é hora de acabarmos com estes equívocos e começarmos a nos valer do bom senso, Gir Leiteiro é quem tem leite provado, e ponto final. Pelo bem da raça. É o momento de somar, tem muito gado oriundo de linhagens alternativas às tradicionais do Gir Leiteiro consagrado que pode em muito colaborar com o rebanho nacional, veja alguns exemplos de sucesso: Fazenda Café Velho, Fazenda Genipapo, Fazenda Lapa Vermelha, entre outras, inclusive a do autor da frase do texto, a Mutum, que fez Gir Leiteiro a partir de linhagens alternativas, com o gado 3R.
Um comentário:
Muito bom Rodrigo!
Parece que o gir chamado outrora de "padrão" vai encontrando seu caminho.
E vc é um grande protagonista nisso!
Acompanho desde o início o blog e a comunidade gir padrão no orkut, criados por vc.
Vi em vc algumas fases:
1) a primeira de indignação/inconformação com a não valorização do gir "padrão", externando isso às vezes através de críticas ao gir leiteiro;
2) a segunda de inquietude, característica da juventude, na busca da valorização do gir "padrão", em especial visando uma finalidade econômica, inclusive com propostas de alteração de denominação;
3) a terceira, após estar convicto de que a finalidade econômica do gir é mesmo a leiteira, de reconhecimento do trabalho dos que participaram do PNMGL, inserindo o seu gir "padrão" em programas de melhoramento (inclusive no mesmo PNMGL, além da Girgoiás), conferindo-lhe outra denominação, de mera "linhagem alternativa", que não mais divide a raça;
O mais importante de tudo isso é que a raça GIR de aptidão leiteira (definição encontrada no SRGRZ-ABCZ) será a grande beneficiada, com animais caracterizados e produtivos.
Abraço
Denilson
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