O Brasil, há menos de 100 anos atrás, adotou uma raça.
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Raça pela qual dedicou anos de trabalho e amor, que a fez ser hoje sem dúvida uma das mais importantes da pecuária brasileira.
Esta raça é o Gir.
Pronto, cheguei onde queria. Temos a raça. Mas ela hoje se confunde em duas vertentes; o Gir propriamente dito e o “Gir Leiteiro”.
Por que isto?
Não conheço muitas pessoas que selecionam para outra função, mas devo frisar que o Gir propriamente dito acabou ganhando nomenclatura de vertente e alguns chamam de Dupla-Aptidão ou mesmo Padrão. Padrão é um bom nome, soa bem, mas dupla-aptidão foi um equivoco de alguns criadores do passado que ditaram os rumos na época.
Pra mim existe Gir, ou é ou não.
Esta divisão levou alguns criadores a selecionar apenas leite e outros além de leite, qualidade e pureza racial.
Mas é interessante frisar que a raça hoje no contexto geral do mercado vale menos do que produtividade, seja ela real ou não, mas isso não cabe a mim neste momento analisar.
Mas, do que adianta produtividade sem raça?
Adianta muito pra quem é apenas produtor e não selecionador. O produtor visa única e exclusivamente produzir mais, agora entro no mérito e questiono: o Gir Leiteiro é mais produtivo que o Girolando?
Acho que não, então pra um produtor de leite (não selecionador), é mais válido criar um gado híbrido que produzirá mais e mais barato.
E quais serão as fontes genéticas que tornarão possível essa heterose?
Resposta: Holandês (Taurus) e Gir (Indicus).
Agora eu volto no contexto raça Gir e duas vertentes, e entro em um assunto que pode não agradar a muitos, mas que é um fato a realidade do Gir Leiteiro como uma raça impura e fortemente influenciada pelos Bos Taurus.
Não seria este um sério problema quando se almeja chegar a uma heterose forte no produto F1?
Disso ninguém deve discordar.
Mas o mercado tem discordado. E por quê?
Não seria mais convincente dizer que o mercado escolhe o que é melhor?
Não. Primeiramente os estudos despendidos até hoje se basearam em uma única linha de avaliação e está atrelada a interesses particulares e totalmente desvinculada ao propósito de raça. Esta linha de avaliação está concentrada em sumários que avaliam nada além de leite, não temos sequer uma avaliação morfológica que influencia diretamente nas qualidades de um animal sob o caráter produtivo, exemplo:
Não se estuda aprumos (um touro ou uma matriz precisam ter bons aprumos para ter uma vida saudável e boa mobilidade), umbigo (um animal “umbigudo” tem sérios problemas ao caminhar no pasto), e mesmo o critério caracterização racial (que permite a raça ser enquadrada como tal, ou seja, com a falta dessa exigência passamos a ter animais totalmente heterogêneos qualificados como de uma mesma raça).
E eu nem vou me aprofundar muito na parte dos controles oficiais de pesagem de leite, que hoje “provam” reses “Gir” com produção acima de 15.000kg/305 dias. Imagine que a média seria 49.189kg/dia! Nem Holandês puro produz tanto, imagine como seriam os picos de lactação... de qualquer forma pouca gente acredita nisso e se apurarmos veremos que existe muita “picaretagem”... mas como disse não irei a fundo.
A ABCGil é uma entidade extremamente competente, que dá apoio aos criatórios associados e que defende uma vertente de forma extensiva, criteriosa, onde só algumas “linhagens” são valorizadas e estudas.
O Gir puro não tem nenhum apoio e não foi estudado por nenhuma entidade atrelada aos seus interesses particulares até a chegada da GirGoiás que hoje está na 4º bateria de seu teste de progênie para leite em associação com a Embrapa.
Tenho certeza que este trabalho ainda será reconhecido, mas falta termos uma entidade realmente forte e representativa.
Existe a Assogir, já ouviu falar?
Aqui no blog talvez recentemente você tenha lido este nome nas nossas postagens recentes, mas nada além.
E neste momento tão estratégico e tão importante pra o Gir, estamos sós sem nenhum amparo de fomento, mas com plantéis potenciais para fornecer genética que realmente irá fortalecer a raça.
Este problema pode ser resolvido com um ato de nobreza dos atuais gestores da Assogir em ceder lugar pra quem realmente quer trabalhar, lá hoje temos cargos ociosos e sem nenhuma função.
Faço um desafio a quem souber de uma única conquista desta gestão que está há nada menos que 12 anos falindo e desmoralizando a raça.
Portanto finalizo por aqui, fazendo este desabafo de criador de Gir Puro de Origem “ao pé da letra”, que lamenta ver verdadeira raça perdendo lugar a cada dia que passa, para uma derivação que nem preenche os requisitos do próprio padrão.
Analise seu gado, ele é puro?
Hoje é comum vermos animais sendo chamados de Gir, mas com cores exóticas, chanfro retilínio, chifres altos, não alinhados com os olhos (alinhamento sagrado) e para cima, e até cheiro e couro característicos de taurinos.
Onde vamos chegar?
Esta pergunta eu infelizmente não sei responder, mas posso lhe dizer que é possível alinhar produtividade e qualidade racial.
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Raça pela qual dedicou anos de trabalho e amor, que a fez ser hoje sem dúvida uma das mais importantes da pecuária brasileira.
Esta raça é o Gir.
Pronto, cheguei onde queria. Temos a raça. Mas ela hoje se confunde em duas vertentes; o Gir propriamente dito e o “Gir Leiteiro”.
Por que isto?
Não conheço muitas pessoas que selecionam para outra função, mas devo frisar que o Gir propriamente dito acabou ganhando nomenclatura de vertente e alguns chamam de Dupla-Aptidão ou mesmo Padrão. Padrão é um bom nome, soa bem, mas dupla-aptidão foi um equivoco de alguns criadores do passado que ditaram os rumos na época.
Pra mim existe Gir, ou é ou não.
Esta divisão levou alguns criadores a selecionar apenas leite e outros além de leite, qualidade e pureza racial.
Mas é interessante frisar que a raça hoje no contexto geral do mercado vale menos do que produtividade, seja ela real ou não, mas isso não cabe a mim neste momento analisar.
Mas, do que adianta produtividade sem raça?
Adianta muito pra quem é apenas produtor e não selecionador. O produtor visa única e exclusivamente produzir mais, agora entro no mérito e questiono: o Gir Leiteiro é mais produtivo que o Girolando?
Acho que não, então pra um produtor de leite (não selecionador), é mais válido criar um gado híbrido que produzirá mais e mais barato.
E quais serão as fontes genéticas que tornarão possível essa heterose?
Resposta: Holandês (Taurus) e Gir (Indicus).
Agora eu volto no contexto raça Gir e duas vertentes, e entro em um assunto que pode não agradar a muitos, mas que é um fato a realidade do Gir Leiteiro como uma raça impura e fortemente influenciada pelos Bos Taurus.
Não seria este um sério problema quando se almeja chegar a uma heterose forte no produto F1?
Disso ninguém deve discordar.
Mas o mercado tem discordado. E por quê?
Não seria mais convincente dizer que o mercado escolhe o que é melhor?
Não. Primeiramente os estudos despendidos até hoje se basearam em uma única linha de avaliação e está atrelada a interesses particulares e totalmente desvinculada ao propósito de raça. Esta linha de avaliação está concentrada em sumários que avaliam nada além de leite, não temos sequer uma avaliação morfológica que influencia diretamente nas qualidades de um animal sob o caráter produtivo, exemplo:
Não se estuda aprumos (um touro ou uma matriz precisam ter bons aprumos para ter uma vida saudável e boa mobilidade), umbigo (um animal “umbigudo” tem sérios problemas ao caminhar no pasto), e mesmo o critério caracterização racial (que permite a raça ser enquadrada como tal, ou seja, com a falta dessa exigência passamos a ter animais totalmente heterogêneos qualificados como de uma mesma raça).
E eu nem vou me aprofundar muito na parte dos controles oficiais de pesagem de leite, que hoje “provam” reses “Gir” com produção acima de 15.000kg/305 dias. Imagine que a média seria 49.189kg/dia! Nem Holandês puro produz tanto, imagine como seriam os picos de lactação... de qualquer forma pouca gente acredita nisso e se apurarmos veremos que existe muita “picaretagem”... mas como disse não irei a fundo.
A ABCGil é uma entidade extremamente competente, que dá apoio aos criatórios associados e que defende uma vertente de forma extensiva, criteriosa, onde só algumas “linhagens” são valorizadas e estudas.
O Gir puro não tem nenhum apoio e não foi estudado por nenhuma entidade atrelada aos seus interesses particulares até a chegada da GirGoiás que hoje está na 4º bateria de seu teste de progênie para leite em associação com a Embrapa.
Tenho certeza que este trabalho ainda será reconhecido, mas falta termos uma entidade realmente forte e representativa.
Existe a Assogir, já ouviu falar?
Aqui no blog talvez recentemente você tenha lido este nome nas nossas postagens recentes, mas nada além.
E neste momento tão estratégico e tão importante pra o Gir, estamos sós sem nenhum amparo de fomento, mas com plantéis potenciais para fornecer genética que realmente irá fortalecer a raça.
Este problema pode ser resolvido com um ato de nobreza dos atuais gestores da Assogir em ceder lugar pra quem realmente quer trabalhar, lá hoje temos cargos ociosos e sem nenhuma função.
Faço um desafio a quem souber de uma única conquista desta gestão que está há nada menos que 12 anos falindo e desmoralizando a raça.
Portanto finalizo por aqui, fazendo este desabafo de criador de Gir Puro de Origem “ao pé da letra”, que lamenta ver verdadeira raça perdendo lugar a cada dia que passa, para uma derivação que nem preenche os requisitos do próprio padrão.
Analise seu gado, ele é puro?
Hoje é comum vermos animais sendo chamados de Gir, mas com cores exóticas, chanfro retilínio, chifres altos, não alinhados com os olhos (alinhamento sagrado) e para cima, e até cheiro e couro característicos de taurinos.
Onde vamos chegar?
Esta pergunta eu infelizmente não sei responder, mas posso lhe dizer que é possível alinhar produtividade e qualidade racial.
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Rodrigo Simões
FAZENDA LAPA VERMELHA
14 comentários:
Boa Tarde Rodrigo
Excelente analise dessa questao envolvendo o GIR e o GIR LEITEIRO, se formos analisarmos ate pouco tempo atras lhe diria que o gir leiterio era simplesmente um cruzamento pois esses exemplares nao demostravam caractreiscas do gir puro agora ja consigo ver o gir puro dando excelentes exemplares de produçao de leite com a recente compra do "BI" a MADEIRA DA VITRINE um belo exeplar da raça gir e tambem uma promessa do seu criatorio a MISS DA LAPA VERMELHA.
Parabéns pelo texto.
Sandro Silveira
Rodrigo, parabéns, você soube tratar com objetividade e clareza o conteudo. Concordo plenamente com você.
Excelente Texto!
Guilherme Ricaldoni - Chácara Beira rio.
Muito bom texto. Estranhei no início o fato de estar em primeira pessoa, mas depois que percebi a mensagem vi que isso fazia sentido, pois se tratava de um apelo. E este apelo atinge bem seu propósito, fazendo refletir qualquer leitor que goste realmente do verdadeiro gir. Como se não bastasse o texto em si, o Rodrigo ainda colocou aquela belíssima foto para ilustrar a matéria, assim, além de concordar com o autor, os amantes do gir autêntico vão torcer o nariz para qualquer opinião discordante! Heheheheh
PS: Isso que foi mencionado pelo leitor Sandro Silveira sempre foi do conhecimento de quem conhece um mínimo do gir padrão. O rebanhos puros nunca precisaram abrir mão da raça para produzir vacas leiteiras. Pode ter certeza caro Sandro que há várias outras "Madeiras" e "Misses" por aí sem que os criadores fora dos círculos do gir padrão saibam. Aí é onde entra a importância de uma associação forte, pois é essa a ferramenta indispensável para fazer essa divulgação. A ABCGIL vem fazendo. O crescimento do gir leiteiro se deve muito ao trabalho de sua entidade, claro. Porém, ele também se deve à atuação precária da entidade que em tese deveria defender a bandeira do gir padrão. Aqui neste Blog e na comunidade Gir Padrão no Orkut fazemos o que está ao nosso alcance para mudar essa realidade. Por isso, ficamos felizes quando lemos uma opinião como a sua. Agora que o senhor "despertou" para o potencial do verdadeiro gir, esperamos também que contribua para que outros pecuaristas também descubram a verdade sobre a raça.
Rodrigo boa noite , olha acabei de ler seu texto hj ás 24 hrs do dia 12-11-2008 . Quero registrar que minha familia atraves de meu pai Adao Motta e com minha continuação ja temos mais de 60anos de gir . Ja li e reli muito sobre esta questao de termos raça e nao termos o valor merecido , sendo que bem pouco tempo atras , uma girolanda valendo mais do que uma gir PO e linda . Este seu texto foi o que mais obteve transparencia e inteligencia para analisar a situação do criador de gir Puro . Foi muito feliz em td que disse !!! Parabens
Colegas Giristas, bom dia.
Nosso querido Rodrigo é um jovem Girista, porém, sua ligação sentimental com nossa nobre raça é tão intensa quanto era a dos pioneiros.
Possui também vastos conhecimentos a respeito dos assuntos mais controversos e agudos que a raça desperta, do que resultam seus lúcidos e oportunos artigos.
É um digno representante e continuador das seleçãos dos Srs. Geraldo Simões, infelizmente falecido, e José Lúcio Rezende, na ativa. Ambos seus avós e giristas de escol.
Por isso, quando vejo junto ao Rodrigo os frequentadores do Blog, em sua maioria jovens, atuantes e entusiasmados Giristas, fico com a certeza que um próximo e grande futuro aguarda nosa raça.
Em relação ao Gir Leiteiro, o Rodrigo disse o que deve ser dito e ainda colocou alguns pontos importantes para reflexão.
Para mudar penso que o primeiro passo é encontrar uma maneira de tornar a ASSOGIR uma entidade com atuação dinâmica e em prol da raça. Não fazendo trocadilho, nós temos a raça e êles a associação.
Também seria de muita serventia que os coordenadores do movimento de renovação na ASSOGIR procurassem a Diretoria da ABCZ para angariar subsídios e apoio para a causa. Isto é legítimo e necessário ao bom associativismo.
Depois de instalada a nova Diretoria, fomentar as atividades necessárias para confirmar as qualidades do GIR. Assim de pronto, poderíamos pensar em um estudo comparativo - produção, rusticidade, longevidade, ganho de peso, etc. - com as crias resultantes do cruzamento entre o Bos Taurus e Gir e Bos Taurus e Gir Leiteiro.
Devemos ainda perseverar na propagação das qualidades do Gir, raça é a primeira delas, e esquecer o que faz o pessoal do Gir Leiteiro. Afinal, é direito de cada um fazer o que achar melhor, e mais, não devemos ficar apotando os defeitos dos animais que são os mais parecidos com Gir.
Boa sorte a todos.
Alzeir Campanati Antunes
Amigos,
Agradeço a todos pelas gentis referencias.
Mas este "desabafo" é uma maneira que encontrei de externar o que na verdade todos nós sentimos ao refletir sobre a realidade do Gir no contexto nacional.
Acredito que iremos reverter esse cenário. Mas provavelmente esse processo irá exigir de nós muito empenho e união.
Tenho certeza que a raça sairá vitoriosa no final.
Abraços a todos,
Rodrigo
Rodrigo, recentemente através do rosimar tive acesso ao seu blog que sem dúvida é um sucesso, assim como o dele, admiro seu trabalho em favor da raça gir, e não tenho dúvidas que vc e toda a equipe que te acompanha somente querem o bem e o fortalecimento da raça, concordo , apesar de ser um dos vices-presidentes da assogir que há necessidade de renovação na entidade, tanto assim que votei favoravelmente pela aceitação do grande girista Zé Neto Sab no quadro de associados. Acho que a assembleia marcada e confirmada para o dia 16.11.2008, pode e deverá ser um momento único e especial para que toda a classe de giristas , especialmente aqueles que criam o denominado DUPLA APTIDÃO ou PADRÃO como queiram possam aparar arestas , e sair vitoriosa a classe , aí sim , poderemos fazer frente ao trabalho desenvolvido pela ABCGIL , mas caminhando ao lado dela , e talves até copilando o trabalho deles que sem dúvida é um sucesso, mas espero, que todo esse grupo novo a entrar na NOVA ASSOGIR , possa refletir , e sem mágoa , ou revanchismo , entenda o que ocorreu na associação , não somente nos últimos 12 anos, mas ao longo de 20 anos, passando pelas administrações inclusive do falecido grande girista Vicentinho Araújo. Espero vcs no domingo dia 16.11.2008, pela manhã, de coração aberto, servindo inclusive como interlocutor de vossos anseios , e advogando pela razão ao lado da renovação que o momento exige. Um abraço e até lá. Waldyr Barbosa. Fazenda Bocaina - Guará SP.
RODRIGO PARABÉNS PELO SEU TEXTO , CONCORDO EXATAMENTE EM TUDO , FICO PREOCUPADO ÁS VEZES COM O CAMINHO QUE O GIR ESTÁ TOMANDO SOBRETUDO O DITO "LEITEIRO"...MAS CONFIO NOS AMIGOS GIRISTAS QUE CRIAM REALMENTE A RAÇA GIR E QUE APESAR DAS DIFICULDADES IMPOSTAS TENHO CERTEZA QUE NÃO DEIXARÃO SE INFLUENCIAR POR UM MERCADO QUE NÃO VAI DURAR PARA SEMPRE ...GOSTARIA DE COMPARTILHAR DOIS FATOS , O PRIMEIRO SOBRE UMA NOVILHA QUE TENHO QUE NAO FOI REGISTRADA SEGUNDO O TÉCNICO POR SER MUITO DESPIGMENTADA ..NÃO CABE A MIM DISCUTIR SOBRE O TÉCNICO EM SI QUE CONSIDERO E RESPEITO O TRABALHO , MAS ME PERGUNTO ...UM ANIMAL E DESCLASSIFICADO POR ISSO TENDO UMA EXCELENTE FAMILIA E SENDO EXTREMAMENTE CARACTERIZADO ...E AS VEZES EU VEJO FEMEAS DITO "LEITEIRAS" QUE SÃO TOTALMENTE COMUNS E SEM NENHUMA CARACTERISTICA SENDO REGISTRADA ...OUTRO FATO E SOBRE OS FAMOSOS TESTES QUE ELEGEM TOUROS MELHORADORES NO LEITE..ANTES EU LIA QUE TAL TOURO TINHA TANTAS FILHAS COM TAL PRODUÇÃO ...E DAI NOTEI QUE NAO VINHA ACOMPANHADO O NOME DOS CRIATORIOS ONDE TINHA ESSAS FILHAS...RECENTEMENTE UM AMIGO MEU QUE CRIA GIROLANDO RECEBEU ALGUMAS DOSES DE SEMEN GRATUITAMENTE PARA USAR EM SEUS ANIMAIS COM A CONDIÇÃO DE MANTER AS FILHAS NASCIDAS PARA POSTERIOR AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO...SO QUE EU ME PERGUNTO ...O QUE ADIANTA UM TESTE ASSIM EM ANIMAIS QUE NAO SAO DA RAÇA GIR? EU ACHAVA QUE OS TOUROS DEVERIAM SER TESTADOS APENAS COM FEMEAS GIR E OS RESULTADOS FOSSEM MAIS CLAROS A RESPEITO ...TALVEZ SEJA POR FALTA DE CONHECIMENTO SE ALGUEM SABE ALGO SOBRE COMO ESSES TESTES SAO FEITOS ESCLAREÇA POR FAVOR ...OUTRO FATOR QUE ACHEI ATE ENGRAÇADO É EM RELAÇÃO A FOTO DOS TOUROS , NESSES CATÁLOGOS ELES JA NÃO SÃO LÁ ESSAS COISAS , MAS VI UMAS FOTOS AO VIVO E LEVEI UM SUSTO...AQUILO E GIR ? HA SE NAO FOSSE UM BOM PHOTOSHOP VIU ...É MELHOR PARAR POR AQUI PQ ESSE ASSUNTO RENDE DEMAIS HEHE UM ABRAÇO A TODOS
Rodrigo,
Parabéns.
Esta analise e a mais inteligente, sincera, verdadeira que já vi.
É também,como disse, um desabafo de todos os giristas que tem amor e preocupação com o futuro da raça.
Teem a raça em primeiro lugar e o dinheiro como fruto de um trabalho feito com amor.
Concordo com tudo que disse e assino em baixo.
Um forte abraço
Gilmar Cordeiro.
Prezado Faher20,
Você não é o primeiro a levantar a questão da utilização de vacas de outra raça nos testes de progênie dos touros gir. Não sei vc possui um perfil do Orkut, caso tenha ingresse na comunidade Gir Padrão e procure o tópico Teste de Progênie - umas dúvidas para os técnicos. Lá vc verá que o mesmo questionamento feito por vc aqui já havia sido feito por mim em 08 de setembro e até a data de hj não foi respondido.
Obrigado ao Gilmar, ao Alberto, ao Alzeir, e aos demais pelas tocantes palavras de referencia ao meu texto, fico lisongeado.
Agradeço tb o Waldir por toda essa sensibilidade de entender a importancia do momento que a Assogir vive hoje.
Parabens ao Faher por expor um tema importantissimo e que deve ser discutido a fundo por nós, que é esta lacuna nos testes de progenie.
Enfim, a cada dia que passa eu tenho mais prazer em manter esse vinculo comunicativo com voces, espero continuar podendo contar com todos.
Um forte abraço.
Para saber se é puro simplesmente faça o DNA mitocondrial nas vacas. Muitos rebanhos padrão, com animais extremamente caracterizados mostraram possuir DNA mitocondrial taurus. Animais POI também. Creio que é importante preocupar com o padrão racial, mas nunca relegar a segundo plano a produtividade, quer seja leite ou carne. Pergunto? Quem hoje tem balança na fazenda para fazer ponderal?. Creio no Gir para produção de leite a pasto, com lactações de 2.100 a 5.000 kg. Esse deve ser o propósito de todos e identificar em seus rebanhos esses animais através de pesagem do leite. O resto é conversa e filosofia. Temos de transformar dados em informações úteis.
Ivan,
Há alguns anos fizemos o DNA mitocondrial do nosso gado.
Realmente algumas poucas matrizes deram taurus, todos sabem que houve influencia na raça, mas acredito que esse exame não é eficiente, desde que a informação da femea (mãe) sempre prevalecerá, só serve pra sabermos que houve influencia de taurus no gado, seja no Brasil ou na India.
Mas hoje já existe um exame que determina a real porcentagem taurus x indicus dos animais, o laboratorio Genealogica desenvolveu se não me engano.
Irei saber mais sobre isso e depois informo aqui no blog;
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