Com diversos trabalhos de pesquisa realizados junto a pequenos produtores de leite de países da África, o pesquisador da University of New England, John P. Gibson, falou na manhã desta quinta-feira (18/08) durante o 8º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas, em Uberaba/MG, sobre o impacto do melhoramento genético bovino na pecuária leiteira de países em desenvolvimento.
Para Gibson, a pecuária é a maneira mais fácil de tirar as pessoas da pobreza. No entanto, ele ressalta que se não houver interação entre genética, meio ambiente e acesso ao mercado, a atividade não gera retorno ao produtor rural, especialmente aos pequenos criadores de países em desenvolvimento. Gibson comentou que o melhoramento genético nos países em desenvolvimento é uma réplica do que foi feito nos países desenvolvidos, como na Europa, onde a seleção das raças teve início ainda no século 19. A diferença é que, atualmente, o melhoramento genético acontece com maior velocidade, o que não permite aos geneticistas a possibilidade de corrigir erros.
Segundo ele, na maioria dos sistemas de produção de pequenos produtores de leite, a grande oportunidade para o melhoramento genético está na introdução de cruzamentos mais adequados ou na utilização de uma raça leiteira adaptada ao ambiente. "Devido a sua história no desenvolvimento genético e reprodutivo de animais leiteiros adaptados ao clima tropical, o Brasil está bem posicionado para ajudar a outros países a melhorar seus sistemas produtivos, através de formas adequadas de melhoramento genético", declarou o pesquisador.
Reportagem: Laura Pimenta (ABCZ)
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