Aqui a raça é pura, sem mistura...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Aos Guardiões do Gir Leiteiro

Comunicado da Assogir:

Após ter conhecimento, através da mídia, sobre o protesto disseminado pela internet em torno da vaca campeão e recordista do torneio leiteiro de Goiás, a diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Gir se manifestou a respeito do assunto:

"Vimos sugerir que o(s) autor(es) deste e-mail se apresentem à Assogir e assumam autoria pelo acontecido, para que nós possamos tomar alguma atitude. Nossa posição sempre foi de resguardar o padrão racial da raça Gir e estamos em constante contato com a ABCZ sempre trabalhando para que se tenha mais rigor nos registros da raça. Ações anônimas tiram sua legitimidade e diminuem sua importância. Recebemos contatos de apoio a esta causa desde que haja um responsável pelo ato. Não há porque temer, uma boa alternativa seria circular um abaixo assinado com assinaturas de criadores de Gir que sejam também sócios da ABCZ."

"Guardiões do Gir Leiteiro"

Prezados Giristas,

Hoje, pela manhã, ao abrir minha caixa de e-mails me deparei com uma mensagem que me chamou a atenção; trata-se de um e-mail com o seguinte texto e imagem anexa:

"Amigos criadores e admiradores do Gir Leiteiro,

Durante a Expozebu deste ano foi criado o grupo "Guardiões do Gir Leiteiro". É um grupo informal, com representantes em quase todos os Estados e abertos a novos representantes, formado por criadores, tecnicos, pesquisadores, estudantes e amantes do gir leiteiro, preocupados em resguardar os interesses da raça gir leiteiro no Brasil.

Agiremos de forma discreta, secreta e sem vinculo com nenhuma organização existente no país. Nosso objetivo principal é denunciar as irregularidades gritantes que podem prejudicar a raça hoje, ou no futuro, como as lactações absurdas e fraudulentes, os registros fora do padrão da ABCZ e ABCGIL e as manipulações de vendas em leilões.

Temos uma série de denuncias para fazer, mas nossa primeira ação vem do torneio leiteiro da cidade de Goiânia, onde a vaca que quebrou o record de produção Fêmea Jovem em torneio leiteiro, descaradamente não é gir e solicitamos as associações responsáveis pela raça (ABCGIL E ABCZ) que tomem as providências imediadas.

Abcgil: que não reconheça esse torneio.
ABCZ: que julque imediadamente o caso e reavalie o registro do animal. Estamos de olho.

Guardiões do Gir LeiteiroUberaba - 31/05/2010"



Não sou a favor de protestos feitos por autores não-identificados, ou seja, de autoria anônima; por diversas vezes fiz através de blog, inúmeras críticas a animais e/ou criadores por motivos variados, sem é claro faltar respeito com as pessoas.

Apesar disso, não há dúvidas que se trata de um protesto que procede, pois este animal choca quanto a sua ausência total de caracterização racial. Não considero este animal como um exemplar da raça Gir, é realmente um absurdo seu registro ter sido emitido pela ABCZ, e é ela quem deve responder por isso.

Já a ABCGil nada pode fazer, já que quem responde por isto é a entidade mor do registro, acho que não reconhecer a legitimidade deste torneio leiteiro não seria apenas anti-ético, como ilegal.

Fica então sob a responsabilidade dos compententes Luis A. Josahkian e Carlos Henrique, da superintendência técnica da ABCZ levar este assunto ao corpo técnico da entidade para as providências cabíveis.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Comentário sobre o "Animal em Destaque: C.A. Paladino"

O C. A. Paladino, definitivamente, tem fenótipo de “Gir Padrão”, ou seja, como você já relacionou, possui várias características que se enquadram perfeitamente no padrão racial do Gir.

Se a vaca enxertou o touro? O que ocorreu, foi um acerto de acasalamento, voluntária ou involuntariamente. Nesse caso, o “filho” recebeu um maior número de características fenotípicas da mãe e ou da sua família. Mas, não podemos esquecer que em seu genótipo, o touro carrega características oriundas do pai e demais ascendentes. Ou seja, ao se reproduzir, pode transmitir (e transmite) características dos dois “lados”, produzindo resultados heterogêneos.

Seria um dos vários casos em que “o sangue da vaca domina o do touro”, contrariando o índice de 70% da participação do touro (índice científico?). Só vacas “padrão” têm a capacidade de inverter essa proporção de participação nos acasalamentos? Ou seria a capacidade de transmissão, por parte de cada indivíduo, das próprias características?

O Euclides perguntou em seu comentário, qual dos dois irmãos seria o melhor. Antes de dar a minha opinião, gostaria de incluir nessa comparação, um terceiro irmão paterno: Nobre da Cal, com 80 filhas, em 31 fazendas, figurando em 11º lugar com 616,0 PTAL e mãe com caracterização racial muito próxima da Caculi 672 Nippur. Respondendo, em duas etapas:

Primeiro:

Para uso em acasalamentos dirigidos (com critério, buscando melhorar as características mais “fracas” da fêmea), considero que os três têm a mesma importância.

Segundo:

Para uso indiscriminado, com a opção de usar apenas um, usaria o Sansão.

Explicando:
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Por apresentar uma boa caracterização racial (fenótipo), o touro C.A. Paladino foi e é utilizado como alternativa de “melhorar ou manter” o padrão racial nos rebanhos tanto de “Gir Leiteiro” quanto de “Gir Padrão”, produzindo, em média, filhos(as) com garupas muito caídas, costelas pouco arqueadas, orelhas medianas, umbigos medianos, bons úberes e produção leiteira mediana/boa, entre outras características, positivas e negativas.


O Nobre da Cal, também com boa caracterização racial (fenótipo), foi, com certeza, o touro mais utilizado por criadores de “Gir Padrão”, até o momento. Produziu, em média (incluindo os acasalamentos com vacas “ Gir Padrão e Gir Leiteiro”) filhos(as) com boas garupas, costelas longas e bem arqueadas, orelhas extremamente grandes, umbigos longos, bons úberes e produção leiteira muito boa.

C. A. Sansão ainda com pouca aceitação no meio do “Gir Padrão”, produz, em média, filhos(as) com boas garupas, costelas extremamente longas e arqueadas, orelhas medianas, umbigos medianos, úberes ruins e excelente produção leiteira.

O detalhe:

Na média, o padrão racial da progênie de Paladino é igual ou ligeiramente melhor que o da progênie de Sansão. Alguns (do Gir Padrão) vão dizer que isso é um absurdo, ou seja, o mesmo que disseram, no passado, em relação ao próprio Paladino, entre outros.

Os touros Benfeitor Raposo da Cal, Rocar Orvalho Zonado, Parintins, Vaidoso da Silvânia, Radar dos Poções (citando apenas alguns – com sêmen disponível), têm, na minha modesta opinião, a capacidade de transmitir, em média, a mesma caracterização racial que C. A. Paladino, sendo a maioria, melhor opção para produção de leite.

Conclusão:

Quando há acerto no acasalamento (voluntária ou involuntariamente) qualquer um desses touros é capaz de produzir animais com bom padrão racial, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Manual da ABCZ e que apresentem um excelente equilíbrio entre o tipo e a produção .

Estamos defendendo: equilíbrio, critério nos acasalamentos e respeito as qualidades que cada animal pode ter (e têm), respeitando, ainda, seus proprietários.

Abraços,

Ramilton Javiktson da Silva Rosa
Estância Prisma – Edealina - GO

Animal em Destaque: Kalini ENA

Kalini ENA
Guaraba EVA x Normalista ENA (Merú ENA X Nairana ENA)

Foto enviada pelo grande amigo Freddy Magalhães, de Goiás. Segundo o mesmo "essa novilha tem tido uma evolução fora do normal, a cada dia que passa fica melhor, uma matriz completa e com pedigree leiteiro, uma novilha diferenciada da linhagem EVA, ela tem destaque especial na minha seleção".

Animal de cria do criterioso selecionador Prof. Edmardo Naves, marca ENA (Uberlândia/MG). Parabéns ao criador e proprietário pelo belo exemplar da raça Gir.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Análise do mercado Gir

Depois de ver a postagem sobre o touro C. A. Paladino, feita pelo amigo Rodirgo Simões, comecei a refletir sobre alguns aspectos do mercado atual do gir. Como se sabe, o touro em questão, apesar de ser oriundo de um criatório pilar do "gir leiteiro", é filho de vaca "gir padrão".

Atualmente, o acasalamento entre leiteiro e padrão em um grande criatório de gir leiteiro não é praticado de maneira alguma, pois os criadores de gir leiteiro definem os acasalamentos de seus rebanhos exclusivamente com base nos resultados dos testes de progênie. Naturalmente, de acordo com os princípios defendidos pelos criadores de gir leiteiros, faz sentido a não utilização de touros não provados. Por outro lado, não parece nada sensato que os rebanhos leiteiros se fechem para matrizes padrão comprovadamente leiteiras. No caso dos touros, a aptidão leiteira leva vários anos para ser comprovada cientificamente, mas para uma matriz basta o controle de uma lactação. Assim, qual seria o fundamento lógico para que várias matrizes de 8, 9 ou 10 mil kg de leite da Cal, C.A. ou Brasília sejam vendidas a 300 ou 400 mil reais enquanto uma ou outra vaca ZS, Bi ou Bey com a mesma produção não atinja sequer 100 mil? Sem falar que no geral a média de preço do gir padrão deve estar entre 10 e 20% do leiteiro. Ora, se o fator determinante é a produtividade, vacas de lactação semelhante deveriam ter mais ou menos o mesmo valor. Isso é mais do que óbvio. No entanto, a realidade é outra.

O fato notório é que no mercado, principalmente nos leilões, somente os animais descendentes dos tradicionais criatórios de gir leiteiro atingem os valores exorbitantes. A explicação para essa situação não pode ser obtida pelo conhecimento zootécnico, pois se trata de um quadro a que a ciência econômica dá o nome de monopólio ou, para ser mais preciso, oligopólio.

Ao que parece, os grandes investidores da raça gir estão tomados pela convicção de que somente tais criatórios produzem animais realmente leiteiros. Não irei aqui repetir as já conhecidas críticas ao marketing do gir leiteiro. Críticas à parte, seus criadores sabem vender seu produto com muita eficiência: mais do que nunca vemos que a propaganda é a alma do negócio.

Ciente disso, está mais do que evidente que a simples estratégia da crítica não contribui em absolutamente nada para a recuperação do gir padrão. Eis que se coloca para os criadores de gir padrão o grande dilema: de que maneira quebrar o oligopólio leiteiro? Sem dúvida, a melhor maneira de superar essa distorção mercadológica é atacando a falsa premissa que levou a sua consolidação, qual seja, a de que somente produzem leite os animais dos tradicionais criatórios de gir leiteiro. Por sua vez, a superação dessa ilusão só é possível com a demonstração de que também existe gir leiteiro nos plantéis gir padrão! Obviamente, aqueles que já lucraram e ainda lucram milhões com esse oligopólio todos os anos jamais terão interesse em seu fim. Dessa forma, somente a reação dos maiores prejudicados por tal oligopólio poderá lhe dar um fim.

De maneira alguma essa reação significaria o abandono do padrão racial do gir, pelo contrário, pois este deverá ser sempre considerado. No entanto, a aptidão leiteira não pode mais ser tratada como "obra do acaso", já que é hoje o fator crucial para o mercado. Uma vez comprovado e divulgado o potencial leiteiro do gir padrão, o fator racial seria o atrativo a mais para o mercado. Nesse exato momento, a caracterização, a rusticidade, o porte etc. levariam os adeptos do gir padrão à "virada" no mercado.

Por essa razão, é preciso deixar de lado os antigos preconceitos em relação à provas zootécnicas, pois somente a utilização dessa ferramenta poderá levar ao fim de aberração que existe no mercado atual do gir. E que essa distorção seja superada o quanto antes para o bem da raça que em breve sentirá os efeitos da consanguinidade imposta pelo oligopólio.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Assogir

A ASSOGIR - Associação Brasileira dos Criadores de Gir divulgou hoje, em seu website (http://www.assogir.com/) que a entidade recebeu as primeiras filiações de criadores internacionais, mais precisamente da Costa Rica.

Segundo o Presidente José Sab Neto: "Estas foram apenas as primeiras, está no planejamento da ASSOGIR trazer criadores internacionais, principalmente do continente Americano, nossa proposta é dar apoio técnico e acessoria junto a ABCZ e com isso abrir novos mercados para o Gir Brasileiro".

Além disso o presidente frisou que Mexicanos já estão finalizando novas filiações e vem negociando junto a criadores Venezuelanos parcerias ainda mais consistentes e ousadas, que em breve serão anunciadas.

Gir da Tropical: Comentários

Mensagem de Ramilton Javiktson:
Boa noite, Rodrigo!

Boa publicação, a respeito da produção de leite da vacas Gir da Tropical Genética. Fico feliz, duplamente. Primeiro, por ser amigo dos proprietários da Tropical Genética ( Milton Jr., Milton Neto, Joaquim Lima e Vicente Nogueira ), segundo, pela importante marca alcançada e, já superada, segundo informação do Milton Júnior (durante a Expo Zebu).

Isso é relevante!. Devemos reconhecer a competência de todos os envolvidos no processo de produção e, parabenizá-los.

Sou testemunha do empenho do Milton Júnior em produzir leite de vacas Gir. Há aproximadamente 07 anos, ele me dizia: Ramilton, precisamos tirar leite de Gir !. Como é que vamos oferecer Gir leiteiro aos nossos clientes (especialmente aos latino americanos) se não ordenhamos as nossas vacas ?. Naquela época ele (Milton) já produzia, aproximadamente 300 litros/leite/dia, ordenhando vacas Gir. A parceria com os competentes Joaquim e Vicente e, a consequente criação da Tropical Genética, proporcionou maior velocidade ao projeto de produzir muito leite, ordenhando vacas Gir.

Parabéns aos amigos Vicente, Joaquim, Milton Jr., Milton Neto e também ao Rodrigo.

Abraços,

Ramilton Javiktson da Silva Rosa

8º Sumário de Touros da Raça Gir (ABCZ/UNESP) 2010

APRESENTAÇÃO DO 8º SUMÁRIO DE TOUROS DAS RAÇAS GIR E GIR MOCHA - 2010
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Estamos apresentando o oitavo Sumário de touros das raças Gir e Gir Mocha realizado com as informações de produção e genealogia mantidas pelo banco de dados da ABCZ.
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As características analisadas foram a produção de leite acumulada até 305 dias, sem ajuste para duração da lactação, e a percentagem de gordura no leite. Neste conjunto, as médias foram de 2.870 kg, com desvio padrão de 1.300 kg, para produção de leite e de 4,42%, com desvio padrão de 0,64%, para percentagem de gordura. Foram consideradas 13.728 lactações pertencentes a 8.135 vacas das raças Gir e Gir Mocha, sendo que 4.885 lactações continham informação de percentagem de gordura no leite. No arquivo gerado, após as consistências, os animais estavam distribuídos em 149 fazendas.
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A matriz de parentesco utilizada nas análises incluiu 18.318 animais, após buscar até três gerações de ascendentes no arquivo de genealogia. Sempre com o intuito de aprimorar a qualidade da avaliação, também este ano, foram utilizados critérios rigorosos para incluir uma informação no conjunto de dados utilizado na análise.
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Foi utilizado o método de modelos mistos, aplicado a um modelo animal. O modelo contou com os efeitos aleatórios de animal (efeito genético direto e de ambiente permanente), além do efeito fixo de grupo contemporâneo e a idade da vaca ao parto como covariável (efeitos linear e quadrático). Os grupos contemporâneos foram definidos por: fazenda, ano e estação do parto. As estimativas de herdabilidade utilizadas para as análises foram de 0,24 e 0,21 para produção de leite e percentagem de gordura, respectivamente, com uma correlação genética de -0,14 entre as duas características.
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Os resultados para produção de leite (PTAL), que estão sendo publicados no Sumário 2009, são referentes a um total de 169 touros que apresentaram filhas distribuídas em, no mínimo, três fazendas e cujas avaliações têm confiabilidade de, no mínimo, 0,70, para a produção de leite. No caso da percentagem de gordura (PTAG), estão sendo apresentados os resultados dos touros que atenderam aos critérios acima, para produção de leite, e PTAG com um mínimo de 0,60 de confiabilidade.
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A PTA é a habilidade provável de transmissão do animal como pai, do inglês predicted transmiting ability e mede a metade do valor genético do animal. O termo PTA (ou DEP para diferença esperada na progênie), sugere uma comparação e serve, portanto, para classificar os animais. Para facilitar a interpretação dos resultados, podemos exemplificar usando o touro A, com PTA para leite de +150 kg e o touro B, com PTA para leite de +90 kg. A diferença entre os touros A e B é de 60 kg, o que significa que podemos esperar que a média das filhas do touro A seja 60 kg de leite superior à média das filhas do touro B, dado que todos os outros fatores sejam idênticos.
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A confiabilidade ou acurácia mede a associação entre o valor genético predito de um reprodutor e o valor genético verdadeiro. Seu valor varia de 0 a 1 (ou de 0 a 100%) e depende do número de informações (filhas) do touro, da distribuição dessas informações nos diferentes rebanhos, da magnitude do coeficiente de herdabilidade da característica. Ela fornece uma medida de risco e deve ser utilizada para definir a intensidade de utilização de um touro em um rebanho.
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Aproveitando a oportunidade voltamos a ressaltar que, com o intuito de aprimorar ainda mais a qualidade do banco de dados e, consequentemente, da avaliação genética dos animais das raças Gir e Gir Mocha, foi lançado no ano de 2005 o Programa Gir Leiteiro da ABCZ.
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Neste Programa busca-se incentivar o controle leiteiro amplo e não seletivo. Assim, os produtores participantes que estão controlando a primeira lactação de todas as suas matrizes estão recebendo a avaliação genética de todas as vacas ativas de seu rebanho, o que os auxilia no
processo de seleção e descarte de fêmeas. Este é um investimento da ABCZ que não implica em qualquer custo adicional para o produtor e que traz benefícios a todos.
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Equipe:
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Lucia Galvão de Albuquerque – UNESP - Jaboticabal
Lenira El Faro – APTA – Ribeirão Preto
Humberto Tonhati – UNESP - Jaboticabal
Carlos Henrique Cavallari Machado - ABCZ
Luiz Antonio Josahkian - ABCZ

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Animal em Destaque: C.A. Paladino

C.A. Paladino
C.A. Everest x Caçuli 672 Nippur
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E ai? É Padrão? A mãe enxertou o pai?
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Tem muito touro padrão perdendo em caracterização racial pra esse touro... Saída de chifres perfeitas, chifres chatos, olhos elípticos, ausencia de nimburi, orelhas encartuchadas, barbela recortada e harmoniosa, umbigo no lugar, cupim bem localizado e em forma de castanha, couro solto e sedoso.
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Sou fiel ao padrão e esse não sai, infelizente ele entortou o chifre esquerdo com uma pancada o que não aparece na foto... mas devemos reconhecer que é Gir sem necessidade de adjetivos.
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Touro provado nos sumários ABCZ e ABCGil e pai da recordista mundial em uma única pesagem em controle leiteiro oficial (+ de 52kg em um dia), Descrita de S. Humberto, de propriedade do amigo Bi, da Fazenda Café Velho.
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Touro já morreu, mas tem semen na ABS Pecplan.

Sumário Leite ABCZ/UNESP 2010

Já encontra-se disponível sumário ABCZ/UNESP de touros leiteiros da raça Gir do ano de 2010.
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Confira:
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* Este sumário é muito confiável devido o fato de serem utilizados para análise, dados de lactações unicamente oriundas do controle leiteiro oficial da ABCZ de matrizes Gir.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

PNMGG - Programa Nacional de Melhoramento Genético da Raça Gir

O programa objetiva o melhoramento genético da raça Gir e busca a ampliação do numero de touros testados:
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A Associação Goiana dos Criadores Gir (Girgoiás) abre a agenda de inscrições de touros para o Teste Progênie – 6ª Bateria. Este prazo se encerra no próximo dia 25, com a publicação da lista dos touros pré-classificados no dia 31 de maio.
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O Teste Progênie, executado pela Girgoias, Assogir e Embrapa Gado de leite, visa o melhoramento genético da raça em todo o Brasil, com prioridade para testar touros oriundos de linhagens alternativas e não testadas.
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Com esta nova bateria, a associação pretende continuar testando touros (nunca antes avaliados) de linhagens leiteiras. “Serão testados animais com famílias de sangue aberto”, explica o presidente da Girgoiás, Rosimar Silva, acrescentando que o teste ampliará sua meta de 10 para 15 touros.
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Para cumprir a meta de ampliar o número de touros provados, a Girgoiás desenvolve um projeto de obtenção de novas fazendas colaboradoras no Estado de Goiás. "Em pouco mais de sessenta dias realizamos reuniões com produtores de leite em vários municípios e conseguimos a adesão de mais de 50 fazendas colaboradoras”, informa Rosimar.
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Essas reuniões fazem parte de uma estratégia da Girgoiás para garantir o número suficiente de rebanhos que utilizam sêmen dos touros em teste. O projeto tem o apoio financeiro da Champion, empresa goiana de produtos veterinários, e técnico da Emater (GO), que utiliza os técnicos do interior para agendar as reuniões e mobilizar os criadores. A Emater, do governo estadual, também participa do programa de melhoramento da raça gir fazendo o acompanhamento zootécnico e a pesagem do leite das filhas do touros em teste.
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Rosimar Silva pede aos criadores interessados em inscrever touros no teste que fiquem atentos aos prazos. "Nosso esforço é para garantir a meta de iniciar a distribuição do sêmen da 6ª bateria no dia 10 de outubro de 2010”, finaliza.
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Fique atento para os prazos:
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13/05/2010 – Início do prazo de inscrição de touros para o teste;
25/05/2010 – Encerramento das inscrições de touros;
31/05/2010 – Publicação da lista dos touros pré-classificados;
1º/06/2010 – Início do prazo para entrada dos touros nas Centrais;
15/06/2010 – Encerramento do prazo para entrada dos touros nas Centrais;
1º/10/2010 – Data limite para entrega do sêmen pelas centrais à GirGoiás, em Goiânia
10/10/2010 – Início da distribuição do sêmen da 6ª bateria às fazendas colaboradoras.
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Mais informações pelo telefone da Girgoiás: 62-8415-3211, ou pelo e-mail: girgoiás.diretoria@gmail.com
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Confira os critérios para a inscrição:
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1. O criador interessado em colocar touro para teste deve estar rigorosamente em dia com a anuidade junto a Girgoiás e/ou Assogir. Será também cobrada uma taxa de inscrição de R$ 8.000,00 (oito mil reais) que será dividida em 08 (oito) parcelas, sendo a primeira após a confirmação da participação do touro e as demais nos meses subseqüentes. Caso o touro, por alguma razão, não produza sêmen suficiente o criador será ressarcido dos pagamentos até então efetuados.
2. O número de touros a ser testado por ano será definido em função do número de ventres disponíveis (em 2010 serão admitidos até 15 touros). Cada proprietário poderá inscrever mais de um touro, indicando sua ordem de preferência. Somente será aprovado mais de um touro por proprietário se houverem vagas disponíveis, atendendo ao princípio de privilegiar a ampla participação.
3. O reprodutor deve ser PO, portador de registro definitivo e ter até 40 meses até a data de sua inscrição. Havendo vagas disponíveis a Girgoiás/Assogir poderá aceitar animais de idade superior à especificada, reservando-se o direito de exigir do proprietário coleta e armazenamento de até 1000 doses de sêmen do touro em função de sua idade.
4. O reprodutor deve ser filho de vaca controlada oficialmente, com pelo menos 2.500 kg de leite em até 305 dias de lactação, duas ordenhas e ajustada para a idade adulta. Poderão ser admitidos até 20% (vinte por cento) de touros sem controle leiteiro de suas mães. Esta abertura se justifica no sentido de recuperar linhagens não testadas importantes para o melhoramento genético da raça Gir. Havendo vagas disponíveis a Girgoiás/Assogir poderá aceitar um número de animais acima do referido limite.
5. O reprodutor deve ser, preferencialmente, de linhagem distinta das já testadas ou em teste de progênie.
6. Em acordo com o princípio de estimular a ampliação da variabilidade genética, touros geneticamente distintos terão preferência em relação àqueles com parentesco próximo, evitando-se a tendência à consanguinidade.
7. A inscrição do touro deverá ser feita do dia 13 ao dia 25 de maio de 2010, com apresentação da cópia do registro genealógico definitivo, controle leiteiro da mãe e de outras fêmeas aparentadas do touro, se disponíveis, com cópia dos registros e certificados. Devem ser apresentadas também fotografias de qualidade profissional visando a edição dos folders de apresentação dos touros.
8. As diretorias da GirGoiás e Assogir apresentarão ao Conselho Gestor do Teste, no dia 26 de maio, uma sugestão de touros a serem testados, levando-se em conta os princípios do teste e as características raciais, morfológicas e funcionais dos touros inscritos. O Conselho Gestor definirá os touros participantes até o dia 30 de maio.
9. O reprodutor deve ser encaminhado à Central indicada pela Girgoiá/Assogir de 1º a 15 de julho de 2010, com transporte por conta do proprietário.
10. O touro a ser testado e seus genitores estarão sujeitos a teste de paternidade via exame de DNA.
11. Conforme orientação da Embrapa devem ser congeladas 410 (quatrocentas e dez) doses de sêmen codificado, do touro a ser testado, sendo 400 (quatrocentas) doses para o teste de progênie e as outras 10 (dez) para reserva técnica e estudos genéticos. O custo da produção deste sêmen é de responsabilidade do proprietário do touro.
12. O sêmen a ser distribuído deverá estar à disposição do Teste, em Goiânia, no máximo até o dia 1º de outubro, sob pena de exclusão do touro do teste.
13. O criador dono do touro a ser testado deve disponibilizar no mínimo 30 matrizes da raça Gir para serem inseminadas com touros inscritos no teste de progênie, do mesmo grupo do seu touro, de propriedade de outros criadores. Caso este número de matrizes exceda a 40% das fêmeas em idade reprodutiva, deverão ser disponibilizadas pelo menos 20 matrizes. Como o teste requer no mínimo 200 (duzentas) matrizes para se testar um touro, o criador deve colaborar na busca de plantéis colaboradores, de gado puro ou mestiço.
14. O criador que vender as fêmeas do teste de progênie, antes do final da 1ª lactação ou as matrizes inseminadas de um determinado grupo de touros em teste, ficará impedido de colocar touro para teste no grupo seguinte.
15. O criador deve assinar um termo de compromisso com o Programa, reconhecendo a validade destes itens. O criador que não cumprir com todos os itens mencionados neste termo de compromisso não poderá colocar touro em teste até que satisfaça totalmente as exigências deste termo.
16. O proprietário de touro participante do teste de progênie fica responsável pelo recolhimento à Girgoiás e Assogir de 5% (cinco por cento) sobre a venda de sêmen deste touro a qualquer tempo, seja esta venda por meio de centrais ou para particulares.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Gir da Tropical Genética

A ABCZ reconheceu, em seu último balanço, que a Tropical Genética em seu rebanho Gir, alcançou a produção total de 1.280 litros de leite, sendo que 71 vacas Gir foram ordenhadas, com média de 18,03 litros de leite vaca/dia.
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Segundo Milton Neto, um dos proprietários: "A vaca Gir se revela com mais rusticidade, diferente das raças taurinas, ..., além disso, a raça Gir se destaca na produção de sólidos)".
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NOTA DO BLOG:
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Acho de extrema importancia um rebanho de Gir que produz tanto leite, isto vem afirmar que a raça tem realmente um grande potencial pra produção, além disso as médias estão ótimas, acima de 18 kg/dia! E lá o equipamento de ordenha é mecanizado, mostrando boa adaptação a este sistema.
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Parabéns.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Gir Leiteiro Bey - parte 1

Gir Leiteiro Bey - parte 2




Hazan de Umbuzeiro

Segue abaixo um artigo sobre Hazan de Umbuzeiro, publicado na Revista Zebu em 1958. De autoria do engenheiro agrônomo e estudioso Hugo Prata (Fazenda Experimental de Criação "Getúlio Vargas") o qual conta que Hazan foi o primeiro touro Gir a ser provado para leite.
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Enviado pelo amigo e criador da linhagem Umbuzeiro, Lupércio.
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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Faleceu o girista Chicão

O Gir está de luto, morreu sábado dia 1º de maio, no início da ExpoZebu, Chicão, um dos mais antigos criadores de Gir ainda em atividade.
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Chicão era figura certa em todos os eventos da raça, e deixará muita saudade.
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Na foto acima, à esquerda e ao meu lado, entregava um prêmio durante a Exposição de Uberlândia (CAMARU), no ano passado.
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Valmor, seu filho e herdeiro continua firme no trabalho do pai.

ExpoZebu 2010: Comentários sobre o Gir

Acabo de retornar de Uberaba e lá muito observei, então compartilharei alguns pensamentos:
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Vertente Gir Leiteiro:
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LEILÕES
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Muitos leilões, alta valorização de animais e embriões, muitos investidores. Foi claro algo importante e animador: valorização de animais caracterizados. Em todos os leilões isto ficou claro. Além disso, começa uma abertura para indivíduos de sangue aberto, o que proporcionou uma boa média de preço para o leilão da organização Mamedi Mussi, que ofertou muitos animais de origem POI, da mesma maneira a Agropastoril dos Poções, de Arthur Souto vendeu bem em todos os leilões que ofertou, vale também para Estancia Jasdan, de Onofre e Fundão de José Ricardo Fiuza; o último vendeu uma novilha filha de Nogueira do Fundão, vaca extremamente caracterizada e produtiva por algo em torno de R$ 120.000,00.
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EXPOSIÇÃO:
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Não acompanhei os julgamentos, mas pude observar a quantidade de animais inscritos nos pavilhões. Felizmente vi muitos animais bons, dentro do padrão racial que é a "constituição da raça" e deve ser fielmente seguida. Por outro lado ainda há muita coisa totalmente fora, o que é ruim e deve ser totalmente descartada, alguns animais eram até de difícil avaliação, sinceramente não era possível avaliar a qual raça poderiam ser integrados, um garrote em especial parecia uma mistura de Sindi com Red Brahman, impressionante. Mas em um balanço geral acredito que houve uma significativa melhora, o que é louvável.
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TORNEIO LEITEIRO:
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Vi animais caracterizados e outros não, inclusive tinha vaca LA, que ao meu ver não deveria participar de nenhuma categoria de qualquer exposição regulamentada pela ABCZ. Inclusive acho que a associação deveria fechar o livro da raça.
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A matriz campeã, que produziu mais leite foi da Fazenda Brasília, vaca que não agrada na caracterização mas não se pode dizer que não é Gir, porém de úbere extraordinário e produziu média superior a 50kd/dia, com pico de 51,7kg se não estou enganado. Número digno de torneio leiteiro de raças européias, o que indica que o leite no Gir aumenta a cada ano.
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Do lado ruim vejo que este leite, não só desta matriz acima citada, é totalmente artificial, era facil notar como as vacas estavam ofegantes e como o rúmen trabalhava de forma absurdamente rápida. Induzir leite é natural, mas estão pegando muito pesado nos remédios. Acho que os torneios leiteiros precisam ser melhor elaborados, se é permitido utilizar hormônios deveria-se estudar uma maneira de regulamentar a competição para que todos os animais estejam sob as mesmas condições. É como um esporte onde os atletas precisam estar na mesma linha para uma avaliação justa.
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Vertente Gir "Dupla Aptidão":
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Não acredito nesta nomenclatura, acho que isto levará esta vertente à extinção. Tenho pena dos jurados na hora da pista. O que julgar? Caracterização, raça, leite, carne? Não sei, primeiro não há como julgar leite, eles não tem elementos para analisar tal aptidão, até existem animais provados na pista, mas os dados não são fornecidos ao jurado. Já a carne pode ser analisada, e acho que acaba sendo o que mais pesa no resultado, mas então por que não mudar o nome para Gir Aptidão Corte? Seria mais justo e mais fácil, atualmente a análise deste julgamento é subjeitiva e varia muito de jurado para jurado.
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Na minha opinião, o que mais reflete a vontade dos criadores é julgar Gir Padrão, e defendo a mudança para este nome. Então se julgaria em primeiro lugar carcterização racial: cabeça, orelhas, chifres, cupim, aprumos, barbela, umbigo, pelagem, etc. E alguns vão dizer: mas isto não é função. Não mesmo, isto é o que permitiu e ainda permite ao criadores de Leiteiro esquecerem de raça e melhorar apenas leite, isto é um banco genético que permitirá a existencia da raça Gir-PO, que é algo acima de toda e qualquer vertente. Pois não tenham dúvida que em algum momento estes animais terão função e muita; a função de resgate de tudo que se perdeu quando não se podia pensar em outra coisa a não ser produtividade.
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EXPOSIÇÃO:
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Poucos animais, menos ainda expositores. Excelentes matrizes, novilhas e touros, é uma pena que tão pouca gente esteja expondo apesar de tudo... parabéns ao Bi que mais uma fez faturou quase tudo. Méritos para o único criador que participa de forma profissional das pistas de Gir Dupla Aptidão.
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Fico por aqui, um abraço a todos!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Animal em destaque


Notável JOR, foi um dos pilares da seleção de Jorge Cordeiro. Filho de Lord 347,com mãe de linhagem Norte 65 J5.
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Possui vários filhos que se destacam na atualidade. Podemos mencionar:
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Brumano TE (Granja do Carlos) , Indiano JOR (Condomínio Jorge Cordeiro) , Faraó (Indaya).