Pois é, também tenho preocupação com os rumos que o mercado do Gir está tomando. Casos como o que está noticiado, infelizmente, ocorrerão outras vezes. Ao contrário da maioria, prefiriria que essa "explosão de preços" não acontecesse. Situação que favorece uma minoria de criadores, atrai aventureiros e prejudica a seleção da raça.
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Sempre defendi o equilíbrio, não que eu acredite na vaca que produza muito leite e muita carne simultaneamente. Ao contrário, nesse sentido a genética se aproxima da matemática, não é possível que uma vaca converta 60% do alimento que consume em leite e outros 60% em carne. Mas, sou da opinião de que os extremos devem ser evitados: animais com muita vocação leiteira e pouca caracterização racial e também animais "belos" racialmente, porém sem nehuma aptidão leiteira. Acretido que o chamado "mercado" cantado em verso e prosa com soberano, em médio prazo será abastecido por animais mais equilibrados.
Sempre defendi o equilíbrio, não que eu acredite na vaca que produza muito leite e muita carne simultaneamente. Ao contrário, nesse sentido a genética se aproxima da matemática, não é possível que uma vaca converta 60% do alimento que consume em leite e outros 60% em carne. Mas, sou da opinião de que os extremos devem ser evitados: animais com muita vocação leiteira e pouca caracterização racial e também animais "belos" racialmente, porém sem nehuma aptidão leiteira. Acretido que o chamado "mercado" cantado em verso e prosa com soberano, em médio prazo será abastecido por animais mais equilibrados.
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Não estou falando necessariamente dos animais "1/2", resultado do cruzamento de "gir padrão" com "gir leiteiro". Conheço vários animais oriundos de criatórios tidos como " gir leiteiro " que se enquadram perfeitamente neste perfil, mas sempre acreditei também na capacidade da fêmea "padrão" produzir leite, bem como apresentar outras funções econômicas desejáveis para a raça Gir.
Não estou falando necessariamente dos animais "1/2", resultado do cruzamento de "gir padrão" com "gir leiteiro". Conheço vários animais oriundos de criatórios tidos como " gir leiteiro " que se enquadram perfeitamente neste perfil, mas sempre acreditei também na capacidade da fêmea "padrão" produzir leite, bem como apresentar outras funções econômicas desejáveis para a raça Gir.
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Apesar da pouca experiência que tenho com o manejo leiteiro de fêmeas das duas vertentes, me permito dizer que a maior diferença que consegui identificar até o momento é o manejo ao qual foram submetidas historicamente. Ou seja, quando submetidas ao mesmo manejo, revelam a mesma capacidade de produzir, especialmente no "pico" de lacatação. Diante de tal constatação, destacaria a necessidade de darmos atenção especial a testes de progênie como o da Embrapa/Girgoiás/Assogir, bem como na avaliação das fêmeas "padrão" quanto as suas aptidões econômicas.
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Outra constatação a que cheguei, é que lactações acima de 12.000 KG em 365, à idade adulta, são dificílimas de serem alcançadas. Nesse caso, teríamos que recorrer à genética ou a outras ciências afins para explicar tais resultados, já que a matemática "fica apertada".
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Boas festas!
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Boas festas!
2 comentários:
Prezado Ramilton,
A pouca experiência que modestamente considera ter, não o impede de se posicionar de forma clara, correta e equilibrada sobre
os objetivos da raça Gir.
Parabens pela lógica do seu raciocínio,e que outros criadores
de Gir tbem. se manifestem.
Um abraço
Euclides/Estãncia do Gir
Faço minhas as palavras do nosso companheiro Euclides, parabéns Ramilton, sua explanação foi muito direta, sem equilibrio não faremos pecuária nos trópicos, principalmente quando se produz num país com tanta instabilidade no setor pecuário.
Boas festas à todos giristas e que em 2010 realizemos todos nossos progetos.
Abraços.
Zanatta.
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