Gir: dupla aptidão?
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Conhecemos a raça gir, como raça de duplo propósito. Muito bom, sensacional... Os filhos de qualquer touro da raça irá produzir fêmeas muito leiteiras e machos muito carnudos, são os super indivíduos; para completar isso tudo, sem comer ração, só no pasto, mais sensacional ainda.
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Conhecemos a raça gir, como raça de duplo propósito. Muito bom, sensacional... Os filhos de qualquer touro da raça irá produzir fêmeas muito leiteiras e machos muito carnudos, são os super indivíduos; para completar isso tudo, sem comer ração, só no pasto, mais sensacional ainda.
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Porque isso não ocorre na prática?
Porque isso não ocorre na prática?
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Pior, por que ambas as aptidões são questionadas, quanto à “produtividade comercial”?
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Quando falamos em carne, a primeira lembrança é da raça nelore, “... nunca vamos competir com o nelore..., quando falamos em leite o que vem é o girolando “...Por que não nos preocupamos com o girolando que é adaptado e produz muito mais...”.
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Seria redundância dizer aqui que o mundo mudou, que o sistema esta globalizado, etc, mas essa realidade precisa chegar até nós, ai fica fácil de entender esse fracasso do duplo propósito em um mesmo animal e nas propriedades produtivas que acham que conseguem lucrar com o leite (medíocre) e com a venda do bezerro guaxo.
Seria redundância dizer aqui que o mundo mudou, que o sistema esta globalizado, etc, mas essa realidade precisa chegar até nós, ai fica fácil de entender esse fracasso do duplo propósito em um mesmo animal e nas propriedades produtivas que acham que conseguem lucrar com o leite (medíocre) e com a venda do bezerro guaxo.
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Se analisarmos, hoje as tecnologias são de fácil acesso com custos totalmente acessíveis, e em contra partida a exigência de qualidade e produtividade estão cada vez mais insuportáveis, digo insuportável, por que com esse sistema globalizado, quem não da conta do que se exige, ta fora, infelizmente, o romantismo e preciosismo, não pagam as contas.
Se analisarmos, hoje as tecnologias são de fácil acesso com custos totalmente acessíveis, e em contra partida a exigência de qualidade e produtividade estão cada vez mais insuportáveis, digo insuportável, por que com esse sistema globalizado, quem não da conta do que se exige, ta fora, infelizmente, o romantismo e preciosismo, não pagam as contas.
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O que quero dizer com isso, o sistema de produção com esse profissionalismo, não permite pequena produtividade, exigindo especialização cada vez mais, começando da alimentação, passando pelo manejo e sanidade e é claro chegando até a genética. E é ai que o bicho pega, ou seu animal suporta aquele sistema de produção que é necessário para essa “competição” ou, como já disse, dança. É o tal do custo-benefício.
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A especialização zootécnica é inevitável, animais, precisam dar conta do recado, e ai nesse caso eu não preciso de um animal que faça um pouco de tudo e sim do animal que faça tudo do pouco.
As aptidões são desafiadas a cada geração, e a cada geração, são especializadas e definidas para que façam esse “tudo do pouco”.
A especialização zootécnica é inevitável, animais, precisam dar conta do recado, e ai nesse caso eu não preciso de um animal que faça um pouco de tudo e sim do animal que faça tudo do pouco.
As aptidões são desafiadas a cada geração, e a cada geração, são especializadas e definidas para que façam esse “tudo do pouco”.
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Agora a riqueza da raça Gir é exatamente essa, a raça é capaz de escolher, selecionar e obter indivíduos especializados em carne e indivíduos especializados em leite; ou seja, é uma raça de dupla aptidão com indivíduos com aptidões particulares e definidas (ou leite ou carne).
Agora a riqueza da raça Gir é exatamente essa, a raça é capaz de escolher, selecionar e obter indivíduos especializados em carne e indivíduos especializados em leite; ou seja, é uma raça de dupla aptidão com indivíduos com aptidões particulares e definidas (ou leite ou carne).
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Não podemos correr se o risco de eleger os “super heróis”, que supostamente produzam leite e carne. Lembro: onde deve ter um úbere produtivo, não conseguimos encontrar massas musculares evidentes, e obviamente onde encontramos massas musculares evidentes não sobra espaço para um úbere produtivo.
Não podemos correr se o risco de eleger os “super heróis”, que supostamente produzam leite e carne. Lembro: onde deve ter um úbere produtivo, não conseguimos encontrar massas musculares evidentes, e obviamente onde encontramos massas musculares evidentes não sobra espaço para um úbere produtivo.
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Sejamos profissionais, observemos os erros e acertos do passado olhando para frente, não para traz. Não corramos o risco de fazermos o papel do “super pato”, que tem a capacidade de voar, nadar e andar, mas que, voa, nada e anda, muito mal, sem competitividade nenhuma.
Sejamos profissionais, observemos os erros e acertos do passado olhando para frente, não para traz. Não corramos o risco de fazermos o papel do “super pato”, que tem a capacidade de voar, nadar e andar, mas que, voa, nada e anda, muito mal, sem competitividade nenhuma.
José Agusto Barros
Médico Veterinário
Jurado Oficial da ABCZ
Conselheiro Técnico da Assogir
Criador de Gir Aptidão Corte e Nelore
2 comentários:
Quero parabenizar o amigo Zé Barros pela lucidez em suas palavras neste artigo.
Comungo da mesma opinião e vejo como melhor e única saida para os criadores de Gir dupla aptidão.
É necessário que se direcione as seleções para funções específicas, a decadencia da raça se deve a este equivoco de pensar que é possivel selecionar as duas aptidões ao mesmo tempo efetivamente.
Execelente, sem comentários
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