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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A graça e a simpatia de Eva

Recebemos de Edineive Geraldo da Silva, residente de Contagem/MG, amante da raça Gir e principalmente da linhagem Eva, esta matéria abaixo que conta um pouco da história da seleção de Evaristo de Paula e sua estreita relação com a consanguinidade.
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Para falarmos de consangüinidade na raça Gir, temos que abrir o baú e resgatar um pouco da história do Dr. Evaristo de Paula na formação da linhagem Eva. Com certeza o maior rebanho constituído via consangüinidade na raça Gir. Segue abaixo um pequeno texto que foi publicado por volta de 1987.
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A GRAÇA E SIMPATIA DE "EVA"

Todos os filhos de WHITE marcavam presença positiva no plantel: com CABOINHA nasceria ROTEIRO, de pelagem escura, e CABOITA. Com Caboita geraria VATE que era neto de CABONHA, bisneto de SIRIO, branco, de orelha escura. Seu descendente de Roteiro com INDIAPORÃ geraria BRASIL que, acasalado com GENUÍNA iria produzir GENUÍNO, um dos modernos pilares do "EVA", A experiência inicial chegava ao final quando Evaristo notou que, em consangüinidade estreitíssima os produtos apresentavam pelagem clara, mesmo tendo Sírio na genealogia. A própria raça mostrava qual era sua verdade sagrada. O "cromismo", ou "vermelhismo" era exceção da raça pura! O terreiro da marca EVA transformava-se em terra sagrada, como na Índia, onde a raça ditava as regras, sem a presunção dos homens!

Observou, também, que a coloração branca era apenas uma fatalidade seletiva, porque GANDHI não era totalmente branco, mas sim malhado escuro. Concluiu, então, que todo gado Gir puro, em cruzamentos absorventes puros, ressuscitarão, inevitavelmente, a coloração branca, cedo ou tarde. Essa era outra verdade sagrada do Gado Gir! (Exatamente como vem ocorrendo, modernamente, no país inteiro).

Os descendentes de SIRIO passaram a ser utilizados no lastro e os de WHITE geravam os touros, os quais eram escolhidos pelo maior número de vezes da presença do nome WHITE na genealogia. A consangüinidade, portanto, não fazia medo a Evaristo, pois tinha em mãos uma semente já consangüínea por séculos, senão por milênios, na Índia.

Uma outra conclusão sagrada foi tirada: BAIANINHA, a ancestral da marca "EVA" tinha os chifres em tanto mais altos ( se comparados com suas filhas, netas, bisnetas e outros descendentes diretos). A média de seus descendentes indicava, claramente, um "padrão", ou seja, a herança genética havia falado mais alto e mostrava o caminho a ser seguido. Evaristo não teve, então, mais dúvidas. Ele tinha o "padrão" nas mãos e esse "padrão" bem merecia uma "guerra santa". Tomou, então, a histórica decisão: seria o guerreiro e teria como armas exclusivamente o balde para o leite e a evidente raça-pura contra todos seus inimigos. Naquele início , era apenas um herege movendo-se contra o Brasil inteiro.

Em 1945 surgiria, definitivamente, a marca “EVA”, que associava laivos de misticismo , de feminilidade , de graça , de nobreza , associando o bom ao bonito , em homenagem clara à pureza de todas as mulheres-matrizes da própria humanidade. O Gir marca "EVA" passou a transmitir para a posteridade o modelo vivo do arquétipo que teria ficado entre os muros dos marajás na região de Katiavar. Era o único plantel que havia se transferido da Índia para o Brasil, trazendo consigo milhares de anos de seleção funcional e racial!

O nome "EVA" seria o grito de guerra contra os "donos" do Zebu brasileiro que insistiam em castrar excelentes animais no país inteiro, por conta de argumentos fúteis nunca comprovados, tais como a despigmentação, as características leiteiras, etc. Essa guerra iria perdurar por longas décadas, subindo o gado os degraus da fama e de respeito, ao mesmo tempo em que sofria soturnos ataques dos "zebutécnicos".

Contato: edineive.silva@yahoo.com.br

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