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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Comentário ao artigo: Eu acredito no Gir Leiteiro

Rodrigo,

Quero cumprimentá-lo pela ousadia no título de seu artigo. Realmente, ele é provocativo, especialmente considerando o seu autor. Quem ti viu, quem ti vê! A convicção de 20 meses atrás, abalada pelo bom-senso e pela ciência. Cumprimento-lhe, principalmente, pela capacidade de reflexão e pelo nobre gesto de humildade em reconhecer o valor do trabalho de uma entidade (ABCGil) e ou de grupo de criadores, que proporcionou, inegavelmente, avanços à raça GIR.

Repito: Devemos valorizar o indivíduo, independentemente do grupo ao qual ele pertença. Isso vale tanto para as pessoas, quanto para os animais.

Os resultados obtidos pela Lapa Vermelha com o controle leiteiro, bem como os de outros criatórios de Gir Padrão, apenas reforçam a minha velha convicção de que a maior diferença entre a produção leiteira das fêmeas oriundas dos plantéis de “Gir Leiteiro” e as do Gir Padrão, decorre do manejo ao qual, historicamente, cada uma delas foi submetido. Por outro lado, as provas as quais os animais são submetidos (testes de progênies, controle leiteiro, etc.), proporcionam, inegavelmente, maior segurança no ganho genético de características inerentes à produção leiteira, justificando assim, um número proporcionalmente maior de fêmeas mais produtivas, inseridas nos plantéis de “Gir Leiteiro”, em razão de seu pioneirismo no que se refere às diversas modalidades de provas científicas.

Da mesma forma, ocorre com as pessoas envolvidas com os dois grupos: “Leiteiro” e “Dupla Aptidão”.  Em ambos, podemos encontrar pessoas bem intencionadas, competentes, elegantes e, de ilibada reputação. Sendo o contrário, também verdadeiro.

Pessoas com caráter duvidoso, inescrupulosas, oportunistas, etc., estão “infiltradas” por todas as partes.

EQUILÍBRIO – Essa é a palavra “chave”. Tenho dito (escrito) repetidas vezes. As críticas dirigidas às entidades e ou aos grupos de pessoas, de forma irrestrita, são demasiadamente equivocadas. 

A sua iniciativa de vir a público fazer tal afirmação deve ser entendida como uma ação agregadora e não provocativa no sentido negativo da palavra.

A união faz a força – positiva e negativa! Uma laranja podre pode prejudicar a reputação de uma caixa inteira. Precisamos identificar as laranjas podres e combatê-las de tal forma a restituir a força de um conjunto harmonioso e capaz de avançar positivamente.

Tenho absoluta convicção de que os resultados do TP da Girgoiás/Embrapa, bem como o controle leiteiro realizado nos plantéis de Gir Padrão irão recolocar essa vertente no “campo de jogo”, onde a mesma será vista e valorizada por todos, inclusive pelo “mercado soberano”.

“Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” – Caetano Veloso.

Abraços,

Ramilton Javiktson da Silva Rosa
Estância Prisma – Edealina – GO

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