Apresentação do Programa de Melhoramento Genético da Raça Gir no Estado de Goiás é o tema de evento às 14 horas da próxima quarta-feira, dia 17, no Sindicato dos Produtores Rurais de Trindade.
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O evento vai contar com um público formado por pequenos, médios e grandes produtores de gado da raça Gir; estudantes e profissionais da área. O evento vai ter a apresentação das parcerias de trabalho entre Gir Goiás, Seagro e Laboratório Champion, além de palestras sobre a importância do melhoramento genético do gado Gir, entre outros.
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Mais informações pelo telefone: (62) 3201-8905
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Um comentário:
Muito interessante e pertinente os comentários do criador Ramilton Javiktson da Silva Rosa, de forma neutra e imparcial discutindo fatos e realidades.
Gostaria apenas de dizer que o que existe é sistema de produção ou exploração com dupla finalidade, mas não o animal em si. Todos os animais leiteiros, no caso de machos e fêmeas descartadas e excedentes podem ser comercializados para abate, bem como servir para cruzamentos industriais e mesmo como reprodutores em rebanhos puros para carne. Animais leiteiros são ótimos conversores de alimento em ganho de peso...
Quanto às lactações “produzidas”, essas representam tão somente 1% do total das lactações do Gir sob Controle Leiteiro Oficial acima de 7.000 kg. Aliás, a vaca FB Caldeira atingiu os 7.000 kg numa época em que não existiam técnicas para aumentar a lactogênese, tanto que esse recorde só foi superado 10 anos depois.
Não se pode denegrir uma raça ou um contingente de criadores ou rebanhos que usam de produtos químicos e estimulantes (e ração tb é) para que os animais expressem seu máximo potencial de produção. Em todas as raças isso é efetuado, nas taurinas e tb girolando (recordes de mais de 76 kg por dia). Se o mercado tem valorizado isso, problema de quem faz o investimento.
Meu conceito para animais nos trópicos sempre foi de vacas produzindo de 3 a 5 mil kg de leite na lactação, de forma econômica e viável aos nossos sistemas de produção.
Beleza é uma das características mais subjetivas, que varia conforme preferências pessoais e sujeitas a modificações conforme a época e critérios de seleção e acasalamentos. Por sua vez produção e produtividade é a razão máxima de quem é e quer ser pecuarista....
Quanto à pelagem, um dos touros que mais produziu filhos e que participou da formação da maioria dos rebanhos era de Evaristo de Paula, o White, cujo registro foi rejeitado por ser de pelagem branca – “post mortem” foi considerado seu registro pela qualidade da descendência. Devemos distinguir despigmentação, que é na pele, da cor clara dos pêlos. Pior é deixar de registrar animais porque tem na vassoura da cauda pelos brancos....
O Gir por possuir tanta variação de cores de pelagem (vermelha, amarela, rosilha, moura de vermelho, moura clara, moura escura, chitada de vermelho, chitada de amarelo, vermelho chitada, amarela chitada, vermelha gargantilha, amarela gargantilha), com os acasalamentos que são efetuados, novas variantes podem surgir, como muitos atualmente apresentam pelagem ‘pampa’ e cinzas (efeitos de combinações na medula do pêlo devido quantidade de eumelanina – de cor acastanhada ou preta e, de feomelanina – de cor avermelhada ou amarela)
Enfim, as categorias de registro tb não indicam superioridade ou inferioridade produtiva, apenas o fato de estar sendo controlados qto a inventários de registros, sendo que deve existir muito Gir ‘cara limpa’ puro de excepcional qualidade, de tipo e produtividade. Aliás, nos DNAs mitocondriais, foram encontrados muitos touros POI com alelos taurus.....
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