Aqui a raça é pura, sem mistura...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Assogir: Giristas querem mudança!

Está em discussão no orkut, na nossa comunidade Gir Padrão, o tema Assogir.
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E o Blog Gir PO, abaixo expõe os principais comentários dos integrantes até o momento:
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Rodrigo Simões (Lapa Vermelha):

Momento muito importante e ao mesmo tempo preocupante. Me parece inveitável a saida do presidente Carrião e o futuro da associação está nas mãos dos sócios e diretores. Precisamos nos empenhar para participar ativamente nesse processo transitório afim de garantirmos um futuro próspero para o Gir puro.
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Aproveito pra fazer um apelo aos criadores a participarem mais nesse assunto, temos 120 participantes na comunidade e não é possivel que ninguem tem nada pra te dizer sobre um assunto tão importante pra todos nós.
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Gilmar Cordeiro:

Pessoal, o Rodgrigo tem razão. Nós ficamos reclamando o ano inteiro e não tomamos as medidas certas nas horas certas. Acho que está na hora de aproveitarmos que a atual diretoria da Assogir começou acordar, que esta inércia total na qual se encontra, só prejudica a todos, a raça, a entidade, e negociarmos com as pessoas de bom senso uma solução onde todos possam sair vitoriosos.
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Acho que criar boas condições ao retorno dos sócios excluídos e dos sócios que deixaram de pagar suas anuidades por não concordar os rumos anteriormente tomados pela Associação, só trará força e representativadade a Associação para que ela possa defender nossos interesses, não só junto a ABCZ, mas também em todas as esferas da nossa seleção.
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Também, deve-se tentar angariar o maior numero de novos sócios possiveis para fortalecimento da Associação. Também, deve-se ter em mente que a NOVA ASSOGIR, venha para manter um bom relacionamento com todas as Associações afins, ou seja, ABCZ, ABCGIL, GIROLANDO e das outras raças.PRECISAMOS DE AÇÕES POSITIVAS, PENSAR PRA FRENTE, PENSAR EM TODOS. Essa é a minha opinião, com sinceridade. Abraços a todos.
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Fico honrado em saber que alguns companheiros acreditam no nosso trabalho e na nossa capacidade para administrar a Assogir, todavia gostaria de deixar claro a todos NÃO SOU e NÃO SEREI candidato a Presidencia da Assogir.
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Roberto Bolsanello (Beto):

Gostaria que o novo presidente deveria ser o Dr. Emilio Castro ou Prof. Edmardo Naves... pessoas coerentes... que todos gostam (isso é super importante!!)... competentes e que com certeza levariam o Gir para um rumo melhor do que está. O Gilmar tb é um bom nome... o que acha mestre? Tem alguns meses que mando e-mail pra Assogir para me associar e nunca recebo resposta... antigamente recebi varias cartas e fichas para me inscrever mas num tinha interesse... agora que tenho... sem chances né...
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Guilherme Ricaldoni (Chácara):

O mais importante neste momento em que vive a raça é de atuação, a assogir não pode ficar parada, quem entrar lá tem de estar comprometido com o Gir. Outra questão importante é dar condições favoraveis para atrair novos socios. Precisamos alavancar o Gir , mostrar nossas qualidades ao Brasil , e uma associação em que os diretores estão comprometidos com isso, ajudaria muito.
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É galera, em uberlandia na exposição este ano, ja ouviamos rumores que algo aconteceria na assogir, e realmente estava precisando, não estou criticando a turma que está lá, mas ta na hora de mudança. E este é o momento certo!
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André Pinheiro (A. André):
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É lamentável que as coisas tenham chegado ao estágio em que se encontram. Não sei nada sobre os bastidores da ASSOGIR. Por isso, não me atrevo a dizer quem está com a razão. Como amante da raça gir, torço para que todos os problemas sejam superados e que a instituição se fortaleça ao máximo para trabalhar da melhor forma possível em prol do gir.
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Alzeir Campanati:
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Boa noite Rodrigo, como Girista, quero agradecer e parabenizar você e seus pares pela criação dêste espaço eletrônico, que é um local fundamental para discutirmos os diversos aspectos de nossa nobre raça. Tentei por diversas vezes tornar-me sócio da ASSOGIR sem sucesso. A associação é inacessível por qualquer meio. E por não ter conseguido associar-me, pensava não ter o direito de fazer comentários a respeito da referida associação. Porém, a reunião do dia 16 de novembro próximo será franqueada a todos os Giristas, independente de serem associados ou não. Então, acho que posso te mandar êste comentário. Penso que a crise atual na ASSOGIR é decorrência de uma outra, acontecida em passado recente e que feriu quase de morte a pioneira das associações das raças zebuínas. Falando da atual, é notório que os personagens envolvidos, D. Leda e Prof. Carrião, são merecedores de todo nosso respeito, admiração e gratidão pelo muito que fizeram pelo Gir, porém, não estão tendo a sensibilidade necessária para perceberem que a ASSOGIR não ficará de pé após mais uma briga interna.
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Quem quiser ser presidente da ASSOGIR deverá preencher pelos menos duas exigências :
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1 - Querer ser presidente,
2 - Criar Gado Gir.
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O Prof. Carrião não preenche nem uma nem outra. Rodrigo, acho que é hora dos Giristas mais novos se apresentarem, ou assistiremos o final da mais antiga Associação das Raças Zebuínas.
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Nota do Editor:
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Penso que este é um momento importante, mas tudo isso será em vão se não houver um consenso entre as partes envolvidas de que a Assogir é maior que todos.
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A Diretoria atual fez sua parte e agora é hora de mudar, é hora de somar o trabalho herdado com novas idéias, novas "cabeças".
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Tenho certeza de que uma nova Assogir traria muitos novos sócios, seria uma "injeção de adrenalina" nos giristas.
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Uma possível nova diretoria teria uma enorme tarefa a frente: a de suprir as espectativas dos criadores, com novas idéias, novo modelo de gestão... mais participativo, mais ativo, mais presente.
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Contamos com vocês, atuais e futuros gestores da mais antiga e mais tradicional associação girista!
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Um abraço a todos,
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Rodrigo Simões

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pilares da Raça: BEY


Filho do grande reprodutor Gandhi OM, Bey tornou-se famoso por apresentar uma estrutura física e tipo racial muito a frente de sua época.
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Bey foi o responsável pela formação da linhagem R de Uberaba.
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Deixou filhos de destaque, como Bey II e Chave de Ouro.

HISTÓRIA DO GIR - Cap. 5


Nº 5: O Gir nos cruzamentos de corte
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Em termos de corte, o Gir foi a raça estimuladora do melhoramento das carcaças nas décadas de 1940-1950.
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Alguns frigoríficos, como o de Barretos (Frigorífico Anglo) pagava até um valor extra pelas carcaças de novilhos Gir, ou agirados. Na modernidade, muitos pecuaristas praticantes de cruzamentos industriais já procuram infundir o sangue Gir na vacada F-2 ou F-3, para garantir mansidão, aptidão maternal, rusticidade e bom rendimento de carne de primeira.
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Em vários testes, o Gir mostrou ser excelente em rendimento de carne-de-primeira e apresentando uma ossatura fina. O livro do professor Miguel Cione Pardi, "A Epopé¡a do Zebu" de 1944 a 1994, mostra urna nova luz sobre esse período, analisando 6,602 milhões de novilhos abatidos, em um total de 7,686 milhões!
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O peso médio da carcaça pesava 245,4 kg em 1944 e passou para 268,9 em 1994. Um pequeno aumento de apenas 23,5kg em 50 anos, mesmo depois que o Gir já havia saído do cenário (fato ocorrido por volta de meados da década de 1970). Estes números mostram que o Gir não era o vilão do baixo desfrute e o baixo peso das carcaças!
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Mostra também que o Nelore ocupou as terras de capim Colonião enquanto que o Gir ficou nas terras de capim Jaraguá - levando a um menor desempenho. Obviamente, o Gir vivia em terras piores e, como conseqüência, acabou sendo punido pelo mercado.Esta constatação permite aos criadores de Gir reorientar a seleção, buscando também as características de carcaça e de rendimento de carne-de-primeira.
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Afinal, o futuro do Brasil para produção de carne é garantido, pois as nações ricas precisam comprar carne, tanto quanto precisam vender leite. Ou seja, as nações pobres poderão comprar leite do Brasil mas as ricas somente comprarão carne, cada vez mais.
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O Gir tem um grande papel nas duas direções, ora produzindo carne, ora leite, ora os dois produtos ao mesmo tempo.
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Fonte: Os Cruzamentos na Pecuária Tropical - Ed. Agropecuária Tropical.
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Cap, 6° - O Gir Brasileiro para o Mundo (próximo)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Animal em Destaque: TALIBAN R2

Taliban R2 (Asteca R2 x Acusica R2)
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Integra o grupo de touros do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Embrapa/Abcgil 2008, sua mãe produziu 6.117,7 kg/365 dias.
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Touro de seleção centenária e muita raça, de propriedade dos amigos Heda e Luis Fernando Borges, herdeiros de um dos maiores selecionadores do país.
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Fazenda Santa Bárbara, Uberaba.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Será?

Após uma série de palpites dos amigos giristas, os nomes acima foram citados como os maiores potenciais a assumir a ASSOGIR em uma possível mudança após a Assembléia do dia 16/11.
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Devo frisar que nenhuma das pessoas citadas manifestou interesse em se candidatar, são apenas nomes interessantes que agradam a maioria dos criadores.
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Também não é certo que haverá eleições, o presidente é contrário pelo que parece, mas há indícios de que caminhará pra este lado, pois o mesmo já manifestou que se for a vontade da maioria ele sairá.
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Já a diretora Leda Góes irá renunciar durante a assembléia e até publicou um manifesto no blog colega GirBrasil:
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Criamos uma enquete para apurar qual desses nomes mais agrada os giristas, vote!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Assogir

(esq. para dir.) Carrião, Góes, Barbosa

A Assogir está realmente desnorteada.
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Não há consenso entre os diretores, vice-presidente e presidente.
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Leda Góes causou um impasse ainda não resolvido ao convocar Assembléia que, além de não ter participação dos outros dirigentes, ainda causou mal-estar entre os mesmos.
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Dona Leda alega que a entidade não está devidamente representada e que pretende sair (deixar seu cargo diretora), mas sem deixar o Gir em uma "barca furada".
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Carrião, o presidente, disse que acha a atitude da diretora inapropriada e inconstitucional perante o estatuto, disse ainda que se for a vontade da maioria deixa o cargo pacificamente.
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Já o vice-presidente Waldyr Barbosa, em contato com o blog Girbrasil demonstrou insatisfação com Leda Góes “pelas suas afirmações na imprensa de que só ela, o Carrião e a Dona Beatriz trabalham na Assogir”. Segundo ele isso é um desrespeito com os demais diretores da entidade, e argumenta dizendo que tem cumprido o papel de vice-presidente.
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Nota do editor:
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Amigos, não estamos julgando quem está certo e quem está errado.

Um detalhe importante de se frisar e isto não é uma opinião e sim um fato extraido dos depoimentos de cada um dos diretores citados acima é que eles se disseram estar sempre quites com as obrigações dos seus cargos, pois sempre que eram convocados compareciam nas reuniões.
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Agora eu pergunto: Basta estar presente quando e se convocado nas reuniões? Seria esse o papel do diretor?
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Eu vejo que não. Estão redondamente enganados. Quem ocupa posições de decisão em entidades de classe deve muito mais que isso aos associados.
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Deve ações, inovações, prestar contas, estar presente em todo ou qualquer evento relacionado a raça Gir. E não como disse em depoimento ao Blog Gir-PO, o presidente Carrião:
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"Tenho comigo, Rodrigo, de que só devo comparecer a recintos em que fui convidado, como por exemplo, por duas vezes estivemos juntos na exposição de Curvelo, isto por quê? Porque havia sido convidado".
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Com todo respeito ao professor Carrião, não considero esta posição alinhada ao cargo que ele ocupa, o presidente da Assogir deve comparecer dentro de suas possibilidades a todos os eventos relacionados à raça. E se seus compromissos não permitem então este cargo não está ocupado devidamente.
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Waldir Barbosa, 3º vice-presidente, disse ao Rosimar que acredita ser o momento de mudança na Assogir após 12 anos de continuismo apesar de não concordar com a maneira adotada por Dona Leda.
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Eu, particularmente não conheço um ato sequer dessa diretoria pelo Gir, vejo uma entidade morta, inoperante e insignificante. E se providencias não forem tomadas nem mesmo existir ela irá por muito tempo.
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Vamos fazer um movimento neste próximo 16 de novembro e comparecer em massa a esta Assembléia. Vamos tornar a Assogir um órgão forte e operante.
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MUDANÇAS JÁ.
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Um abraço a todos,
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Rodrigo Simões.

Perfil do NOVO criador


Daniel Alvarince é zootecnista e girista no estado de Goiás, veja um pouco do que ele pensa em uma conversa com o Blog GIR-PO:

Gir-PO - Nome - Idade – Origem

D.A - Daniel B. Alvarince – 25 anos – Goiânia- GOIÁS

GIR-PO - Local e tempo de criatório - Marca e/ou sufixo

D.A - ESTÂNCIA MORIÁ – Aragoiânia-GOIÁS – Inicio da seleção em 2005 – GIR COM LEITE E RAÇA É MARCA “DANP”

GIR-PO - Base genética e um pouco de história...

D.A – Nossa seleção baseia-se na recuperação da linhagem norte, linhagem está que produziu leite, raça, porte e docilidade.
Desde a década de 1935 meu bisavô José Américo, adquiriu diversos animais da raça gir de ITUIUTABA-MG, sustentando sua família somente com a criação de gado gir, mostrando que a raça é economicamente viável. Na época em que só se reinava o nelore ele mantia em sua propriedade somente gir, fazendo dá criação um prazer de viver.
Devido às dificuldades da vida com a morte de seu bisavô todo o gado foi vendido e hoje Daniel depois de anos dá continuidade ao sonho de seu bisavô e que hoje é pra ele mais que um sonho, uma realidade, uma paixão que passou de geração a geração.
Em 2005 no ultimo período de zootecnia começou a se dedicar ao gir e á procurar animais que atende-se seus padrões econômicos.
Iniciei minha criação adquirindo animais do criatório de Gilmar Cordeiro que considero ser meu pai no gir, do senhor Sebastião José da Mota, Jorge Cordeiro.
Em 2007 adquirimos uma propriedade á 50 km de Goiânia onde consegui apartir daí dar um seguimento mais amplo aos meus objetivos.
EM 2008 estreei em pista fazendo Reservado Campeão Junior Menor com o animal Ébano presenteado por Bráulio Afonso de Moraes sendo este animal fechado em ZEID e com Escorpião DOBI Campeão Junior Maior e Reservado Grande Campeão da EXPO GOIÁS 2008.
Desde então a Estância Moriá caminha com o intuito exclusivo de selecionar animais adaptados e capazes de produzir nas condições reais da pecuária, ou seja, buscar a maior produtividade de leite á pasto e obter melhores índices de fertilidade e precocidade reprodutiva aliado a um criterioso nível de padrão racial.

GIR-PO - Gir pra você é leite ou carne? Ou os dois?

D.A - Respeito a seleção e o ponto de vista de todos, mas o gir que meu bisavô falava, que meu avô falava e que acredito é num gir com raça, leite e porte. O gir só é raça quando atinge no tripé de seleção o equilíbrio entre essas 3 características.

GIR-PO - Controle leiteiro, você considera essa prática essencial para a
conquista de mercado ou acha um método de auxilio na seleção? E o sumário de touros?

D.A - Acho essencial o controle leiteiro, pois é uma das formas de provar o potencial do animal. Mesmo que se utilizem meios para se chegar a altas produções, o animal só as atinge se realmente tiver uma genética para esse quesito.
Como zootecnista da Associação Goiânia dos Criadores de Gir e responsável técnico to teste de progênie Embrapa/Girgoiás posso dizer com clareza que o sumario de touros é uma ferramenta importante para o melhoramento genético uma vez que se testa animais em diferentes ambientes e manejos, podendo assim ter uma maior confiabilidade nos resultados.
O sumario se bem utilizado só tem a introgredir qualidades a um rebanho.

Matriz Fiança da SJ, do criatório de Daniel


GIR-PO - Touros da atualidade que você admira.

D.A - Acho que no momento temos diversos touros que tem feito à diferença no gir dentre eles acredito muito em:
Gênesis FAN, Jambo JKJ, Golfo HL, Gamasonic ZS, Visual da São José, Beduíno da São José, Cabaré DOBI.

GIR-PO - Touros do passado.

D.A - Norte 65 j5, Cigano JOR, Filmador, Corisco, Sonhador da Babilônia, Alecrim II, Caruso HL, Vesúvio ZS.

GIR-PO - Um criatório modelo.

D.A - Não tenho um criatório especifico mais admiro todos que direcionam sua seleção num gir puro e produtivo como Jorge Cordeiro, Granja do Carlos, Zeid Sab, Lapa Vermelha, Café velho, Ene Sab e enfim quem tem na criação de gir mais que um negocio de oportunidade mas sim um prazer no que faz.

GIR-PO - Diga um pouco sobre o futuro da raça.

D.A - Acho que o gir será antes de depois do teste de progênie Embrapa/Girgoiás acredito muito no impenho dos criadores que tem acreditado no nosso trabalho aqui em Goiás e que tem se expandido pelos demais estados.
O giristas tem se preocupado com leite em seus rebanhos e isso fez com que vários planteis antigos focassem nos animais de maior potencial genético e os multiplica-se, promovendo então um grande salto no gir verdadeiro.

GIR-PO - Pra fechar, uma mensagem aos criadores e amigos do Gir.

D.A - “O gir sem raça e leite é como uma viagem sem destino, não se sabe para onde vai e nem aonde se quer chegar”.

Aramina JOR, matriz destaque da seleção de Daniel Alvarince

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"Novela" da Assogir continua...

Caros Amigos,
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Entramos em contato com o Sr. Carrião, atual presidente da Assogir, solicitando explicações da situação atual da entidade, bem como sua posição em relação à Assembléia convocada pela Sra Leda Góes.
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Muito gentilmente, o presidente nos respondeu com o seguinte e-mail:

Rodrigo, Boa Tarde!

Parabéns pela continuidade ao trabalho de um dos maiores selecionadores desse país, em um plantel que tenho certeza, muita contribuição continuará dando ao gir brasileiro.

Assim que tomei conhecimento do Edital publicado em um Jornal da cidade de Uberaba-MG, por uma diretora dizendo-se representar 1/5 dos associados, com base no artigo 11, paragrafo 5º, do Estatuto em vigência, convocando uma Assembleia Geral Extraordinária, para deliberar dentre outras ordens do dia, a disposta no artigo 7ª, do artigo 11, imediatamente recorri ao Estatuto para certificar do que se tratava.

1. O Edital de convocação feria de morte o Estatuto vigente, uma vez que deveria conforme a letra "b" do paragrafo 5º do artigo 11, encaminhar requerimento assinado por 1/5 dos sócios para o presidente, e este, dentro de 30 dias convocar a assembléia solicitada;

2. A ordem do dia está fundamentada no parágro 7º, do artigo 11, que trata-se dentre outras coisas da destituição da diretoria.

Orientado juridicamente, encaminhei carta aos diretores e associados narrando os fatos, inclusive, sobre a nulidade da convocação, e incontinenti, publicando um comunicado, no mesmo jornal onde através de medida administrativa, tornando sem efeito aquela convocação por estar em desacordo com o Estatuto vigente e a constituição.

Alertatado por um diretor de que havia no blog Girbrasil, do jornalista Rosimar Silva, uma materia sobre os fatos, recorri àquele blog que me levou à seguinte observação:

1. A diretora diz que seu procedimento esta ligado ao desejo de não deixar o Gir "nesta barca furada"; e,

2. A proposta de um mandato tampão na entidade.

Sobre o primeiro item, alega em todas as suas conjecturas de que mister se faz a minha presença física na cidade de Uberaba e nas exposições. Ora, com relação a minha presença fisica na sede da associação, hoje com o advento da tecnologia da informatica e mesmo o telefone, e no caso especifico da assogir, com um vice presidente residente da 70 quilômetros de Uberaba, essa presença fisica mensalmente se torna desnecessária e, todas as vezes que recorri ao vice presidente Waldyr Barbosa para ir a Uberaba resolver um problema ligado à Associação lá esteve presente e imediata resolução dos problemas com sucesso, e também, a minha presença fisica nas exposições. Tenho comigo, Rodrigo, de que só devo comparecer a recintos em que fui convidado, como por exemplo, por duas vezes estivemos juntos na exposição de Curvelo, isto por quê? Porque havia sido convidado.

Sobre o segundo item, ao propor um mandato tampão com a existência de três vices presidentes na entidade, a proposta se apresenta claramente como um golpe as instituições democraticas da ASSOGIR. Como um mandato tampão com tres vices presidentes? Que respeito existe nesta propostas às honradas pessoas e criadores que ocupam essas vice presidencias?

Todavia, entendo que desde a renúncia do Marco Antonio Pinsetta, quem me levou para a ASSOGIR, lá estou dando todo apoio a dona Leda pelo espírito classista, porém, pessoalmente entendo como muitos, de que já passou o momento desse grupo que há mais de 12 anos administra a Assogir abrir espaços para outros criadores. Nesta minha reeleição, por exemplo, muito insisti com Homero Gontijo Morais Filho, Hilton Grecco Rodrigues, Paulo Horta Barbosa da Silva, Waldyr Barbosa Oliveira Junior, Beatriz Conceição Cançado Cardoso e mesmo com a dona Leda Ferreira Góes, para que um deles saisse como candidato, fui voto vencido.

Mesmo pensando na necessidade imperiosa dessa renovação, Rodrigo, não podemos desprezar o Estatuto Social para resolver uma "crise" interna na associação. Temos que respeitar o estado de direito. Assim determina a Lei Maior que é a Constituição. Por isso, afirmei que se for da vontade da maioria, renuncio meu mandado, sem mágoas e recentimentos, entregando-a ao vice presidente imediato a presidencia da Assogir e NUNCA A UMA PROPOSTA DE MANDATO TAMPÃO.

Tenho tido a todas as pessoas que me procuram que embora seja criador de nelore e girolando, a raça com a qual me identifico é a Gir, e que jamais criaria problemas a esta raça por vaidades pessoais. Voce mesmo é testemunha do que vou lhe dizer: você nunca o Carrião fofocando em porta de pavilhão, em estandes de parques agropecuarios, em telefonema ou e-mails para A ou B e mesmo na propriedade de quem quer que seja.

Não existe crise na Assogir, o que existe é uma tomada de posição de uma diretora, que por estar fora da realidade estatutária, o presidente da entidade como guardião-mor do Estatuto Social tomou as providencias cabíveis.

No mais, agradeço muito a sua oportunidade de me explicar, o que farei com o máximo respeito a todos que me procurarem, e vou mais alem, a Assogir não é do Carrião ou da dona Leda, a Assogir é de todos nós, por isso, entendo que esse seja o momento impar, para aqueles que gostam da raça gir se aproximarem da entidade, se associarem para que possamos dar a essa raça uma alternativa a mais além da ABCGIL.

Atenciosamente,

Carrião
Presidente

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

VIDEOS: Matrizes Bey em controle oficial

Nos links abaixo, videos de um grupo de matrizes da Fazenda Lapa Vermelha (BEY) em controle oficial de leite pela ABCZ.
  1. http://video.google.com/videoplay?docid=8842811754769149650&hl=en
  2. http://video.google.com/videoplay?docid=7461379057568635667&hl=en
  3. http://video.google.com/videoplay?docid=-6540805770061467368&hl=en

Nos 3 videos são filmados os mesmos animais, em diferentes focos, este é o trabalho que a fazenda iniciou, de provar que animais extremamente puros são também muito produtivos.

Todas as reses no filme são marca Bey.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Pilares da Raça: WHITE


White nasceu na Bahia em 1939 e , em 1944 Evaristo de Paulo viu nele um animal que tinha os atributos para ser um grande raçador, assim White segue para curvelo , onde foi o touro base da seleção da marca EVA.
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Filho do grande Gandhi OM portanto irmão de BEY que foi o pilar da marca R de Uberaba. Um fato curioso foi que quando vivo White seria reprovado para registro e por ter mais de 1000 filhos, foi convidado a ser registrado, porem estava morto.
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Evaristo jamais aceitara o documento.

Animal em Destaque: COIMBRA ZS

Coimbra ZS (Orvalho ZS x Faraonica ZS)

Esta magnífica matriz, adquirida pelo amigo José L. J. Barros (Bi) no plantel da Fazenda Americana, do outro amigo José Sab Neto, enche os olhos de quem admira o legítimo Gir Puro de Origem.

Um excelente exemplar da raça mais amada do Brasil (e da India...kkk)

Parabéns ao criador e ao proprietário.

ASSOGIR: Comunicado do Presidente

Associação Brasileira dos Criadores de Gir“ASSOGIR”

COMUNICADO

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Com base no artigo 14, letra “f” do Estatuto Social da Associação Brasileira dos Criadores de Gir ASSOGIR, o presidente da entidade faz publicar o presente tornando sem efeito o edital de convocação de Assembléia Geral Extraordinária, publicado neste jornal, edição de 14/outubro/2008, por estar em dissonância com os preceitos estabelecidos na letra “b”, parágrafo 5º do artigo 11 do referido Estatuto:
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Para esclarecimentos:
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Artigo 14 – Ao presidente compete: letra “f” - Representar a Associação ativa e passivamente, em Juízo e fora dele, inclusive, comprar, vender, permutar, gravar bens e contrair empréstimos, mediante autorização, em cada caso, da Assembléia Geral, intervir em qualquer espécie de ações e processos judiciais ou extrajudiciais, podendo ainda, transigir, desistir, monitorar contas bancárias e praticar todos os atos necessários ou convenientes às finalidades da Associação e à sua boa Administração.
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Artigo 11 - A Assembléia Geral é o órgão soberano da Associação. Convocada e instalada de acordo com o Estatuto, com poderes para decidir sobre todos os assuntos relativos ao objeto da Associação, sua defesa e desenvolvimento. Parágrafo 5o. - A convocação da Assembléia Geral Extraordinária, será feita: letra “a” - Pelo presidente da associação; letra “b” - Por 1/5 (um quinto), no mínimo, dos associados, todos em dia com as obrigações sociais, mediante requerimento dirigido ao Presidente da Associação, que terá o prazo de 30 (trinta) dias para fazê-lo.
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Uberaba – MG aos 20 de outubro de 2008.
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Luiz Humberto Carrião

Presidente

terça-feira, 21 de outubro de 2008

CONVOCAÇÃO

Caros Amigos,
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O Blog Gir-PO convoca os verdadeiros criadores de Gir do Brasil a participar da Assembléia Geral Extraordinária a realizar-se na sala de reuniões da Assogir à Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110, Uberaba. No dia 16 de novembro de 2008 às 10:00 horas.
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É um momento impar. Precisamos nos unir em prol da raça neste momento tão especial, é hora de mudar, de formar uma entidade forte e representativa e isso só acontecerá com a ajuda de todos.
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Em conversa telefonica agora a pouco com a diretora Leda Góes, ele reforçou o convite para a assembléia e disse que todos estão convidados, inclusive quem não é sócio (estes não poderão votar, mas poderão participar ativamente).
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Dona Leda disse que serão apresentados os feitos da Assogir nas últimas gestões e será discutido o futuro da associação, incluindo a possibilidade de convocação de novas eleições.
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Não podemos perder mais esta oportunidade de firmar o Gir PURO como raça forte e representada, se nós criadores não fizermos nosso papel quem fará?
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Conto com a presença e colaboração de todos.
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Um abraço,
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Rodrigo Simões

ASSOGIR em crise

à esq. Góes, à dir. Carrião

Goiânia, 20 de outubro de 2008.

Prezados diretores e associados,

Em reunião ao final de meu primeiro mandato à frente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir – ASSOGIR – com a finalidade de escolher o candidato oficial a concorrer às eleições para o triênio 2007/2010 deixei claro minha posição contrária ao continuísmo, oportunidade em que muito insisti com os diretores Homero Gontijo Morais Filho, Paulo Horta Barboza da Silva, Waldyr Barboza Oliveira Junior, Leda Ferreira Góes e Beatriz Conceição Cançado Cardoso para que um deles candidatasse à presidência. Fui voto vencido, reeleito em 30 de abril de 2008.

Quando das eleições na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ – agosto de 2007, o Movimento ABCZ para Todos definiu pelo lançamento de uma candidatura alternativa a entidade, sendo o nome de dona Leda Ferreira Góes, escolhido para encabeçar a chapa ABCZ PARA TODOS, pela experiência e trabalho já realizado em prol do Zebu brasileiro.

Como não poderia ser diferente, fiz uma reunião com a diretoria onde expressei claramente minha posição no sentido de apoiá-la, afinal, tratava-se de uma diretora de reconhecido valor e que prestigiara, em sua chapa, a ASSOGIR com uma vice-presidência e duas diretorias.

Com eleição e posse da atual diretoria da ABCZ, conhecendo a personalidade de alguns de seus membros, retaliações seriam inevitáveis. Porém, de maneira equilibrada consegui superar todos os problemas advindos, embora interrompendo a publicação do Almanaque Gir brasileiro e a ousada parceria com o Centro de Transferência de Tecnologia do Zebu Leiteiro – CTZL -, trincheiras de combate ao dolo cientifico que se comete com a raça gir no Brasil.

Sozinho e arcando pessoalmente com todas as despesas da entidade, priorizei o saneamento financeiro da mesma, que foi concluído no mês de agosto último - a ASSOGIR NADA DEVE A CREDOR ALGUM -. Todavia, mesmo consciente das retaliações que sofria a entidade e a distância que separa meu domicilio da sede da ASSOGIR <800>, a diretora Leda Ferreira Góes insistia na minha presença física constante na sede da entidade, como se não fosse possível administrá-la através da tecnologia da informática e telefone, como outros presidentes que residem a distancia o fazem. No caso da ASSOGIR, ainda me valho de um vice-presidente que reside a <70> de Uberaba.

Na última reunião de diretoria, mais uma vez pressionado pela diretora Leda Ferreira Góes sobre minha presença física em Uberaba, após esclarecimentos necessários, deixei meus pares muito à vontade sobre um possível afastamento ou renúncia. Por unanimidade, exigiram minha continuidade.

Agora, me surpreendo com a publicação de edital em jornal diário de Uberaba, determinado e assinado pela diretora Leda Ferreira Góes, na condição de represente de 1/5 dos associados ferindo de morte o Estatuto Social da entidade, Convocando Assembléia Geral Extraordinária, cuja ordem do dia se insere no artigo 11, parágrafo 7º que trata da destituição da diretoria.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIR
“ASSOGIR”
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

São convocados os senhores associados da Associação Brasileira dos Criadores de Gir – ASSOGIR, para se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a realizar-se na sala de reuniões da Assogir à Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110 nesta cidade, no dia 16 de novembro de 2008 às 10:00 horas, em primeira convocação e às 10:30 horas, em segunda convocação, obedecidos os termos do Artigo 11º, parágrafo 5º, do Estatuto Social em vigência, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia : a) Deliberação referente ao parágrafo 7º do artigo 11 do Estatuto Social ; b)Outros assuntos de interesse social .

UBERABA, 13 de outubro DE 2008.

Leda Ferreira Goes
Representante de 1/5 dos Associados

O Estatuto Social assim determina sobre o ato praticado pela diretora Leda Ferreira Góes:
Art. 11 - A Assembléia Geral é o órgão soberano da Associação. Convocada e instalada de acordo com o Estatuto, com poderes para decidir sobre todos os assuntos relativos ao objeto da Associação, sua defesa e desenvolvimento.

Parágrafo 5o. - A convocação da Assembléia Geral Extraordinária, será feita:

a) Pelo Presidente da Associação;
b) Por 1/5 (um quinto), no mínimo, dos associados, todos em dia com as obrigações sociais, mediante requerimento dirigido ao Presidente da Associação, que terá o prazo de 30 (trinta) dias para fazê-lo.

O presidente da ASSOGIR não pode permitir que ações que ferem o Estatuto prevaleçam a fim de atender interesses ou vaidades pessoais.

O Artigo 11 em seu parágrafo 5º, letra “b” é muito claro: pode ser uma assembléia geral extraordinária convocada por 1/5 dos associados desde que MEDIANTE REQUERIMENTO DIRIGIDO AO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO, QUE TERÁ PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS PARA FAZÊ-LO, preceitos que não foram respeitados pela diretora Leda Ferreira Góes.

Por isso, coloco-me inteiramente a disposição da diretora Leda Ferreira Góes, para que a convocação seja elaborada dentro dos preceitos legais, e mais, se os anseios da diretora Leda Ferreira Góes forem de afastar o presidente, desde que advenham da maioria dos diretores e associados, nem será preciso tal convocação, pois, com muito respeito encaminharei meu pedido de renúncia à sede da entidade.

Atenciosamente,

Luiz Humberto Carrião
Presidente

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A passagem para uma vida adulta produtiva

O manejo eficiente de fêmeas em propriedades leiteiras é de extrema importância. Isso porque, a fase de recria (pós-desmama até primeira prenhez) é a que apresenta os maiores custos numa fazenda. Se o produtor conseguir diminuir esse período, fazendo um sistema de gestão eficiente dos animais, a atividade se torna mais rentável. Além disso, a produção de leite pode aumentar em quantidade e qualidade.

Com o objetivo de parição e de produção de leite, é esperado que a cobertura das novilhas aconteça entre 16 e 18 meses de idade, em média, ou quando atingirem o peso de 300 a 350 kg para animais de grande porte e entre 200 e 250 kg para os de pequeno porte.

Para que isso ocorra, são necessárias algumas medidas desde o nascimento até a prenhez do animal. Cuidados básicos durante a fase de aleitamento, tais como a ingestão de colostro, assepsia do animal ao nascer, fornecimento de água de boa qualidade e de concentrado (ração) para o desenvolvimento ruminal são imprescindíveis para a qualidade das vacas adultas.

Após o aleitamento, a fase de recria é menos complexa, porém de igual importância para o rebanho. Esse período tem relação direta da alimentação com o início da puberdade, ou seja, com a idade fisiológica do animal, e não cronológica, visando a prenhez e posteriormente a produção de leite.

A dieta das novilhas nesse período deve contar com volumoso (fonte de fibras) e concentrado (fonte energética e protéica) de boa qualidade. A quantidade de concentrado fornecida por animal deve ser de aproximadamente 2 quilos por dia. Essa quantia pode ser aumentada, mas ocasiona encarecimento na produção.

Para um melhor acompanhamento do rebanho, produtores podem realizar pesagens e medições das alturas do animal, uma importante ferramenta para verificar o ganho de peso e desenvolvimento estrutural das vacas. O ideal seria registrar ganho de peso diário entre 0,6 e 0,8 quilo por dia. Ganhos de pesos diários elevados, acima de 0,9 quilo, podem ocasionar problemas na formação da glândula mamária, caso haja acúmulo de gordura em detrimento da produção de tecido secretor, que produz o leite.

O manejo sanitário também deve ser realizado periodicamente. As vacinações, por exemplo, devem ser feitas de acordo com o calendário específico de cada região. Entre as vacinas obrigatórias estão: a da aftosa, uma doença altamente contagiosa e que pode eliminar rebanhos inteiros (a aplicação desse medicamento deve ser feita de duas a três vezes no ano); a da brucelose, que pode causar abortos (deve ser aplicada uma única vez, entre o terceiro e o oitavo mês de idade); a da clostridioses, que engloba um complexo de doenças como carbúnculo, enterotoxemias e botulismo (a vacina contra a clostridiose deve ser aplicada a partir dos quatro meses de idade, anualmente); a da leptospirose, causadora de abortos e repetição de cio (aplicação semestral); a da raiva (com aplicação anual); entre outras.

Além disso, as vermifugações devem ser realizadas em animais com menos de 30 meses, principalmente da desmama até os 12 meses de vida, visto que esses são animais mais suscetíveis, de baixa imunidade. O controle de infestações de carrapatos e de bernes bem como o fornecimento de água de boa qualidade, entre outros, devem ser feitos de modo a garantir o crescimento sadio do animal.

Outro ponto importante para facilitar o manejo é a separação dos animais em lotes homogêneos. Essa separação evita a dominância de animais maiores em relação aos menores na disputa por água e alimento, o que poderia levar à redução do ganho de peso. Além disso, separar animais por grupos homogêneos facilita a detecção da época em que as novilhas atingem a puberdade.
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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Momento Gir: DOCILIDADE

Na foto acima, gentilmente cedida pelo amigo Sandro Silveira, percebe-se uma das mais gratificantes características da raça Gir: a docilidade.
Estão lá montados no touro Winetou:
Sandro e seus primos Leandro, Cristiano, Alexandro e Cristiane (todos ainda crianças). Ao lado ainda sua avó Zenyr e seu tio Ricardo. Todos na Fazenda do Paraiso (Goianesia).

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Perfil do Criador: GILMAR CORDEIRO

Caros amigos,

Dando sequencia no nosso quadro Perfil do Criador, entrevistamos o especialista em gir, Gilmar Cordeiro.

Espero que gostem!

GIR-PO: Nome - Idade - Origem

GILMAR: Gilmar Cordeiro de Sousa, 50 anos, nascido em Dores do Indaiá-MG.
Médico Veterinário pela UFMG e Jurado Efetivo com Pós Graduação em Julgamento de Zebuínos pela ABCZ.
Sou filho do selecionador Jorge Cordeiro e neto do também selecionador Godofredo de Sousa, que iniciou sua criação em 1930 com 5 fêmeas e 1 macho, filhos de animais importados da Índia por Gabriel Bernardes (Gabriel Caxambu) em 1920.

GIR-PO : Local e tempo de criatório - Marca e/ou sufixo

GILMAR: Participo juntamente com minha mãe e meus irmãos do Condomínio Jorge Cordeiro, que reúne todos os bens deixados pelo meu pai, mas a minha seleção própria é mantida separada na Fazenda Iporê (arvore grande em tupi-guarani) nos arredores (30 km) da capital mais bonita e aconchegante do Brasil que é Goiânia-GO.
Mas, nasci e fui criado na Estância São Jorge, onde, com certeza, a primeira vaca que avistei e que tomei leite, foi uma vaca Gir pura indiana.
Assim posso dizer que, nasci criando Gir, cresci criando Gir e vivo criando Gir.
Minha marca é “GIL, o sufixo é “GIL” e a série única na ABCZ também é ‘GIL”.



GIR-PO: Base genética e um pouco de história...

GILMAR: Iniciei minha seleção própria na Estância São Jorge (Dores do Indaiá-MG) em 27/09/1985 com a vaca Almenara, presenteada pelo meu pai e a bezerra Aruã presenteada pela minha mãe Judite.
Aí, os amigos resolveram me incentivar e mandaram alguns presentes.
O Dr. Evaristo mandou o Máximo-Eva, o Hélio Lemos a Tâmara-HL, o Zeid Sab a Teuba-ZS e o Trabuco-ZS, o Sebastião Motta (a quem chamo carinhosamente de “meu pai goiano” pelo apoio incondicional que sempre me prestou) mandou a Aruanan da Ancora e a Arena da Ancora.
Em 28/01/89 fiz minha primeira aquisição, a vaca Romana (Diamante x Lira) do Sr. Oswaldo Araújo por NCZ$ 500,00 (Quinhentos cruzados novos).
Neste ano, diversas outras fêmeas foram adquiridas, a Lusitana (Ouro Velho-R x Jamaica-OK), a Bandeira (Normando-R x Marinha-Mar), Maestra (Beduíno-JOR x Embaixatriz-OD), Haste (Florido-OCM x Antena-JD), Oceania (Cancioneiro-R x Mistura-MS), Auroras-WM (Alecrim-WM x Berlinda-JZ), etc...
Em 19/05/90 iniciei minha SÉRIE ÚNICA de registro com o nascimento do bezerro PRIMEIRO-GIL, filho do Cigano-JOR x Paloma da Ancora.
Em 17/07/98 todo o gado foi transferido para a Fazenda Iporê em Goiânia-GO, iniciando uma nova etapa na minha seleção.

GIR-PO : Gir pra você é leite ou carne? Ou os dois?

GILMAR: Pra mim Gir é Leite, mas com porte grande. Como já está consagrado pelo mercado é “Gir Leiteiro”.
Quem acha que Gir é pra carne deveria arregaçar a mangas e esbravejar: ”GIR CORTEIRO” que logo isso iria pegar.

GIR-PO: Controle leiteiro, você considera essa prática essencial para a conquista de mercado ou acha um método de auxilio na seleção? E o sumário de touros?

GILMAR: Acho o controle leiteiro uma ferramenta ESSENCIAL PARA A SELEÇÃO, porem, um controle leiteiro serio, honesto, dentro da realidade do nosso consumidor final. Daí, a conquista do mercado será apenas conseqüência.
O Teste de progênie é outra ferramenta da maior importância que temos para nos ajudar na seleção. Os criadores tradicionais precisam urgentemente procurar entender como funciona, conhecer as bases cientificas, saber dos avanços que poderemos ter e principalmente colocar em pratica um teste de progênie.
Teem-se muito preconceito porque o teste de progênie atual começou com leite e essa é apenas uma característica escolhida para ser medida e testada.
Poderia ser peso, altura, pelagem, posição dos chifres, tipo racial, orelhas, fertilidade e tantas outras.
Vamos reunir e escolhermos as características de importância para nossas seleções e iniciarmos os testes.
A GirGoiás já deu o ponta pé inicial, com um teste que vai mostrar produção e tipo racial.

GIR-PO: Um touro da atualidade que você admira.

GILMAR: Todo girista responde essa pergunta assim: “o meu touro”. (e nem sempre é verdade).
Os visitantes quando chegam a minha fazenda, querem saber: “Qual é a sua melhor vaca?” Isto pra mim é errado.
Eu digo, tenho umas 10 vacas ótimas, qualquer uma tem o mesmo valor, o que acontece é que, cada uma tem um detalhe diferente, uma é mais mansa, outra é mais fértil, outra é de pelagem diferente, outra tem a produção de leite mais regular, outra o chifre é mais leve, mas todas são altamente produtivas, e altamente raçudas.
É a visão do Dr. Evaristo: UNIDADE ZOOTÉCNICA!
O mundo e a nossa seleção não teria graça se só tivéssemos uma vaca boa ou um touro bom.
Assim acho que a resposta correta desta pergunta é a seguinte:

Gosto de diversos touros:
- da marca JOR, gosto do Rudá (fêmeas altas, compridas, raçudas, produtivas) e do Indiano (mansas, equilibradas).
- da marca GIL, gosto do Marduk (profundas, conformação de úbere ótima, raçudas) e do JK (revelação na raça, pelagem, equilibrio, altivez) e agora chegando o Boiadeiro-308(é show).

Isso foi para não perder o ranço girista; bem, vamos aos outros:
- o Beduíno da São José, Ariano da São José, Issarinha (BEY-3530), Tacaré-ZS, Cabaré-DOBI, Golfo-HL Jalan Camila-HL, Faceiro-OCC, Boiadeiro II WM.
(procurei citar só touros vivos ou com semem disponível)
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Primeiro animal registrado com a marca GIL

GIR-PO: Um touro do passado.

GILMAR: Gandi-Imp, Gayolão-Imp, Krishna-Imp, Lobisomen-Imp e Rajá-Imp.
Estes formam o pentágono de sustentação do Gir brasileiro, são os pilares.
Foram importantes: Bey-OM, White-OM, Redino-imp, Autentico-Eva, Estoril-Eva, Genuíno-Eva, Boiadeiro-WM, João de Sousa-WM, Aimará-R, Bey II-R, Catumbi-R, Chave de Ouro Filho-R, Czar-R, Damião-R, Goiacan-R, Guarujá-R, Vardeu-R, Badami, Bey Filho-Bey, Bey do Polêgo-Bey, Mukadar-Bey, Umbu-Bey, Melito, Alecrim-DC, Krishna Sakina-DC (6666), K.S.Dhamal-DC, K.S.Virbay II-DC, Norte-65-J5, Beduíno-IL, Diamante-IL, Notável-IL, Tupi-IL, Escocês-OD, Adorno-MF, Cigano-JOR, Iporá-JOR, Manto-JOR, Ibirapuera, Apache-MAR, Juruá-EMO, Bárbaro-ZS, Fantástico-ZS, Mestre-ZS, Tufão-ZS, Tempo-ZS.
(Nossa, é tanto touro bom que embaralhei e esqueci tudo...).

GIR-PO: Um criatório modelo.

GILMAR: Zeid Sab, Geraldo França Simões, Jorge Cordeiro, Rodolfo Machado Borges, Evaristo Soares de Paula.

GIR-PO: Diga um pouco sobre o futuro da raça.

GILMAR: Para quem trabalhar com seriedade, o futuro é brilhante.
Nossas vacas estão cada vez mais produtivas, mais lindas, mais raçudas. Isso está virando um turbilhão.

GIPR-PO: Pra fechar, uma mensagem aos criadores e amigos do Gir.

GILMAR: Profissionalismo, profissionalismo, profissionalismo. Dedicação, dedicação, dedicação.
Hoje, muitos querem comprar uma vaca num leilão e já virar criador famoso, ser reconhecido como tal e ganhar rios de dinheiro no outro dia. Calma lá gente, isso não é e nunca foi assim. E não é só no Gir, em nenhuma atividade as coisas funcionam assim.
Como dizia meu amigo e mestre, Sêo Alberto Nunes, “Para entrar em qualquer negocio, temos que pagar a jóia”.
Também é necessário perseverança, pois na seleção temos muitos percalços, trilhamos caminhos difíceis e ciclos bons e ruins.
Alguns empresários dedicam 99% de seu tempo, atenção e cuidados com sua empresa e 1% de seu tempo com a seleção do seu gado, e ainda querem ter sucesso. Como? O sucesso na seleção é diretamente proporcional à dedicação prestada a ela. È também uma empresa.
Já dizia o Jairo Andrade: “Para selecionar qualquer raça, você precisa de 3 R’s- Raça (gado bom), Ração ($) e Relacionamento”.
Deixo aqui o meu “muito obrigado” aos responsáveis pelo blog, o Rodrigo, Guilherme e André pela oportunidade que me foi concedida e quero parabenizá-los pelo trabalho que teem desenvolvido em prol do verdadeiro GIR. Sucesso, é tudo que desejo-lhes.
Convido todos os giristas interessados em conhecer o bom Gir, para que venham a Fazenda Iporê, será um prazer recebe-los, trocar uns dedos de prosa e deliciar o melhor queijo de Gir do Brasil (receita da Dª. Judite).

Um abraço a todos.

Gilmar Cordeiro.
Fone: 062-9975-0520
E-mail: gilmarcordeirodesousa@gmail.com


Krishna JK GIL (Krishna Karvadi-GIL x Florada da Ancora)



Guampa-GIL (Lunik-JOR x Harpa-JOR) - Mãe de Marduk Gil

Gostariamos também de parabenizar o grande amigo Gilmar e ao criatório GIL que, com o teste de progenie GirGoiás deste ano, completa 7 (sete) touros em teste.

HISTÓRIA DO GIR - Cap. 4

Nº: O Gir nos cruzamentos leiteiros

Assim como o Nelore é a raça preferida nos cruzamentos de corte, o Gir é a preferida nos cruzamentos leiteiros. Enquanto o sangue de Nelore predomina em 13% das propriedades brasileiras, o sangue do Gir exerce influência em 82,4%. Ou seja, o Gir conta com multo mais usuários, embora com multo menos animais. A opção pelo Gir foi lenta, começando na década de 1920, nos cafezais. A vaca Gir sempre foi boa leiteira, tendo estabelecido um núcleo de seleção na região de Franca (SP) que ficou famoso pelo esmero na caracterização racial e na produção leiteira. Depois, ocupou os imensos cafezais e, finalmente, o país inteiro, por ocasião da Segunda Guerra Mundial. Os cruzamentos tiveram início, de forma sistemática, no final da década de 1950 e, principalmente, no correr da década de 1960. O Controle Leiteiro Oficial da raça Gir começou em 1964, impulsionando os poucos criadores de então. Além da família do Ten. Jacintho, em Franca (SP), pioneiro da seleção leiteira privada, coube a Evaristo de Paula, de Curvelo (MG) o papel de consolidar a seletividade leiteira do Gir. Evaristo levou seu gado de norte a sul do país, exibindo mansidão e muito leite, aliada a uma evidente expressão racial... Em seqüência, dezenas de outros criadores aperfeiçoaram a exploração leiteira, ao mesmo tempo que milhares começavam a cruzar o Gir com o Holandês. Devido ás sucessivas crises nos negócios do café, os pequenos e médios proprietários de terras, viram-se obrigados a buscar na produção do leite a viabilização de suas propriedades. Adquiriam um touro Gire o cruzavam com vacas mestiças ou mesmo européias. Já os antigos produtores de leite cruzavam fêmeas Gir de baixo valor com touros europeus. Nascia, assim, o Girolando que - em menos de 30 anos - iria se tornar o gado mais utilizado, de norte a sul do país, para produção de leite. Pode-se afirmar que, na virada do milênio, 95% do gado produtor de leite, no Brasil, é Girolando! Por que o Girolando? Porque, além do leite produzido por um gado manso, ainda os machos são rentáveis no abate, garantindo uma renda extra para a fazenda. Aritmeticamente, o Girolando garante a subsistência das pequenas e médias fazendas, com carne e leite. Por decreto governamental, a maioria das pequenas e médias propriedades estará proibida de comercializar o leite produzido, e as restantes preferirão utilizar raças mais rentáveis, mesmo enfrentando maiores custos. A Lei determina que o leite somente será recolhido em propriedades com mais de 100-200 litros/dia, resfriados na fazenda. Restará ás pequenas e médias propriedades criar um gado manso, que produza, também e apenas, o leite do dia-a-dia. Esse gado é o Gir. Nas propriedades leiteiras que permanecerem, as fêmeas européias serão acasaladas com Gir, para garantir que os machos possam ter bom peso no abate - e também para formar gerações excelentes de Girolandas. Esse parece ser o melhor caminho para o Gir, no leite.Em 1996 foi aprovado o padrão racial do Girolando. Os dados do Controle Leiteiro de 1990 mostram que a diferença na produtividade leiteira diária entre o Holandês brasileiro e o Girolando era de apenas 35,2% e a diferença na produção média da lactação era de 34,84%. Quando a média nacional por vacaera de apenas 0,79 kg/dia a média do Girolando já era de 10,85 kg/dia.
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Fonte: Os Cruzamentos na Pecuária Tropical - Ed. Agropecuária Tropical.
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Cap, 5° - O Gir nos cruzamentos de corte (próximo)

Cap, 6° - O Gir Brasileiro para o Mundo

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Foto Histórica


Na foto temos Mancha, Manchinha e Triunfo. Triunfo era um grande filho de Gaiolão, considerado na época o melhor bezerro nascido no Brasil, em seu nascimento havia comentários que Triunfo era um daqueles bezerros que só nascem de 100 em 100 anos. Foi negociado por uma fortuna, em uma gloriosa época do Gado Gir.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Animal em Destaque: RUDÁ JOR

Rudá Jor (Iporá X Gazeta Prema)
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Este touro de altíssima caracterização e raça inquestionável é de propriedade e criação do Condomínio Jorge Cordeiro, composto pelos herdeiros do mesmo.
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Rudá é também um campeão nas pistas.
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Estância São Jorge, Dores do Indaiá (MG).

Documentos Históricos



Acima, documento escrito a mão pelo MARAJÁ DE BHAVNAGAR e abaixo tradução para o português.

Clique nas imagens para ampliar.

Túnel do Tempo: REDINO IMP.

Trazido da India por Celso Cid (Fazenda Cachoeira 2C), produziu o grande raçador Redino Bilara DC, e em seguida foi vendido, contribuindo na seleção de criadores da região de Avaré (SP).

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Bi na FEILEITE 2008

José Luiz Junqueira Barros, o amigo Bi da Fazenda Café Velho (Cravinhos/SP), é conhecido pelo seu empenho no fomento da raça Gir e pelo seu criatório campeão. De algum tempo pra cá ele vem investindo em provar animais leiteiros e tem se mostrado competente. Seu próximo desafio é o torneio leiteiro da FEILEITE 2008 (28/10 a 1/11/2008) onde irá participar com um time de 3 reses, são elas:
  1. BONECA ROODHARI DO BI
  2. CANELA DO BI
  3. ENGUIA DO BI (campeã jovem do torneio leiteiro de CAMARU-UBERLANDIA 2008)

Torcemos para que ele mostre a força do GIR PURO SANGUE nessa empreitada.

Boa sorte!

HISTÓRIA DO GIR - Cap. 3


N° 3 - O GIR NA MODERNIDADE

A região Norte tem 4% da raça; a região Nordeste tem 14%; o Sudeste tem 55%; o Sul tem 1% e o Centro-Oeste tem 26%.Existem 750 associados praticando o registro genealógico. Desde 1938 já foram registrados 531.755 animais, sendo que 34.894 são Gir Mocho. Do total, 25.572 foram registrados entre 1995 a 1999 (10 semestre), sendo que 4.042 eram Gir Mocho. No Gir, o ano recente de maior número de registros foi 1998, com 6.085 animais. No Gir Mocho, foi o ano de 1995, com 1.215 registros.Foram vendidas 103.297 doses de sêmen entre 1995 a 1999; sendo que apenas em 1998 foram vendidas 28.734. O Gir conta com dois programas de melhoramento genético para as linhagens leiteiras, enfocando o animal de aptidão mista. Trata-se de testes de progênie de touros, cujas mães e filhas são submetidas a controle leiteiro; e os filhos são submetidos a testes de desempenho em ganho-de-peso.O primeiro programa foi fundado em 1985, por um grupo de criadores, e tem procurado sempre o aperfeiçoamento da aptidão leiteira, destacando recordista das melhores raças leiteiras do planeta. São recordes acima de 12.000 kg em lactações de 365 dias Na busca incisiva do melhoramento leiteiro, este programa dedicou pouca atenção ao enquadramento dos animais ao padrão milenar do Gir tão estimado pelos tradicionais criadores.Surgiu, então, em 1997, o PMGRG -Programa de Melhoramento Genético da Raça Gir, que exige exame de DNA (mitocondrial) para garantir que todos os participantes tenham animais perfeitamente enquadrados dentro do padrão milenar racial - sob comando da Assogirl ABCZ/Ministério da Agricultura.Este novo programa é bastante abrangente, pesquisando leite, carne e outras aptidões do Gir. Afinal, a raça apresenta características alvissareiras para produção de carne de qualidade. Assim, o PMGRG - Programa de MeIhoramento Genético da Raça Gir já começou uma retomada das provas zootécnicas de desempenho para corte, com objetivo de restaurar o brilhantismo das décadas de 1940/50. No mundo moderno não se pode desperdiçar nenhuma potencialidade das raças em exploração, pois qualquer desperdício é sinal claro de prejuizo. Até a Zootecnia Clássica (Biotipologia) afirma que o Gir pode ser um admirável produtor de carne, se convenientemente orientado nessa direção.

Fonte: Os Cruzamentos na Pecuária Tropical - Ed. Agropecuária Tropical
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Cap, 4° - O Gir nos cruzamentos leiteiros (próximo)

Cap, 5° - O Gir nos cruzamentos de corte

Cap, 6° - O Gir Brasileiro para o Mundo

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Gir Internacional: Rancho El Carmen (México)

O Rancho El Carmen, situado no México, seleciona Gir e Girolando.

De propriedade de nosso amigo Sr. Justo Garcia Castro, frequentador assiduo e participante ativo do nosso Blog.

Na foto acima, o touro TITAN (filho de BAHADURSING). Nos próximos dias iremos expor mais fotos de exemplares deste interessante criatório.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Perfil do Novo Criador : Roberto Bolsanello

Roberto Bolsanello é selecionador de Gir no Espirito Santo, e estreia o perfi do novo criador.
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Seu novo contato é (49) 9142-8158 / (49) 9146-2271
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Confira a entrevista:

GIR-PO : Nome - Idade – Origem
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Roberto Ximenes Bolsanello, 26 anos, nascido em Vitória-ES, criado em Vila Velha-ES.
Médico Veterinário com especialização e mestrado nas áreas de bovinocultura leiteira e medicina veterinária preventiva respectivamente.
Filho dos professores Artelírio Bolsanello ( professor aposentado e ex vice-reitor da Universidade Federal do ES) e Eliana Ximenes Bolsanello (professora de Biologia).

GIR-PO : Local e tempo de criatório - Marca e/ou sufixo
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RB : Crio desde 2002, quando meu pai comprou a vaca UFA II do selecionador Walter Alves, de Tombos-MG (um fato interessante é que meu pai quase foi preso pelo DOPS na década de 60/70 protestando contra a Expozebu em Uberaba – ele era Irmão Marista no Colégio Marista de lá – e depois se apaixonou completamente pelo zebu, e hoje ri deste acontecido de juventude...)
Minhas marcas são: RXB e também um B estilizado.
Meu sufixo é LITORAL – devido minha propriedade ficar a menos de 500 metros da praia em Guarapari-ES.

GIR-PO : Gir pra você é leite ou carne? Ou os dois?
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RB : Gir é para leite. Ponto final. Machos para venda a criatórios de gir e girolando. Deixemos a carne com raças mais especializadas. Lógico que nos criadores de girolando, o produto macho pode sim ser aproveitado para abate, sendo mais um extra.
Acredito que GIR só exista um, e esse é o chamado hoje Gir Padrão, ele alia produção leiteira e raça. Quanto mais puro, maior a heterose para se fazer um Girolando de qualidade. Devemos prucurar fazer esse GIR com raça e muito leite para se ter um F1 bem produtivo. Porém não critico os que seguem o chamado Gir Leiteiro, acho válido o trabalho deles, eu inclusive insemino algumas vacas minhas com esses animais, mas por interesse de mercado local somente.

GIR-PO : Controle leiteiro, você considera essa prática essencial para a conquista de mercado ou acha um método de auxilio na seleção? E o sumário de touros?
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RB : Controle leiteiro é fundamental. Precisamos mostrar a capacidade de nossos animais em produzir leite. É uma ferramenta importantíssima para seleção de nossos animais, controle da qualidade do leite e é lógico, uma ferramenta maravilhosa de promoção do plantel. Se todos criadores do Gir Padrão fizessem controle leiteiro, e alimentassem nossos animais como animais para leite, teríamos ótimas surpresas.
Sumário de touros vai servir para acasalamentos. Respeito e acredito como técnico no trabalho da Embrapa. Em breve começaremos a ter resultados do teste de progênie da GirGoiás/Embrapa e acredito que isto mudará completamente o panorama da raça frente ao chamado Gir Leiteiro. Vai dar uma reviravolta no mercado. Quem não vai preferir animais raçudos e provados? Eu acredito que todos nós. E outra, teremos chances de disponibilizar este material genético em centrais de inseminação.
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GIR-PO : Um touro da atualidade que você admira.
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RB : 5 touros e 5 vacas:
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- Cabaré DOBI, Brumano JOR, Maranamu da Saudade, Brinco II e Prema Ena (Lingüinha).
- Hiléia (Carlos da Granja), Hillary, Brisa da Saudade (leiteirissima), Bagdá DOBI e vou puxar sardinha pra minha Cássia Taruma.

GIR-PO: Um touro do passado.
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RB : 5 touros e 5 vacas também:
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- Filmador, Krishna II, Norte J5, Autêntico EVA e Jalam Camila.
- Iene ZS, Gheeta, Querila ZS, Dançarina EVA e Garcinha R.

GIR-PO : Um criatório modelo.
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RB : Prefiro não opinar. Existem e existiram criatórios fenomenais.

GIR-PO : Diga um pouco sobre o futuro da raça.
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RB : O que disse anteriormente. A raça terá uma grande reviravolta quando saírem os resultados do teste GIRGOIAS/EMBRAPA. É a raça do futuro. Leite tropical.

GIR-PO : O que motivou a iniciar a criação de Gir? Teve alguma ajuda de criadores tradicionais?
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RB : Mesmo quando criávamos girolando, éramos apaixonados pelos touros Gir que possuíamos. Estudando, vimos que a raça que melhor se adaptaria ao clima da região e nosso manejo, seria o GIR. Aliamos a paixão com a aptidão da propriedade. E vêm dando muito certo.
Fiz muitos amigos no GIR, a começar pelo Paulo Silva Santos ( Paulão ), que incentivou a começar a criar e que comprei minhas primeiras reses (animais muito bons de ótimas linhagens vindos da região de Dores do Indaiá-MG), sendo o Paulão a pessoa que mais difundiu a raça no ES e que têm grandes animais e também do Dr. Walter Alves que comprei minha primeira vaca.
Hoje tenho mais contato e forte amizade com os grandes amigos da família Motta de Rio Verde ( Mottinha e “Tio” Alberto) que temos uma amizade fortíssima, e me dão muitas dicas e me disponibilizaram a genética dos animais e de seus botijões para mim, além de estarmos diariamente conversando.
Também dos amigos Guilherme Ricaldoni, Freddy Magalhães, Leonardo Rodrigues, Zé Eduardo Mello, Cristiano Nogueira, Caio Sandro, Rosimar Silva, JK, Rodrigo Simões, Rafael, Wagney Leão, Hélio Lemos e José Augusto Barros entre outros...vários desses sou amigo inclusive de suas famílias. E os amigos criadores do ES: Paulão Silva, Carlos Zanata e José Manoel.
Devo aqui também reafirmar a ajuda que sempre tenho em acasalamentos dos amigos Homero Gontijo e Gilmar Cordeiro, pessoas extraordinárias que muito têm me ajudado.

GIR- PO : Pra fechar, uma mensagem aos criadores e amigos do Gir.
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RB : Gostaria de parabenizar os amigos do blog Gir-PO, que têm se consolidado como uma ferramenta essencial aos criadores da raça.
Agradecer a todos os amigos da raça, desde que entrei sempre fui bem tratado, com muito carinho e amizade. O Gir apesar das briguinhas é uma grande família.
E convidar os amigos para visitar o sítio Bolsanello em Guarapari-ES, o melhor balneário do Brasil, desfrutando de maravilhosas praias, comendo a verdadeira moqueca capixaba ( lembrem que: Moqueca só capixaba, o resto é só peixada!) e visitando o Sítio Bolsanello apreciando o GIR DO LITORAL.
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Serão bem-vindos!

Cássia Tarumã (Filmador x Polaca): Doadora de destaque de Bolsanello